Return to search

Espaço enunciativo e educação escolar indigena : saberes, politicas, linguas e identidades

Orientador : Eduardo Roberto Junqueira Guimarães / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-02T15:19:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Honorio_MariaAparecida_D.pdf: 51884253 bytes, checksum: a938763d0f7584bee9e9e7704c12ec16 (MD5)
Previous issue date: 2000 / Résumé: Ce travail cherche comprendre Ia maniere dont se signifie les langues et les sujets par rapport à l'unité et à Ia diversité. On fait celà par l'analyse de l'espace enonciatif de contact, produit par Ia politique d'éducation indigene. À partir d'une perspective historique, on a choisi les proces enonciatifs de désignation comme place d'observation, en utilizant
les fondements de Ia sémantique historique de I'enonciation et des concepts fondamentaux de I' analyse de discours française. La désignation est comprise ici par le jeu contradictoire entre le même (paraphrase) et le différent (polysémie), geste d'interprétation qui réinscrit l'autre dans le un. Lieu de glissements possibles, de projection d'autres enoncés.
On a pu, en considérant que chaque manifestation de langage est une pratique politique, comprendre comment I'historie de constitution de savoirs sur les langues indigenes au Brésil, sur Ia base de deux technologies -Ia grammaire et le dictionnaire -, a créé des conditions pour Ia construction d'une politique d'enseignement dans les Écoles indigenes, qui a eu, au bilinguisme de transition, une maniere de regulation des pratiques multilingues. Pour comprendre comment les espaces enonciatifs se sont organisés par différentes pratiques politiques, on a construit un trajet historique de l' éducation indigene à l' école au Brésil, des l'époque coloniale, en explicitant quelques manieres de cette pratique politique. On a aperçu que, para1lelement à une politique de contrôle (de l'État), s'est developpé une politique indigene de résistence à cette regulation. On a condu, pourtant, que dans ce jeu contradictoire, Ia dominance d'une politique nacionale, réglée par l'unité, travaille Ia
restriction de I' espace multilingue brésilien en espace bilingue / Resumo: Analisando o funcionamento do espaço enunciativo de contato, configurado pela política de educação escolar indígena, procuramos compreender o modo como as línguas e os sujeitos se significam na relação entre unidade e diversidade. Privilegiando urna perspectiva histórica para tratar a questão, elegemos os processos enunciativos de
designação como lugar de observação, fundamentamo-nos na Semântica Histórica da Enunciação e em conceitos fundamentais da análise do discurso francesa. A designação é compreendida em nosso trabalho pelo jogo contraditório entre o mesmo (paráfrase) e o diferente (polissemia). Gesto de interpretação que reinscreve o outro no lugar do um. Lugar de deslizes possíveis, de projeção de outros enunciados. Considerando ainda que toda manifestação de linguagem é urna prática política, procuramos compreender a história de constituição de saberes sobre as línguas indígenas no Brasil, alicerçada na base de duas tecnológicas, a gramática e o dicionário. Mostraremos que a constituição deste espaço de produção lingüística criou certas condições para a implantação de uma política de ensino nas escolas indígenas, que teve no bilingüismo de transição urn modo de regulação de práticas multilingües. Traçando o percurso histórico da educação escolar indígena no Brasil, desde a época colonial, explicitamos o modo como os espaços enunciativos foram se organizado por
diferentes práticas políticas, através da análise de processos enunciativos de designação, presentes nos Programas de Capacitação de Professores indígenas e em documentos óficias que especificam as línguas a serem ensinadas nas escolas indígenas. Notamos que, paralelamente a urna política de controle (do Estado), fundamentada em princípios integracionistas, foi se desenvolvendo urna política indígena de resistência a essa regulação. Não obstante, concluímos que, neste jogo contraditório, a dominância de urna política nacional regulada pela signo da unidade vem trabalhando a restrição do espaço multilingüe brasileiro em espaço bilingüe. Espaço de contato que, funcionando pelo imaginário "uma língua/uma nação", corre ainda o risco de se transformar, completamente, em espaço monolingüe: urn espaço dominado pela supremacia da língua nacional / Doutorado / Doutor em Linguística

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/270600
Date02 August 2018
CreatorsHonorio, Maria Aparecida
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Guimarães, Eduardo, 1948-, Guimarães, Eduardo Roberto Junqueira, 1948-, Payer, Maria Onice, Lagazzi, Suzy, Niño, Carlos Rojas, Netto, Waldemar Ferreira
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem, Programa de Pós-Graduação em Linguística
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format361 p., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0034 seconds