Return to search

Fungos degradadores de compostos organicos recalcitrantes sob condições microaerobia e anaerobia

Orientador: Lucia Regina Durrant / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos / Made available in DSpace on 2018-08-02T11:40:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Silva_IsisSerrano_M.pdf: 39367208 bytes, checksum: 5a2f9c170b776ab05bde7e9b95810cfe (MD5)
Previous issue date: 2002 / Resumo: As atividades industriais da sociedade moderna vêm produzindo grande quantidade de compostos poluentes tóxicos e persistentes nas águas e solos, acarretando desequilíbrio dos ecossistemas. A degradação de xenobióticos recalcitrantes por fungos, principalmente os de degradação branca, tem sido uma alternativa viável de biorremediação ambiental devido à produção de um sistema enzimático extracelular e não-específico por estes fungos. As enzimas ligninolíticas são capazes de atuarem na degradação da lignina e de vários compostos orgânicos xenobióticos poliaromáticos e com estruturas similares à molécula da lignina. Para uma eficiência na biotransformação e conseqüente mineralização dos compostos
poluentes, os microrganismos podem produzir biosurfactantes responsáveis pela maior solubilização de moléculas recalcitrantes no meio, aumentando a superfície de contato entre poluentes e microrganismos, facilitando assim a disponibilidade a biodegradação. Neste trabalho, várias linhagens fúngicas foram capazes de crescer em hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs), ácido lignosulfônico e ácido tânico como fontes de carbono e
produzirem enzimas ligninolíticas e biosurfactantes sob condições microaeróbia e anaeróbia. Tais compostos de difícil mineralização e resistentes as biotransformações foram degradados, parcialmente, pelos fungos estudados e a porcentagem de degradação apresentou variação
de acordo com a linhagem, fonte de carbono utilizada e a condição de oxigenação. Em condição microaeróbia, os fungos 984, 1040, Q10 e 710 destacaram-se na degradação de compostos poliaromáticos. As melhores degradações foram apresentadas para decacicleno (10 anéis - 20-40%) e perileno (5 anéis - 11-40%)em relação aos HAPs de maiores massas molares. A degradação do naftaleno (2 anéis) foi maior do que fenantreno (3 anéis).
Na condição anaeróbia, verificaram-se degradações para todas as fontes de carbono estudadas, exceto ácido tânico. Nesta condição, os fungos Q10, H2 e 710 apresentaram maior capacidade de degradação para a maioria das fontes de carbono estudadas. Em ambas as condições, a linhagem 984 apresentou maior produção de biosurfactante na presença de
todos os HAPs testados. Os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos e outros compostos orgânicos recalcitrantes podem ser degradados sob condições microaeróbia e anaeróbia por fungos, auxiliando assim na biorremediação de locais contaminados de difícil despoluição pela
ausência de oxigênio. / Abstract: The industrial activities of modern society produce great amounts of toxic compounds, which persist in rivers, soils and oceans, causing disturbance to ecosystems. Owing to an extracellular and non-specificenzymatic system produced by whiterot fungi, degradation of these xenobióticos became a viable alternative for environmental bioremediation. Such ligninolytic enzymes are able to degrade lignin and most organic and xenobiotic polyaromatic compounds and macromolecules with complex links similar to those found in lignin. For the efficient biotransformation and consequent mineralization of pollutant compounds, microorganisms can produce biosurfactants, which are responsible for solubilization of the recalcitrant molecules, increasing surface contact between pollutant and microorganism,and thus increasing proneness to biodegradation. In this work, non-basidiomycete fungi were grown on polycyclic aromatic hydrocarbons(PAHs), lignosulphonic acid and tannic acid as carbon sources and were able to produce ligninolytic enzymes, and bíosurfactants, under microaerobic and anaerobic conditions.These compounds were partially degraded by the fungi and the percentage of degradation varied depending on the fungal strain, carbon source and
oxigenation condition. Under mícroaerobic conditions,the fungal strains 984, 1040,Q10 and 710 were the best degraders of PAHs, were decacyclene (ten rings) was degraded from 20 to 40% and perylene (five rings) 11 to 40%.
Under anaerobic conditions, there was degradation of ali the carbon sources
except tannic acid. FungiQ10, H2 e 710 showed the best degradations for the majority of carbon sources. Under both conditions, strain 984 showed great production of bíosurfactant emulsions when grownin PAHs.
Polycyclicaromatic hydrocarbons and others recalcitrant organic pollutants can be degraded by fungi under microaerobic and anaerobic conditions,and thereby aid in the bioremediation of anoxic environments. / Mestrado / Mestre em Ciência de Alimentos

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/254731
Date11 May 2002
CreatorsSilva, Isis Serrano, 1976-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Durrant, Lúcia Regina, 1957-, Sato, Helia Harumi, Anazawa, Tania Akiko
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia de Alimentos, Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format169p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0022 seconds