Return to search

Pierre Bourdieu e a teoria materialista do simbólico / Pierre Bourdieu and the materialist theory of symbolic

Orientador: Renato José Pinto Ortiz / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-27T15:45:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Miraldi_JulianaClosel_M.pdf: 1217768 bytes, checksum: e7f77fb667c67642d022159e48d40765 (MD5)
Previous issue date: 2015 / Resumo: A definição conceitual de campos sociais na praxeologia bourdieusiana implica considerá-los como entidades nominais relativamente autônomas, portadoras de um efeito de illusio próprio que se apresenta aos agentes como regras específicas, determinantes e determinadas por práticas historicamente constituídas no interior de cada campo que impõe aos agentes que nele se encontram certo savoir faire possibilitando, assim, a diferenciação e a homogeneização entre as práticas no espaço social. Contudo a propriedade dos campos de serem relativamente autônomos nos incita a questão, relativos a que? A resposta, mesmo que necessária, não pode ser encontrada de maneira clara nos escritos de Bourdieu, uma vez que este não se atentou diretamente a ela, porém fora possível, dando consequências conceituais aos princípios epistemológicos da teoria, desenvolver três condições a partir das quais os campos relacionam-se entre si. As duas primeiras apresentam-se com causalidades, isto é, como condição de existência da própria teoria e a terceira como uma determinação que, dado seu poder de interferência coage a lógica interna dos campos. Denominamos a primeira de causalidade de transitiva e percebemos que ela corresponde ao movimento de inter-relação entre os campos, decorrente tanto da movimentação dos agentes de um campo ao outro, quanto pela reestruturação dos campos em si mesmos que afetam outros campos. A segunda relação causal é apreendida como imanente a formação dos campos e se refere a política da luta de classes que, transformada pelas regras específicas de cada campo, apresenta uma homologia entre as posições de dominância nos campos específicos com a posição de dominância e acúmulo de capitais no espaço social. Por fim, o terceiro elemento determinante na dinâmica diferencial dos campos é o Estado que atua, segundo Bourdieu, com golpes de tirania nos campos dada a posição assumida e o poder acumulado historicamente por ele. Estas três condições que se efetivam simultaneamente nos permitem observar que a ideia de autonomia relativa entre os campos assegura a univocidade e a diferenciação específica no espaço social / Abstract: In Bourdieu's praxeology, the theoretical definition of social fields implies considering them relatively autonomous nominal entities carrying an illusio effect, which presents itself to agents as specific rules that both determine and are determined by historically constituted practices set into each field. Fields, in turn, impose a savoir-faire to their members, enabling the differentiation and homogenizing of practices in social space. However, if social fields are indeed relatively autonomous, the question raised is: relative to what? In spite of its centrality, the answer to this question is not to be found clearly in Bourdieu¿s writings, as the author did not face it directly. Nevertheless, given the conceptual consequences and epistemological principles of his theory, it is possible to draw three conditions through which social fields could relate to one another. First and second conditions are presented as causalities, meaning they are prerequisites for the theory itself. The third condition is a determination which, given its power of interference, coerces the internal logic of the fields. The first condition is hereby called transitional causality and it corresponds to the movement of inter-relation between the fields, originated in both the agents¿ movement from one field into the other and the fields¿ own process of restructuring that may as well affect other fields. The second causal relation is immanent to the formation of fields and it refers to the class struggle politics that presents a homology between dominant positions in specific fields and the dominant position of accumulating capitals in social space. Finally, the third determinant element in the differential dynamics of fields is the State, an actor who, according to Bourdieu, promotes hits of tyranny in fields given the position and power it has accumulated in the course of history. These three simultaneously effective conditions allow us to observe the idea of relative autonomy among fields and ensures the persistence of univocity and the specific differentiation in social space / Mestrado / Sociologia / Mestre em Sociologia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/279737
Date27 August 2018
CreatorsMiraldi, Juliana Closel, 1986-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Ortiz, Renato, 1947-, Ortiz, Renato José Pinto, 1947-, Camargo, Sílvio César, Peters, Gabriel Moura
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format149 p., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0029 seconds