Return to search

As fronteiras entre fonetica e fonologia e a alofonia dos roticos iniciais em PB : dados de dois informantes do sul do pais

Orientador: Eleonora Cavalcante Albano / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-01T17:43:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Silva_AdelaideHerciliaPescatori_D.pdf: 7055182 bytes, checksum: 54789379654597d3ca7453ee23f86dc5 (MD5)
Previous issue date: 2002 / Resumo: Esta tese discute uma questão em voga na literatura fonética atual, concernente à comensurabilidade de fatos presentes na fala: sabe-se que algumas alofonias tradicionalmente tidas como categóricas são, na verdade, gradientes, contínuas (para o inglês, vide Browman & Goldstein, 1990; Sproat & Fujimura, 1993; Huffman, 1997; Gick, 1999; para o português, vide Albano, Barbosa, Gama-Rossi, Madureira & Silva, 1998; Albano, 2001; Silva & Albano, 1999; ou o terceiro capítulo desta tese). Apesar de gradientes, tais alofonias não são aleatórias, mas condicionadas pela estrutura prosódica do enunciado no qual ocorrem. A estrutura prosódica, por sua vez e de alguma forma, mapeia informações sobre a estrutura sintática do enunciado. Assim sendo, as alofonias necessitam ser modeladas na gramática de uma língua. Surge daí a questão: em que nível da gramática colocar esses fatos, na Fonética ou na Fonologia? Colocá-los num nível fonético, como concebido tradicionalmente, seria insuficiente para capturar a relação entre os processos alofônicos e o nível prosódico que os condiciona. Colocá-los num nível fonológico, por outro lado, não permitiria captar a natureza gradiente dos processos, já que os modelos fonológicos têm por primitivos unidades categóricas, como argumento no segundo capítulo. A saída que se afigura viável é o tratamento desses processos à luz de modelos dinâmicos de produção de fala, como a Fonologia Articulatória (Browman & Godstein, 1986, 1990, 1992), porque a mesma se baseia numa unidade de tempo intrínseco, o gesto articulatório, o que toma direta a relação entre representação e implementação. Por conta dessa relação direta, nesse modelo, o nível fonético não está dissociado do fonológico; ao contrário, eles se fundem num único. Assim, proponho, no quarto capítulo, uma representação dos róticos, considerando os gestos articulatórios que os constituem. Porém, diferentemente da Fonologia Articulatória, assumo, baseada em Sproat & Fujimura (1993) e Gick (1999) que um segmento pode ser constituído por mais de um gesto. E, à luz da Fonologia Acústico-, Articulatória (Albano 2001) proponho uma representação para os róticos de início de palavra que considera que os gestos não se definem por conjuntos de articuladores, mas por regiões acústico-articulatórias e que as variantes dialetais são todas lexicalizadas, escolhendo o falante a variante mais adequada a um dado contexto prosódico / Abstract: Recent phonetic literature shows that some allophonic variation processes, usually considered to be categorical are gradient, indeed (see Browman & Goldstein, 1986, 1989, 1990, 1992; Sproat & Fujimura, 1993; Gick, 1999, for English, and Albano et alii, 1998; Albano, 2001; Silva & Albano, 1999, for Portuguese and also chapter 2 of the thesis). Although these allophonic variations are gradient, they are not at random. On the contrary, they are conditioned by prosodic structure. Prosodic structure, on its turn, carries information about the syntactic organization of an utterance. So, allophonic variation processes of the kind referred to above, must be represented in the grammar of a specific language. This raises the question about where in the grammar to put allophonic facts: inside Phonetics or inside Phonology? Treating those facts in the light of Phonetics, as it is traditionally conceived, would not capture the relationship between the gradient allophony and the prosodic leveI. On the other hand, treating gradient allophony inside Phonology would not capture the gradient nature of the allophonic variation processes, because phonological models have categorical units as their primitives. So, the only way to model gradient allophony inside of a grammar is to treat them in the light of dynamic models of speech production, as Articulatory Phnology (Browman & Goldstein, 1986, 1989, 1990, 1992), since this models takes as primitives the articulatory gestures, that have intrinsic time. This turns direct the phonetic-phonology relationship. My proposal, them, is to represent rhotics in initial position in PB considering the articulatory gestures that constitute them. But, following Sproat & Fujimura (1993) and Gick (1999), I assume a segment to be constituted by more than one single gesture. And, in the light of Acoustic-Articulatoy Phonology (Albano 2001) I say that articulatory gestures are not defined by sets of articulators, but by acoustic-articulatory zones and that dialectal variants are alI put in the lexicon. The speaker, than, chooses which allophone is more adequate to a certain prosodic context / Doutorado / Doutor em Linguística

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/269064
Date05 July 2002
CreatorsSilva, Adelaide Hercilia Pescatori
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Albano, Eleonora Cavalcante, 1950-, Costa, Iara Bemquere, Machado, Mirian da Matta, Abaurre, Maria Bernadete Marques, D'Angelis, Wilmar da Rocha
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem, Programa de Pós-Graduação em Linguística
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format213p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0023 seconds