Return to search

Processos de referenciação : anaforas associativas e nominalizações

Orientador: Ingedore G. Villaça Koch / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-03T17:50:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Zamponi_Graziela_D.pdf: 11122944 bytes, checksum: 5e381ee24d469a51f27193e146e815fb (MD5)
Previous issue date: 2003 / Resumo: Esta tese busca refletir sobre a anáfora associativa e a nominalização, além de lançar luz sobre o funcionamento do determinante definido e demonstrativo nesses tipos de anáforas. Conduzimos a investigação com base em exemplos atestados, notadamente extraídos de jornais e revistas. Nosso estudo é realizado da perspectiva teórica que tem como objeto o discurso, dentro de uma concepção sócio-construtivista do fenômeno referencial, de acordo com a qual os sujeitos constroem, através de práticas discursivas e cognitivas, social e culturalmente partilhadas, as versões públicas do mundo. A anáfora associativa introduz um objeto-de-discurso novo, no modo conhecido (sem relação de correferência), interpretado graças a informações anteriores introduzidas na memória discursiva. A relação que o elemento anafórico - um SN definido ou demonstrativo - mantém com a âncora que lhe serve de antecedente é de ingrediência e se dá com base nos conhecimentos semânticos e nos modelos mentais arquivados na memória. Assim, na nossa concepção, a anáfora associativa não se reduz apenas às relações previstas no léxico, mas é tributária do discurso, que envolve a dimensão cognitivo-interacional. A nominalização constitui a operação discursiva que consiste em referir um processo ou estado previamente significado por uma proposição, por meio de um sintagma nominal definido ou demonstrativo ou ainda de um pronome. Nessa construção, o anafórico sumariza as informações-suporte contidas em segmentos precedentes do texto, encapsulando-as e transformando-as em objetos-de-discurso. A nominalização envolve, assim, um processo de categorização, não sendo raro veicular avaliações sobre o objeto-de-discurso, numa clara estratégia argumentativa. Quanto ao determinante nas expressões nominais anafóricas, se na nominalização parece haver uma clara propensão à determinação demonstrativa, na anáfora associativa, ao contrário, há uma tendência muito acentuada ao uso do definido. A determinação demonstrativa neste tipo de anáfora é fonte de controvérsia, sendo considerada "desviante" dentro da concepção semântica do fenômeno. No entanto, a nosso ver, o uso de um ou outro determinante depende mais de interesses interacionais do que de restrições semânticas a priori / Abstract: This work intends to discuss associative anaphor and nominalisation and show definite and demonstrative determiner use in these kinds of anaphor. The work main1y deaIs with empirical data, obtained trom newspapers and magazines. The perspective that was adopted considers the discourse as being a social and construtivist referential phenomenon. In this way, we consider that individuaIs construct public versions of the world, by cognitivally, socially and culturally sharing discourse practices. An anaphor is said to be associative when it refers to a new referent which, although has not been explicitly mentioned in the prior context, is presented as being as well-known referent, and can be identified on the basis of information provided by the prior context, stocked in discourse memory. The relationship that the anaphoric element - a definite or demonstrative NP - maintains with the antecedent is called a ingredience relation and is based on semantic knowledge and mental models. Thus, in our conception, associative anaphors don't involve lexical relationships only, but depend on the discourse, which involves a cognitive and interactive dimension. Nominalisation is a discourse operation which consists in refering to a process or state, previously presented by proposition, by a definite or demonstrative NP, or even a pronoun. In this operation, the anaphoric element condenses prior information, which is encapsulated and transformed into discourse objects. Thus, nominalisation involves a categorisation process and it is not incommon to express evaluations about discourse objects in a c1early argumentative procedure. In terms of determiners of anaphoric nominal expressions, there seems to be a tendency towards demonstrative determination in nominalisation; on the other hand, there is a strong tendency to use definite determination in associative anaphors. The use of demonstrative determiners in associative anaphors is seen as being unacceptable within semantic conception of the phenomenon. Nevertheless, in our point of view, the use of the definite or demonstrative determiner depends rather on interactive interests than semantic restrictions "a priori" / Doutorado / Doutor em Linguística

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/270385
Date17 November 2003
CreatorsZamponi, Graziela
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Koch, Ingedore Grunfeld Villaça, 1933-, Koch, Ingedore G. Villaça (Ingedore Grunfeld Villaça), 1933-, Brandão, Helena Nagamine, Travaglia, Luiz Carlos, Ilari, Rodolfo, Bentes, Anna Christina, Koch, Ingedore G. Villaça
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format273 p., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0029 seconds