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Fatores de risco e de proteção: um estudo de acompanhamento em pré-escolares com comportamentos agressivos.

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Previous issue date: 2006-02-21 / Financiadora de Estudos e Projetos / The interest of studding aggressive behaviors in preschoolers was justified because of the
evidences related to these children s tendency to follow through disruptive behaviors pathways,
marked by academic problems, grade retention and school drop-out, approach with antisocial
peers and improvement of antisocial behaviors. One known protective factor that seems to
minimize these risk factors and tend to reduce aggressive behaviors is the development of
positive relationships between teacher and child. This research intend to study 11 preschoolers,
with 7 years old, that had been pointed, when they were 5 years, as presenting aggressive
behaviors in high frequency and intensity. The objectives were 1) to characterize this group in
aggressive behaviors, other behavior problems, academic skills and school adjustment; 2) to
verify the stability of these behaviors along two years; 3) Identify possible risk factors in which
these children are exposed; and 4) evaluate if the relationship between teachers and students
contains protective elements. The instruments used with teachers were: Teacher's Report Form
TRF, which evaluate externalizing and internalizing problems; the Academic Skills and School
Adjustment Interview, and the Teacher's Relationship Interview. The mothers answered the
Adverse Events Scale as well as an interview about educative practices. Results indicate that
63.6% of the children remain aggressiveness indications according to current teachers, and the
other children also have problems as hyperactivity, insecurity, and low self-esteem. TRF
indicates the presence of problems in all of the studied children. Ten of eleven cases (90.9%)
present externalizing problems, two (18.1%) internalizing problems, and nine of them (81.8%)
indications for total problems. In the individual scales of TRF, five children received clinical
indication for aggressive behaviors. The academic skills of 54.5% of the children were
considered satisfactory, while school adjustment were instable in all of the cases. It is verified
that all children are exposed to many risk factors, in special those related to financial problems
and family context, through educational practices used. The results of teacher-child relationships
pointed that two teachers (18.1%) were considerate able to represent protective factor to their
students. Both present high sense of discipline, represent secure base for their students, have
empathy, are able to talk about negative events related to the student or to the relationship, feel
effective in teaching and also feel capable to reach and to modify student's behaviors as well as
demonstrate positive feelings in relation to them. Four teachers (36.3%) showed less presence of
these characteristics, and other five (45.4%) seems not to be able to represent protective factors
to theirs students. All of these children are exposed to risk factors, and the majority of them do
not seem to have protective factors enough to minimize the risk effects in their lives. Possible
aggressive pathways to be followed by these children are discussed. The prevention and
reduction of aggressive behaviors in preschoolers seems to be the most appropriate alternative to
interrupt the evolution of early conduct problems. It is emphasized the needed to develop special
competences in teachers, making them able to manage with aggressive behaviors or other
behaviors problems, becoming protective factors to those children. / O interesse pela avaliação de pré-escolares que apresentam comportamentos agressivos
apóia-se nas evidencias de que é alta a probabilidade destas crianças envolverem-se em
uma escalada de comportamentos desviantes, marcada pelo fracasso acadêmico,
retenção e evasão escolar, encontro com pares semelhantes e aumento progressivo de
tais comportamentos. Um dos fatores protetivos que tende a minimizar estes fatores de
risco e favorecer a redução destes comportamentos, remete ao estabelecimento de
relações positivas entre crianças e seus professores. Esta pesquisa consistiu em um
acompanhamento de 11 pré-escolares, com idade média de 7 anos, que haviam sido
indicados aos 5 anos como apresentando comportamentos agressivos de alta freqüência
e intensidade. Os objetivos foram 1) Caracterizar este grupo, em termos de
comportamentos agressivos, demais problemas comportamentais, desempenho
acadêmicos e adaptação escolar; 2) Verificar a estabilidade destes comportamentos ao
longo de dois anos; 3) Identificar os possíveis fatores de risco aos quais estas crianças
estão expostas; e 4) Avaliar se a relação entre os professores e alunos contém elementos
protetivos. Os instrumentos utilizados com professoras foram: Teacher´s Report Form
TRF, que consiste em uma avaliação de comportamentos externalizantes e
internalizantes; a Entrevista sobre Desempenho Acadêmico e Adaptação Escolar e
Entrevista sobre a Qualidade da Relação Professor-Aluno. As mães responderam a uma
entrevista e a Escala de Eventos Adversos. Os resultados indicam que 63.6% das
crianças permanecem com indicações de agressividade segundo professoras atuais,
sendo que as demais crianças apresentam problemas como hiperatividade, insegurança,
baixa auto-estima. O TRF indica a presença de problemas de comportamento em todas
as crianças estudadas. Dez dos 11 casos (90.9%) apresentam problemas externalizantes,
dois (18.1%) internalizantes, e nove deles (81.8%) indicações para problemas totais.
Nas escalas individuais do TRF, cinco crianças receberam a indicação clínica para
comportamentos agressivos. O desempenho acadêmico de 54.5% das crianças foi
considerado satisfatório, enquanto a adaptação escolar apresenta-se dificultada em todos
os casos. Verifica-se uma forte incidência de fatores de risco na vida das crianças
relacionadas a instabilidades financeiras e ao contexto familiar, em especial nas práticas
educativas utilizadas, marcadas por conflitos e hostilidade. Os resultados sobre relação
professor-aluno apontam que duas professoras (18.1%) apresentam em alto grau os
elementos positivos avaliados, e em baixo grau os elementos negativos e que, portanto,
são aptas a exercer função protetiva. Ambas apresentam alto senso de disciplina,
representam base segura para seus alunos, possuem altos índices de empatia para com
eles, conseguem falar sobre sentimentos e eventos negativos relacionados ao aluno ou à
relação, dentre outras características avaliadas. Quatro professoras (36.3%) apresentam
presença menos visível destas características. As outras cinco (45.4%) evidenciam
características negativas em alto grau e poucas daquelas consideradas positivas.
Conclui-se que todas as crianças estão expostas a uma série de fatores de risco, e que a
maioria delas não apresenta rede protetiva suficiente para minimizar tais efeitos.
Discute-se a possível trajetória a ser seguida por elas. Enfatiza-se que a prevenção e
redução de comportamentos agressivos em pré-escolares têm se mostrado a alternativa
mais adequada para interromper a evolução de problemas de conduta precoce. Ressaltase
a necessidade da capacitação à professores para que se tornem mais aptos a lidar com
estas crianças, sendo elas agressivas ou com demais problemas, viabilizando o exercício
de fator de proteção frente a realidade destas.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/2942
Date21 February 2006
CreatorsPicado, Juliana da Rocha
ContributorsRose, Tânia Maria Santana de
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Educação Especial, UFSCar, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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