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Medicalização da obesidade : a epidemia em noticia / Obesity medicalization : epidemic in the news

Orientador: Lea Maria Leme Strini Velho / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-08-14T21:18:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: Este trabalho analisa como a obesidade, a exemplo de outros comportamentos, passou para o domínio da medicina, sendo interpretada como doença, sujeita a atenção de médicos, tratamentos, com ou sem o auxílio de medicamentos ou outros procedimentos desse campo, em um processo que se dá o nome de medicalização. É um processo construído socialmente do qual fazem parte profissionais da área da saúde, representantes de governos, do mercado e como se vê neste estudo, a imprensa. O estudo traça um panorama da situação da obesidade no Brasil, EUA e em países europeus, mostrando algumas medidas de ordem política que esses países têm adotado na tentativa de conter o avanço da obesidade. Mostra, também, a existência de um estigma da obesidade que não está relacionado apenas à questão da saúde, mas à busca de um padrão de beleza estabelecido, que leva um grande número de pessoas, em especial as mulheres, às práticas embelezadoras que vão dos exercícios físicos e dietas às cirurgias plásticas e distúrbios alimentares. A partir da análise de 305 matérias publicadas no jornal Folha de S. Paulo no período de 1998 a 2008, o estudo investiga o papel da imprensa como partícipe deste processo. Do total de textos analisados, 72% enfocam a obesidade como doença ou epidemia, relacionando o mal a outras doenças, destacando os riscos, os custos individuais e para o sistema de saúde em geral - público e privado. O estudo longitudinal permite identificar fatos que marcam o processo de medicalização como a divulgação de que o índice de obesos havia superado o de subnutridos no país, o lançamento de novas drogas, a aprovação da realização da cirurgia bariátrica nos hospitais públicos, entre outros. Os médicos foram fontes predominantes nas matérias, principalmente aqueles ligados às instituições públicas e associações médicas. A editoria privilegiada na publicação das matérias sobre obesidade foi o Cotidiano, ganhando o tema um enfoque mais direcionado ao comportamento, ao dia-a-dia das pessoas. O trabalho permite concluir que a imprensa representa um importante papel na construção da epidemia da obesidade, apoiada no discurso médico, autoridade científica que legitima o processo da medicalização, e que conta com o apoio dos laboratórios farmacêuticos e o poder público na disseminação da idéia da doença e de possível cura, mesmo que ela não seja algo realmente iminente. / Abstract: This thesis analyses how obesity, like other physical and behavioral conditions, became part of medicine ascendance, being interpreted as a disease, subject to the medical treatment, with or without drugs, in a process called medicalization. It is discussed that this is a socially constructed process in which its main social actors are health professionals, government and business representatives, and, as analyzed in the present study, the press. The study provides an overview of obesity in Brazil, the United States and European countries, showing some measures of political order that these countries have adopted in trying to slow down the development of obesity. It also shows the obesity stigma, which is not constrained to health issues, but to the search of an established beauty standard, which takes a great number of people, especially women, to practice beauty habits that go from exercising and diets to plastic surgeries and eating disorders. From the analysis of 305 published stories on the Brazilian newspaper Folha de S. Paulo during the period between 1998 to 2008, the present study investigates the role of press as participant in this process. From the analyzed texts, 72% focus on obesity as a disease or epidemic, relating it to other diseases and bringing out the risks, individual and health care costs (public and private). This longitudinal study allows the identification of events that were landmarks in the process of medicalization, such as making public the obesity index having overcome the malnourished in the country, the release of new drugs, the inclusion of bariatric surgery in public hospitals, among others. Doctors were the main sources, specially those participants in public institutions and medical associations. The editorial position in the articles publication on obesity was Cotidiano (Life), making the topic a more targeted approach to behavior and dayto- day lives. The study reveals that the press plays an important role in the obesity epidemic construction, supported by the medical discourse, scientific authority that legitimizes the medicalization process, which has the support of pharmaceutical companies and the public idea dissemination of disease and possible cures, even if it is not something really imminent. / Doutorado / Doutor em Política Científica e Tecnológica

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/286835
Date14 August 2018
CreatorsFigueiredo, Simone Pallone de, 1967-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Velho, Léa Maria Leme Strini, 1952-, Costa, Maria Conceição da, Citeli, Maria Teresa, Hayashi, Maria Cistina Piumbato Innocentini, Guimarães, Maria Cristina Soares
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Política Científica e Tecnológica
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format229 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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