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Restrição calorica e suplementação com vitamina E no rato submetido ao exercicio fisico exaustivo

Orientador: Jaime Amaya-Farfan / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos / Made available in DSpace on 2018-07-25T12:58:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1999 / Resumo: A restrição calórica e a suplementação com vitamina E consistem em condutas dietéticas com potencial efeito antioxidante para limitar o prejuízo oxidativo aos tecidos do organismo, promovido por fatores como o exercício físico. Consistiu o objetivo do presente estudo comparar os efeitos da restrição calórica e da suplementação com vitamina E frente ao estresse oxidativo induzido pelo exercício exaustivo, investigando-se ainda seus efeitos nos substratos energéticos exigidos para aquela atividade. Para tanto, ratos Wistar machos de 11 semanas de idade foram divididos em três grupos de dieta: controle (AIN-93M), restrita (30% de restrição calórica, em carboidratos) ou suplementada (controle adicionada de 1425 UI de all-rac- .-tocoferil acetato). Após 5 meses nesses regimes dietéticos, os animais em cada grupo de dieta foram subdivididos em duas categorias: exercitados e não exercitados. Antes do sacrifício, estando todos os ratos em jejum, os animais do primeiro subgrupo foram submetidos, sem treinamento anterior, à corrida em esteira, até exaustão, registrando-se o tempo para alcançar tal condição. Posteriormente, efetuaram-se as determinações de TBARS (substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico) e carbonilas protéicas, para avaliação do prejuízo oxidativo, e das substâncias antioxidantes glutationa (GSH) e vitamina E, em fígado, músculo ou plasma; mediram-se ainda glicogênio hepático e muscular, glicose e insulina plasmática, bem como lactato sanguíneo. A restrição calórica aumentou a resistência à exaustão, enquanto a suplementação com vitamina E apresentou uma tendência em diminuí-Ia. A concentração de TBARS foi reduzida, em fígado e músculos, pela suplementação com aquela vitamina, ao mesmo tempo que não sofreu nenhum efeito da restrição calórica. A dieta, por outro lado, não exerceu influência sobre a concentração de carbonilas protéicas. No presente caso, o exercício parece não ter promovido estresse oxidativo, como se percebeu pelos valores não alterados dos indicadores de prejuízo oxidativo. A concentração de vitamina E apresentou-se aumentada naqueles animais que receberam suplementação da vitamina, em todos os tecidos analisados. O exercício promoveu redução da vitamina E plasmática, não alterando sua concentração em fígado e músculo. O teor de GSH não sofreu influência de nenhum dos parâmetros analisados. A restrição calórica produziu aumento do glicogênio hepático, em animais não exercitados, enquanto que, no grupo exercitado os animais suplementados apresentaram maior concentração de glicogênio muscular. O exercício exaustivo associado à restrição calórica acarretou diminuição do glicogênio hepático, enquanto que no músculo essa redução apresentou-se independente da dieta administrada. Similar associação entre restrição e exercício ocasionou redução da glicemia. A concentração de insulina plasmática e lactato sanguíneo não sofreram influência da dieta, alterando-se apenas em razão do exercício aplicado, havendo uma redução no primeiro e um aumento no segundo parâmetro. Esses resultados nos permitiram concluir que a restrição calórica, embora não diminuindo o prejuízo lipídico, proporcionou maior resistência à exaustão, a qual correlacionou-se com a maior reserva hepática de glicogênio observada nos animais daquele grupo. Por outro lado, o fato de os animais' com restrição e exercitados não apresentarem aumento da peroxidação lipídica pode ser interpretado como um aumento relativo da resistência à oxidação exacerbada, visto que a quantidade de trabalho físico executado foi consideravelmente maior. A suplementação com vitamina E, de forma diversa, embora tenha reduzido a peroxidação lipídica nos tecidos analisados, apresentou uma tendência a piorar a performance física. Percebe-se, portanto que as dietas empregadas com a mesma proposta, de potencial efeito protetor, apresentaram efeitos distintos. Entretanto, investigações adicionais são necessárias, envolvendo especialmente os diferentes modelos de dieta utilizados, para melhor compreensão dos fenômenos observados / Abstract: The present study was designed to investigate the effects of caloric (carbohydrate) restriction (CR) and vitamin E supplementation on stress oxidative and others exercise-induced metabolic modifications. Male Wistar, eleven-wk old rats were fed control (C)(AIN-93M), or restricted amounts of a modified control (R), or control plus vitamin E (1425 UI of all-rac- -tocopheryl acetate)(S) diets. After feeding the diets for five months, the animais in each group were divided into exercised (E) and non-exercised (NE) categories. Before being killed, the rats of the exercised category were required to run on a treadmill to exhaustion. The time to reach exhaustion was registered' and lipid peroxidation (thiobarbituric acidreactive substances [TBARS]), protein damage (reactive protein carbonyls), GSH (glutathion) and vitamin E in gastrocnemius, liver or plasma, and hepatic and muscular glycogen, plasma glucose, insulin and lactate were determined. Caloric restriction increased resistance to exhaustion, whereas vitamin E supplementation presented tendency to décrease it. Lipid peroxidation was significantly lower in livers and muscles of rats fed S diet when compared to the others groups. Exercise slightly decreased TBARS in muscle, whereas GSH in liver and reactive protein carbonyls in liver and muscle were similar for ali groups. Vitamin E supplementation increased vitamin E levels in liver, muscle and plasma, but exercise decreased it in plasma. Caloric restriction increased hepatic glycogen, but did not produce any effect in the insulin and lactate concentrations. When associated to exercise, CR lowered the glycemic levels. Caloric (carbohYdrate) restriction increased resistance to exhaustive without depleting vitamin E stotes or exacerbating oxidative damage. Although vitamin E supplementation showed a protective effect against lipid peroxidation, which was not afforded by caloric restriction, there was a decreased physical endurance, when compared to caloric restriction, but not to the normal diet. The biochemical basis for the choking effect shown by vitamin E supplementation is not known / Doutorado / Doutor em Ciência da Nutrição

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/254483
Date25 July 2018
CreatorsOliveira, Suzana Lima de
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Amaya-Farfán, Jaime, 1941-, Carneiro, Everardo Magalhães, Azevedo, Jose Roberto Moreira de, Areas, Miguel Arcanjo, Domene, Semiramis Martins Alvares, Carvalho, Carla Roberta Oliveira, Macedo, Denise Vaz de
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia de Alimentos, Programa de Pós-Graduação em Ciência da Nutrição
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format114 p., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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