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Influência da talidomida sobre a produção de óxido nítrico e peróxido de hidrogênio nos modelos CBA e C57BL/6 susceptíveis e o modelo BALB/c não susceptível à malária cerebral experimental murina

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Medicina Tropical, 2011. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2011-10-05T15:26:53Z
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2011_HendaAlinedaRosaeVasconcelos.pdf: 1304515 bytes, checksum: 3f6d70cefce2d2002f2bd3259c15a92f (MD5) / A malária é uma doença que acomete o homem desde a pré-história, com o quadro clínico extremamente complexo e pleotrófico que varia desde formas assintomáticas até diferentes manifestações clínicas da malária grave, como a anemia e malária cerebral. As formas graves são decorrentes, provavelmente,
da hiperativação do sistema imunitário, com liberação aumentada de radicais de oxigênio e nitrogênio. Diferentes aproximações têm sido tentadas para modular a hiperatividade do sistema imunitário, incluindo o uso de drogas com ação sobre o sistema imunitário, como a talidomida. A talidomida é um
composto imunomodulador que age diminuindo a produção de fator de necrose tumoral. Tem sido sugerido que a associação da talidomida com drogas antiparasitárias poderia diminuir as altas taxas de mortalidade da malária, pois foi demonstrado que o uso da talidomida em camundongos CBA e BALB/c infectados com o Plasmodium berghei Anka apresentaram maior produção de óxido nítrico e peróxido de hidrogênio paralelamente ao aumento a sobrevida. O alvo deste trabalho foi verificar a influência da talidomida sobre a parasitemia e sobre a produção dos radicais livres, óxido nítrico e peróxido de hidrogênio, em modelos animais susceptíveis ou não à malária cerebral. Camundongos
BALB/c, C57BL/6 e CBA foram infectados com 106 eritrócitos parasitados com P. berghei ANKA e tratados ou não com talidomida 150mg/Kg/dia, por via oral, a partir do segundo ao oitavo dia de infecção. Outros dois grupos não infectados foram tratados da mesma forma com talidomida e cloreto de sódio
0,9%, respectivamente. No oitavo dia do tratamento foi mensurada a produção do óxido nítrico através da reação de Griess, e a produção do peróxido de hidrogênio pela oxidação do vermelho de fenol na presença de peroxidase. Houve diferença na resposta de produção de óxido nítrico e peróxido de
hidrogênio à infecção e ao tratamento com a talidomida nos três modelos experimentais estudados. Houve diferença de resposta também entre as duas linhagens susceptíveis à malária cerebral. Enquanto os camundongos C57BL/6 diminuíram a produção tanto do NO como do H2O2 após a infecção e o tratamento, os camundongos CBA apresentaram resposta antagônica, aumentando a produção destes radicais, enquanto que, os camundongos
BALB/c tiveram uma produção mais estável de NO e H2O2. Os camundongos C57BL/6 quando infectados pelo P. berghei ANKA apresentaram os maiores níveis basais de óxido nítrico, em relação aos outros dois modelos, enquanto a menor produção foi pelos camundongos CBA. Os camundongos BALB/c mostraram uma produção basal de óxido nítrico e de peróxido de hidrogênio intermediária entre os outros dois modelos. Não houve diferença entre os três modelos animais na parasitemia feita no oitavo dia da infecção. Nossos dados sugerem que, independentemente dos camundongos CBA e C57BL/6 produzirem quantidade maior ou menor de radicais de nitrogênio e oxigênio, a
resposta desequilibrada de produção destas moléculas, e não necessariamente a quantidade, esteja envolvida na evolução para forma cerebral. Não houve modificação da parasitemia em nenhum dos três modelos animais, sugerindo igualmente que outros fatores são necessários para a defesa antiparasitária, além destes dois mecanismos microbicidas. Os nossos dados contribuem para
a melhor compreensão de que ocorrem respostas diferentes, tanto à infecção
como ao tratamento com a talidomida, em modelos murinos infectados pelo Plasmodium berghei ANKA, dependentes da base genética do indivíduo. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Malaria is a disease that affects human beings since ancient times, it has an
extremely complex and pleotropic clinical picture, ranging from asymptomatic to
severe clinical manifestations, such as anemia and cerebral malaria. Severe
forms are probably caused by hyperactivation of the immune system with increased releasing of oxygen and nitrogen radicals. Different approaches have been tried to modulate the hyperactivity of the immune system, including the use of drugs that act on the immune system, such as thalidomide. Thalidomide is an immunomodulatory compound that acts by decreasing the production of
tumor necrosis factor. It has been suggested that the association of thalidomide with antiparasitic drugs could reduce the high mortality rates of malaria, it was shown that the use of thalidomide in mice CBA and BALB / c infected with Plasmodium berghei Anka produced more nitric oxide and hydrogen peroxide to increase survival. The aim of this study was to assess the influence of
thalidomide on the parasitemia and the production of free radicals, nitric oxide
and hydrogen peroxide in susceptible or non-susceptible murine models to cerebral malaria. BALB/c, C57BL/6 and CBA mice were or were not inoculated with 106 P. berghei ANKA infected-erythrocytes and treated or not with 150mg/Kg/dia thalidomide, per os, from the second to eighth day of infection.
Two other non-infected groups were treated similarly with thalidomide and sodium chloride 0.9%, respectively. On the eighth day of treatment, nitric oxide production was measured by Griess reaction, and hydrogen peroxide production was assessed by the oxidation of phenol red in presence of
peroxidase. Different nitric oxide and hydrogen peroxide production to infection
and treatment with thalidomide among the three experimental models were observed. NO and H2O2 production were also different between the two strains susceptible to cerebral malaria. While C57BL/6 mice decreased the production of NO and H2O2 both to infection and treatment, CBA mice increased these value, whereas the BALB/c mice showed more homogeneous production of NO
and H2O2. The P. berghei ANKA infected-C57BL/6 mice showed the highest basal levels production of nitric oxide. While the P. berghei ANKA infected-CBA mice had the lowest. The P. berghei ANKA infected-BALB/c mice showed an intermediate basal production of nitric oxide and hydrogen peroxide related to the two other murine models. There was no difference in parasitemia on the
eighth day of infection among the three animal models. Our data suggest that
regardless the level of production of nitric oxide and hydrogen peroxide production, CBA and C57BL/6 mice show cerebral involvement, suggesting that the unbalanced production of these molecules, and not necessarily the amount of it, are involved in the evolution of cerebral disease. There was no change in
parasitemia in anyone of the three animal models. These facts also suggest that
other factors are required for parasite defense, besides these two microbicidal
mechanisms. Our data contribute to a better understaning of that the different
responses that occur both to infection and treatment with thalidomide in Plasmodium berghei Anka mice infection depends on the background genetic of each individual.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/9441
Date01 July 2011
CreatorsVasconcelos, Henda Aline da Rosa e
ContributorsJunqueira, Maria Imaculada Muniz Barboza
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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