O sorriso e as lágrimas de Dioniso : ensaio sobre a figura de Dioniso a partir da leitura de As bacantes de Eurípides / The smile and the tears of Dionysus

Orientador: Jeanne Marie Gagnebin de Bons / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-24T15:24:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Macedo_IsabelaCarvalho_M.pdf: 1889912 bytes, checksum: 317015445a211df829ef5ed09b18088e (MD5)
Previous issue date: 2013 / Resumo: A principal questão deste estudo é pensar Dioniso como o sucessor de Zeus. A reflexão proposta sugere que no século V a.C. é Dioniso o soberano que irá ditar os nomoi, leis, que irão reger a vidas dos imortais e dos mortais. Para tal empreitada é proposta uma leitura sobre o dionisismo desde o século VII a.C., que é quando Dioniso retorna das suas viagens exterior para a Grécia trazendo o vinho, até V a.C. quando o deus se torna a divindade mais cultuada da pólis. A principal fonte para tal leitura é a tragédia As bacantes de Eurípides, pois ela narra o retorno de Dioniso e a sua afirmação como uma divindade poderosa e foi escrita no século V a.C. Os principais interlocutores teóricos para o estudo de As bacantes são René Girard e Friedrich Nietzsche ¿ em específico os livros A violência e o sagrado e O nascimento da tragédia. A metodologia apresentada é a seguinte: primeiro serão discutidas as particularidades divinas que convém a Dioniso. O deus foi gestado por uma mortal, devido a isso ele tem mais afinidade com os mortais que as demais potestades. Além disso, é um deus que passa por vários sacrifícios. A partir de tais argumentos é desenvolvida a relação entre o deus e os mortais tendo como ponto de partida os heróis da epopeia. Será defendida a hipótese de que Dioniso apropria-se do logos, um discurso que mede o tempo a partir dos homens e não dos deuses, para fortalecer-se como divindade. Uma vez esclarecido o vínculo de Dioniso com os mortais, será proposta uma interpretação de As bacantes tendo tal obra como o marco da soberania de Dioniso ¿ é ele quem sucederá Zeus. A elaboração de tal leitura levou à contestação da perspectiva teórica de Nietzsche sobre o confronto e a conciliação entre apolíneo e o dionisíaco, impulsos artísticos que Nietzsche usa para definir a religião grega, e também sobre a figura de Sócrates. Desse modo, na última parte será feito um debate teórico sobre a leitura de Nietzsche, será relativizada a perspectiva do filósofo de que entre o apolíneo e o dionisíaco houve uma conciliação. Além disso, será proposta uma imagem de Sócrates não como o principal inimigo de Dioniso, mas como uma das máscara do deus / Abstract: The main question our study poses is whether one can interpret Dionysus as being the successor to Zeus. Our project proposes that in the fifth century BC, Dionysus determined nomoi, the laws that governed the lives of both mortals and immortals. In this dissertation we explore different references to Dionysus that circulated from the seventh century BC, when Dionysus returned to Greece from his travels abroad bringing with him wine, to the fifth century BC,the point when he became the most worshiped God in polis. Our main literary source is Euripedes¿s The Bacchae, writen in the fifth century BC, this work discusses Dionysus¿s ascent to become one of the powerful gods in Greece following his return to the empire. The principal theorists we engage with in this work are René Girard and Friedrich Nietzsche ¿ specifically, Violence and the Sacred and The Birth of Tragedy.The fist part of the dissertation explores particular traits ascribed to Dionyusus as a result of having been gestated by a mortal. Due to this, Dionysus has more affinity with mortals than the other gods have. Moreover, Dionysus makes a number of sacrifices. It is from these interpretations that the relationship between God and mortals originates and it is this point that marks the creation of heroes.Our hypothesis is that Dionysus appropriates logos, which we can understand as a form of discourse that measures time from mortals, not for gods, which in turn is used by Dionysus to strengthen himself as a god. After describing the relationship between mortals and gods, we propose an interpretation of The Bacchaethat show how this text can be interpreted showing Dionysus status as a powerful god -it is he who succeeds Zeus. From here we dispute Nietzsche's interpretation on confrontation andreconciliation between Apollonian and Dionysian, artistic impulses that Nietzsche uses to define ancient Greek religion, not to mention Nietzche¿s treatment of Socrates. In the final section we engage with the theoretical debate through a close readin of Nietzsche. In it we relativize Nietzsche¿s understanding that a compromise existed between the Apollonian and Dionysian. Furthermore, we propose that Socrates was not an enemy of Dionysus, but rather he was a mask of Dionysus / Mestrado / Teoria e Critica Literaria / Mestra em Teoria e História Literária

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/270009
Date24 August 2018
CreatorsMacedo, Isabela Carvalho, 1985-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Gagnebin, Jeanne Marie, 1949-, Bons, Jeanne Marie Gagnebin de, 1949-, Oliveira, Flávio Ribeiro de, Maroni, Amneris Angela
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem, Programa de Pós-Graduação em Teoria e História Literária
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format278 p., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0033 seconds