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Utilidade da determinação da avidez dos anticorpos IgG anti-citomegalovirus humano (HCMV) para o imunodiagnostico da citomegalovirose

Orientador: Claudio Lucio Rossi / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-03T17:10:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: A infecção causada pelo citomegalovírus humano (HCMV) é geralmente assintomática ou está associada a sintomas clínicos brandos e não específicos em pessoas imunocompetentes. Entretanto, o vírus pode causar doença grave em determinados tipos de pacientes, como crianças com infecção congênita e pessoas com comprometimento do sistema imune. O diagnóstico sorológico da infecção primária recente pelo HCMV é usualmente baseado na detecção de anticorpos específicos da classe IgM, soroconversão e/ou aumento significativo dos títulos de anticorpos específicos IgG. Como a soroconversão e a elevação significativa das concentrações de anticorpos dificilmente são observadas, a detecção de anticorpos IgM tem sido o marcador sorológico mais freqüentemente usado para o diagnóstico da infecção aguda. Entretanto, a baixa especificidade de muitos testes utilizados na pesquisa de IgM anti-HCMV e a persistência desses anticorpos em algumas pessoas durante vários meses, ou mesmo anos, têm gerado diagnósticos incorretos de infecção aguda, causando preocupações desnecessárias, especialmente em mulheres grávidas e em pacientes com comprometimento do sistema imune. Com base na observação que a avidez dos anticorpos aumenta gradualmente após a exposição a um imunógeno, vários trabalhos têm mostrado que a determinação da avidez dos anticorpos IgG pode ser utilizada para identificar infecções recentes e antigas, incluindo a infecção pelo HCMV. No Brasil, os testes comerciais para a determinação da avidez dos anticorpos IgG anti-HCMV, além de muito caros, não estão disponíveis prontamente no mercado. O presente trabalho teve como objetivo desenvolver um teste de avidez imunoenzimático para o HCMV (ELISA HCMV), capaz de distinguir a infecção primária recente da infecção de longa duração. Na idealização do teste, foram considerados parâmetros importantes para laboratórios de rotina, como simplicidade e baixo custo. O teste foi padronizado com o kit comercial ETI-CYTOK G Plus (Sorin Biomedica, Itália), utilizando uréia 8 M para a dissociação dos anticorpos de baixa avidez. Para a validação do teste ELISA HCMV, a sua performance foi comparada com a do teste de avidez comercial automatizado VIDAS CMV IgG (bioMérieux, França), utilizando 24 soros de pacientes com infecção recente primária e 25 soros de pacientes com infecção de longa duração apresentando persistência de anticorpos específicos IgM. Resultados similares foram obtidos com os dois métodos de avidez. Todos os 24 soros de pacientes com infecção recentemente adquirida apresentaram índices de avidez compatíveis com infecção aguda utilizando o teste VIDAS CMV IgG, enquanto que um dos soros apresentou resultado duvidoso no teste ELISA HCMV. Os 25 soros de pacientes com infecção de longa duração apresentaram resultados idênticos com os dois métodos, com apenas um dos soros apresentando um valor não compatível. Estes resultados sugerem que o nosso teste de avidez pode ser potencialmente útil para o imunodiagnóstico da infecção pelo HCMV / Abstract: The infection caused by human cytomegalovirus (HCMV) is generally asymptomatic or is associated with mild non-specific clinical symptoms in immunocompetent subjects. The virus can, however, cause serious illness in congenitally infected infants and in immunocompromised patients. The serological diagnosis of a recently acquired HCMV infection is usually based on the detection of specific IgM antibodies, seroconversion, and/or a four-fold or greater rise in the titre of HCMV-specific IgG antibodies. Since seroconversion and a rise in IgG titres are seldom demonstrable, the detection of HCMV-specific IgM antibodies has been the most frequently used serological marker for diagnosing acute infection. However, the use of tests with a low specificity and the persistence, in some patients, of specific IgM antibodies for a long time have led to the misdiagnosis of acute HCMV infection and unnecessary concern, especially with respect to pregnant women and immunocompromised patients. Based on the observation that antibody avidity gradually increases after exposure to an immunogen, several reports have shown that the avidity of IgG antibodies can be used as a marker for identifying recent primary and long-term infections, including HCMV infections. In Brazil, commercial assays for evaluating the avidity of HCMV-specific IgG are expensive and are not readily available. The aim of this study was to standardize an economical and simple in-house HCMV-enzyme-linked immunosorbent assay avidity test (ELISA HCMV) for distinguishing recent primary from long-term infection. The test was standardized with the commercial kit ETI-CYTOK G Plus (Sorin Biomedica, Italy) using 8 M urea in phosphate-buffered saline to dissociate low-avidity antibodies. To validate the ELISA HCMV test, its performance was compared with that of the commercial automated VIDAS CMV IgG avidity assay (bioMérieux, France), using well-characterized sera from patients with recent primary and long-term HCMV infections. Forty-nine sera, 24 from patients with a recent primary HCMV infection and 25 from patients with a long-term HCMV infection with a sustained persistence of specific IgM antibodies, were tested. Similar results were obtained with the two avidity methods. All sera from the 24 patients with recently acquired infection had avidity indices compatible with acute HCMV infection by the VIDAS test, whereas with the in-house test, one serum sample had an equivocal result. In the 25 sera from patients with long-term infection, identical results were obtained with the two methods, with only one serum sample having an incompatible value. These findings suggest that our in-house avidity test could be a potentially useful tool for the immunodiagnosis of HCMV infection / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestre em Ciências Médicas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/308748
Date20 August 2003
CreatorsSouza, Silmara de
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Rossi, Claudio Lucio, 1950-, Yamamoto, Aparecida Yulie, Costa, Sandra Cecília Botelho
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format59f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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