Return to search

Luta de guerreiros castigos de ninjas e amor de rainhas: etnografia de uma rebelião prisional

Made available in DSpace on 2016-06-02T19:00:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2505.pdf: 1057769 bytes, checksum: da6b24c07803790a1be6716a126cb52c (MD5)
Previous issue date: 2009-06-15 / This dissertation deals with the "mega-rebellion" of 2006 that occurred at the prison units of the State of São Paulo. Seen, felt and observed from inside a penitentiary facilities, I tried to analyze it as a symmetrical and complementary ritual of solidary, enduring, suffering, and memorable bodies who, from time to time, are fed back by police officers, in the form of blitzes and punishments as a feedback to oppress, coerce and impart pain and suffering capable of causing effects such as domestication and docilization of the bodies. The fabrication of these mobile and gentle bodies that transit at the various State prisons, after being transferred to other locations as a result of outcome of the rebellion, has granted the Primeiro Comando da Capital (PCC) [First Command of the Capital] more territorial expansion, strenghtened by its ideology and transformation of unequal bodies into equal bodies. This ethnography approaches on how the prisioners fought for the PCC, by feeding themselves, retroactively, of their own production when they consumed their subtances, their fluids and their matters during the fighting process and punishing. At last, the prison rebellion turned out to be a symmetrical - complementary ritual that marked the whole continuum of procedures and behavior of thinking and resistant bodies under the "ideals" of the PCC. Strenghtened by the eternal love of their partners and confident in the divine justice, the prisoners overcame the suffering and continued their walk to freedom. / Esta dissertação versa sobre a mega-rebelião ocorrida no ano de 2006 nas unidades prisionais do Estado de São Paulo. Vista, sentida e observada de dentro de uma penitenciária, procurei analisá-la como um ritual simétrico e complementar de corpos solidários, resistentes, sofridos e memoráveis que, de tempos em tempos, são retroalimentados pelos policiais, na forma de blitzes e castigos como feedback para oprimir, coagir e imprimir dor e sofrimento capazes de causarem efeitos como a domesticação e a docilização dos corpos. A fabricação desses corpos móveis e dóceis que transitaram pelas diversas prisões do Estado, após serem transferidos para outras
localidades com o desfecho da rebelião, conferiu ao Primeiro Comando da Capital (PCC) maior expansão territorial, fortalecimento de sua ideologia e transformação dos corpos
desiguais em corpos iguais. Esta etnografia aborda como os presos lutaram em prol do PCC, alimentando-se, retroativamente, da sua própria produção ao consumirem suas
substâncias, seus fluidos e suas matérias durante o processo de luta e impressão dos castigos. Enfim, a rebelião prisional constituiu-se em um ritual simétrico complementar que marcou todo um continuum de condutas e comportamentos de corpos pensantes e resistentes sob os ideais do PCC. Fortalecidos pelo amor eterno das companheiras e confiantes na justiça divina, os presos superaram o sofrimento e continuaram na caminhada rumo à liberdade.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/189
Date15 June 2009
CreatorsGrimberg, Samirian Viviani
ContributorsVillela, Jorge Luiz Mattar
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, UFSCar, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0024 seconds