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Dano e recuperação pós-fogo em espécies lenhosas do Cerrado : fogo após 18 anos de proteção versus queimadas bienais em três épocas distintas

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia, 2018. / Submitted by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2018-08-07T19:26:10Z
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Previous issue date: 2018-08-07 / A vegetação lenhosa do cerrado está exposta a danos provocados por incêndios recorrentes, mesmo com as diversas adaptações ao fogo. Taxas de sobrevivência, recrutamento para classes de tamanho maiores e a chegada ao estágio reprodutivo são afetados pelo regime de fogo. O manejo desse regime com queimadas prescritas é utilizado no Brasil há pouco tempo e requer estudos para complementar a base ecológica das ações em campo. Em cerrado sentido restrito no Distrito Federal, Brasil, identificamos estratégias de persistência de 10 espécies lenhosas sob três regimes de fogo bienal: início (junho), meio (agosto) e final (setembro) da estação seca. Os indivíduos com diâmetro > 5 cm foram inventariados e acompanhados por 12 anos. Avaliamos os impactos considerando a época do fogo, fenologia vegetal, estrutura da vegetação, espessura de casca, rebrotas e recrutamento de juvenis. Com a primeira queimada após 18 anos de proteção contra o fogo, a mortalidade foi de 0% e 34,6% conforme a espécie. A única diferença entre épocas foi para Ouratea hexasperma, 0% de mortalidade pós-fogo de setembro e 11,3% de mortalidade pós-fogo de junho (χ2 = 6,691 e p = 0,03). Com seis queimadas bienais, o fogo em junho só não resultou em menor mortalidade para Roupala montana (χ2 = 11,050 e p = 0,004). Poucos aumentaram, em média, a altura após as seis queimas. Rebrotas basais e subterrâneas de R. montana e Styrax ferrugineus com diâmetro < 5 cm e possivelmente altura < 1,5 m marcam a redução na estrutura da vegetação. O recrutamento foi abaixo da mortalidade, o maior número de recrutas foi após queimas de junho e para as sempre verdes O. hexasperma (χ2 = 6,395 e p = 0,04) e B. pachyphylla (p > 0,05) e a decídua D. miscolobium (χ2 = 19,603 e p = 0,000). As fases fenológicas das espécies vegetais parecem influenciar a resistência ao fogo. Concluímos que longo período de proteção ao fogo não resulta em alta mortalidade após a primeira queimada, mas o regime bienal tanto em junho quanto agosto ou setembro compromete o recrutamento, resulta em maior mortalidade reduzindo significativamente a densidade de árvores na paisagem. / Recurrent fires result in damages to the woody vegetation of the Cerrado, even with the various adaptations to the fire. Survival rates, recruitment to larger size classes and the probability of reaching the reproductive stage are all affected by the fire regime. Only recently the management with prescribed burnings, and considering the fire regime, has been used in Brazil and studies are still required to complement the ecological basis of the actions in the field. In an area of cerrado sentido restrito (the Brazilian savanna) in the Federal District, Brazil, we identified how 10 woody species persist under three biennial fire regimes: beginning (June), middle (August) and end (September) of the dry season. Individuals with diameter ≥ 5 cm were inventoried for 12 years at 2-years interval. We evaluated the fire regime impacts considering fire season, plant phenology, vegetation structure, bark thickness, regrowth and recruitment of juveniles. The prescribed fire after 18 years of protection resulted in tree mortality, depending upon the species, varying from 0% to 34.6%. The only species presenting difference between seasons was Ouratea hexasperma, 0% post-fire mortality in September and 11,3% in June (χ2 = 6.691; p = 0.03). After six biennial burns, the fire in June did not result in lower mortality just for Roupala montana (χ2 = 11.050; p = 0.004). Few species increased in height after the six burnings. Basal and subterranean sprouts of R. montana and Styrax ferrugineus, with diameter < 5 cm and possibly height < 1.5 m, may explain the reduction in vegetation structure. Recruitment was smaller than mortality, the highest number of recruits was in the plot burned in June and for the evergreen O. hexasperma (χ2 = 6.395; p = 0.04) and B. pachyphylla (p > 0.05), and the deciduous D. miscolobium (χ2 = 19.603; p = 0.000). The phenological phases of the species seem to induce fire resistance. We conclude that a long period of fire protection does not result in high tree mortality after a fire, but the biennial regime either in June, August or September will impair the recruitment of new individuals, result in higher mortality significantly reducing the density of trees in the landscape.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/32389
Date09 March 2018
CreatorsGarda, Angela Barbara
ContributorsMiranda, Heloisa Sinátora
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

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