Return to search

Saúde relacionada ao contexto de trabalho, ao autocuidado apoiado e ao cuidar de si em professores universitários de Educação Física

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Física, Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Educação Física, 2016. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2016-08-31T13:05:00Z
No. of bitstreams: 1
2016_AndreaFerreiraLeite.pdf: 3018097 bytes, checksum: cd017d48a232726fa6a0e43b7a40b3d3 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-09-02T19:11:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2016_AndreaFerreiraLeite.pdf: 3018097 bytes, checksum: cd017d48a232726fa6a0e43b7a40b3d3 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-02T19:11:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2016_AndreaFerreiraLeite.pdf: 3018097 bytes, checksum: cd017d48a232726fa6a0e43b7a40b3d3 (MD5) / Introdução: A saúde humana é um fenômeno complexo, centrado na busca da conservação ou expansão da vitalidade vista como totalidade irredutível, e determinada através da interação do sujeito com o ambiente em que vive, incluindo o trabalho. O conceito de promoção da saúde destaca o papel de indivíduos e organizações na criação de oportunidades, escolhas e ambientes saudáveis mediante comprometimento social e político com o desenvolvimento sustentável e a redução das iniquidades. Nessa perspectiva, a universidade é um espaço social estratégico para a promoção da saúde, seja por meio da produção de conhecimentos, da formação profissional, ou do estímulo à saúde de grupos populacionais a ela relacionados. Não obstante, o cotidiano acadêmico com demandas crescentes por produtividade e o imediatismo digital tem provocado mudanças nas formas de organização do trabalho e na saúde dos docentes. Objetivo: Diante desse cenário, o presente estudo tem como objetivo compreender o fenômeno da saúde relacionando-o ao contexto de trabalho, ao apoio institucional promotor do autocuidado, e ao cuidar de si, com especial atenção às práticas corporais, a partir da percepção dos professores da Faculdade de Educação Física (FEF) da Universidade de Brasília (UnB). Metodologia: A pesquisa foi desenvolvida em três etapas complementares: os processos exploratórios de revisão da literatura e imersão no contexto da pesquisa; a trabalho de campo e a coleta de dados por meio de dois questionários e uma entrevista semi-estruturada para caracterização do contexto de trabalho e do apoio institucional ao autocuidado; e o processo reflexivo visando dar sentido ao conjunto de informações. A população da pesquisa foram os 38 docentes da FEF-UnB em efetivo exercício no ano de 2015. Resultados: Vinte e dois docentes responderam aos questionários e nove professores participaram das entrevistas. No geral os professores percebem um contexto moderado a critico de trabalho que necessita de melhoras, e não identificam o apoio da UnB ao autocuidado em saúde, com exceção à estrutura física para a prática de atividade física na FEF. As entrevistas permitiram aprofundar a compreensão sobre a saúde, em termos de sua situação (positiva ou negativa), de suas esferas (física, mental, emocional, espiritual, e/ou integral) e de sua relação com o contexto de trabalho, incluindo o apoio institucional ao autocuidado. O cuidar de si e a percepção sobre promoção da saúde, como um conceito que norteia os discursos e as práticas relatadas, também foram explorados. As interrelações observadas entre a saúde, o trabalho, o apoio institucional e o cuidar de si fogem ao modelo dual e linear e carecem de um olhar complexo que possibilite sua exploração e possa subsidiar estratégias e políticas inovadoras, dinâmicas, ativas e participativas que atendam melhor às necessidades contemporâneas em promoção da saúde no ambiente universitário. Conclusões: Os professores identificam diversos aspectos negativos à saúde no contexto de trabalho, principalmente relacionados às diversas atividades profissionais que, sobrepostas e alinhadas ao modelo produtivista, acabam por representar fonte de sofrimento e angustia. Mas também são capazes de mobilizar recursos disponíveis na busca de soluções criativas para tornar o trabalho possível e, também, obter resultados positivos no exercício de sua profissão e em sua saúde. O professor de educação física, como profissional da área de saúde e também da educação, não pode ser um mero transmissor de conhecimento, mas sim um agente de transformação social, o que pode ampliar a pressão e o sofrimento relacionados ao trabalho provocando um paradoxo que Jung denominou de o “curador adoecido”. A universidade precisa de profissionais, alunos e comunidade que ajudem a repensar seu papel de instituição promotora da saúde. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Introduction: Human health is a complex phenomenon, centered in the pursuit of conservation or expansion of vitality seen as irreducible totality, and determined by the subject's interaction with the environment in which he lives, including work. The concept of health promotion emphasizes the role of individuals and organizations in creating opportunities, choices and healthy environments through social and political commitment to sustainable development and reduction of inequalities. In this perspective, the university is a strategic social context for the promotion of health, either through the production of knowledge, training, or encouraging the population health related to it. Nevertheless, the day-by-day of academic with increasing demands for productivity and digital immediacy has caused changes in the forms of work organization and health of teachers. Objective: In this scenario, this study aims to understand the health phenomenon relating it to the work context, institutional support promoting self-care, and to care for themselves, with special attention to body practices, from the perception of the Faculty of Physical Education (FEF for its name in Portuguese) at the University of Brasilia (UNB). Methodology: The research was conducted in three complementary stages: the exploratory process of review of the literature and immersion in the context of research; the work to the field and collecting data through two questionnaires and a semi-structured interview to characterize the work context and institutional support for self-care; and the reflective process to make sense of the information set. The population of the research were 38 teachers FEF-UNB in effective exercise in 2015. Results: Twenty-two teachers answered the questionnaires and nine teachers participated in the interviews. Overall teachers realize a critical context to moderate work that needs improvement, and does not identify the support of UNB to self treatment, except the physical infrastructure for physical activity in the FEF. The interviews allowed deepen the understanding of health, in terms of status (positive or negative), their spheres (physical, mental, emotional, spiritual, and / or full) and its relation to the work context, including institutional support self-care. The care for themselves and the perception of health promotion as a concept guiding the discourses and practices reported, were also explored. The interrelations observed between health, work, institutional support and take care of themselves beyond the dual and linear model and lack a complex look that allows their operation and can support innovative policies and strategies, dynamic, active and participative better serve to contemporary needs in health promotion in the university environment. Conclusions: Teachers identify several negative aspects to health in the workplace, mainly related to various professional activities, overlapping and aligned to the productivist model, ultimately represent a source of suffering and anguish. But they are also able to mobilize available resources in the search for creative solutions to make the work possible and also get positive results in the exercise of their profession and their health. The physical education teacher, as a professional healthcare and also education, can not be a mere transmitter of knowledge, but rather a social change agent, which can increase the pressure and suffering related to work causing a paradox that Jung termed the "sick healer." The university needs professionals, students and the community to help rethink its role in promoting the health institution.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/21366
Date24 August 2016
CreatorsLeite, Andrea Ferreira
ContributorsNogueira, Júlia Aparecida Devidé
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.1452 seconds