Return to search

Sobre a dimensão espacial da desigualdade socioeconômica urbana : um estudo sobre cinco cidades brasileiras

Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2014. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2015-04-10T17:34:38Z
No. of bitstreams: 1
2014_PatrickDiAlmeidaVieiraZechin.pdf: 92018011 bytes, checksum: a116cdbdd27cf0f910702564a9e8be9d (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2015-05-04T13:31:43Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2014_PatrickDiAlmeidaVieiraZechin.pdf: 92018011 bytes, checksum: a116cdbdd27cf0f910702564a9e8be9d (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-04T13:31:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2014_PatrickDiAlmeidaVieiraZechin.pdf: 92018011 bytes, checksum: a116cdbdd27cf0f910702564a9e8be9d (MD5) / Diversos dados atestam a desigualdade socioeconômica existente no Brasil, onde os 20% mais ricos da população detêm 57,7% do total de riquezas produzidas pelo país, enquanto os 20% mais pobres detêm apenas 3,7% e não há motivos para se imaginar que as cidades brasileiras não sejam como caixas de ressonância dessa realidade e devam ser percebidas como elementos fundamentais no entendimento dos mecanismos econômicos, sociais, políticos e culturais que produzem a desigualdade. A desigualdade socioeconômica presente nas cidades brasileiras são um perfeito exemplo daquilo que a ONU-HABITAT entende como o “urbano dividido”, ou seja, cidades nas quais apenas uma minoria se beneficia do progresso econômico e social tipicamente associado à vida nas cidades. Situação que pode ser responsável por instabilidades sociais ou, ao menos, por grandes custos sociais infligidos para toda a sociedade. Há, na produção das ciências humanas do país, uma certa carência de trabalhos que tentem relacionar o espaço urbano – não como um mero palco inerte frente as complexas dinâmicas sociais – com a desigualdade socioeconômica . Este trabalho tenta contribuir com uma leitura da cidade unindo as duas instâncias na tentativa de auxiliar na reflexão sobre a realidade objetiva das cidades brasileiras. O caminho que se escolheu para tanto foi o da abordagem morfológica de modo que seja possível ver emergir de conceitos e dados a maneira como as partes do sistema se relacionam com o todo urbano. A chave para entender a relação entre espaço e desigualdade a partir da morfologia é o movimento dos grupos e dos indivíduos na cidade. O movimento dos indivíduos, grupos ou classes sociais, em potência, é engendrado pela própria morfologia e quando efetivamente se dá tem a propriedade de criar lugares de grande vitalidade social, de modo que esse movimento pode ser entendido como a essência do lugar. O estudo é conduzido pela análise das categorias analíticas dos padrões espaciais, dos sistemas de encontros e esquivâncias e socioeconômicas gerais a partir do pressuposto da Teoria da Sintaxe Espacial, embora sua caixa de ferramentas não tenha sido a única utilizada, já que recursos de geoprocessamento pertinentes a um Sistema de Informação Geográfica são fundamentais na tarefa de revelar a relação entre espaço e faixas de renda. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Consistent data testify to the existing socio-economic inequality in Brazil where 20% of the richest possess 57.7% of the country’s total material wealth produced, whereas 20% of the poorest detain as little as 3.7%. Thus, there is strong reason to believe that Brazilian cities are resounding proof of such reality, and, therefore, should be perceived as essential elements to understand the economic, social, political and cultural mechanisms driving this imbalance. The socio-economic inequality observed in Brazilian cities is a textbook example of what UN- HABITAT sees as the “urban divide”, that is, cities where only a small fraction of the population benefits from the economic and social progress typically associated with city life. Such situation may be the driver of social instabilities or, at least, play a part in the great social burdens cast upon society as a whole. Our country’s scientific production evidences a certain shortage of studies correlating the urban space – not as a mere stagnant stage before the existing complex social dynamics – with socio-economic inequality. This study aims to offer a perspective of the city which bridges the gap between these two viewpoints, in an attempt to shed light over the objective reality of Brazilian cities. To this end, we chose the morphological approach in that it brings concepts and data to light revealing how the parts of the system relate to the urban space as a whole. The key to understanding the relationship between space and inequality in light of morphology stems from the movement of groups and individuals in a city. The movement of individuals, social groups or classes, in essence, is driven by morphology itself, and, in its full effect, manages to create places of great social vitality, leading us to believe that such movement is the very essence of a place. This study was substantiated by the assessment of analytical categories of spatial patterns, general socio-economic encounter and avoidance systems posed by the theory of Space Syntax, although its assessment tools were not the only ones resorted to, since SIG geoprocessing resources are crucial in revealing the relationship between space and income layers.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/18075
Date05 December 2014
CreatorsZechin, Patrick Di Almeida Vieira
ContributorsMedeiros, Valério Augusto Soares de, Holanda, Frederico Rosa Borges de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0025 seconds