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Epidemiologia clinica e molecular das infecções de corrente sanguine por Enterococcus faecalis no complexo hospitalar da Universidade Estadual de Campinas / Clinical and molecular epicemiology of the Enterococcus faecalis bloodstream infections at the Universidade Estadual de Campinas Hospital complex

Orientadores: Maria Luiza Moretti, Raquel Silveira Bello Stucchi / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-13T06:04:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: O enterococo é o terceiro agente mais freqüente em infecção de corrente sangüínea (ICS) hospitalar, responsável por 10% dessas infecções e está associado com alta letalidade. Durante as duas últimas décadas, o surgimento de alto nível de resistência à gentamicina (HLGR) e resistência à vancomicina adicionaram desafios ao tratamento das infecções por Enterococcus faecalis. Avaliamos as ICSs por E. faecalis no Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) identificadas de janeiro de 1999 a dezembro de 2003. Nosso objetivo foi determinar as características clínicas, microbiológicas e moleculares das ICSs por E. faecalis com HLGR e sem HLGR em pacientes internados no HC-Unicamp. ICS foi definida como pelo menos uma cultura de sangue positiva para E. faecalis com ou sem sinais e sintomas associados. Em casos de múltiplos episódios de ICS em um mesmo paciente, somente o primeiro episódio foi considerado. Coletamos informações de prontuários médicos utilizando formulários estruturados. A tipagem molecular de isolados de E. faecalis estocados foi realizada através da técnica de eletroforese em gel com campo pulsátil (PFGE). Identificamos 164 pacientes com ICS por E. faecalis, dos quais 145 (88,4%) foram incluídos neste estudo. Nossos achados demonstraram que pacientes com ICS por E. faecalis são graves. Dentre os 145 pacientes, 128 (88,3%) apresentavam pelo menos uma co-morbidade. Além disso, a realização de procedimento invasivo ou presença de dispositivos invasivos foram freqüentes (75,2%), assim como o uso prévio de antimicrobianos (61,4%). Das 145 ICSs, 66 (45,5%) foram por E. faecalis com HLGR e 79 (54,5%) sem HLGR. Na análise univariada, idade avançada, malignidade hematológica, cateterização urinária e uso prévio de cefalosporinas, quinolonas e carbapenêmicos foram mais freqüentes em pacientes com infecção por HLGR quando comparados com pacientes sem HLGR (p <0,05). A análise multivariada mostrou idade avançada, presença de malignidade hematológica e uso prévio de vancomicina como variáveis independentes associadas com infecção por HLGR (p <0,05). A taxa de letalidade foi de 46,2% e não apresentou diferença estatística significativa entre pacientes com infecção por HLGR (50,0%) e sem HLGR (43,0%) (p= 0,40). Ventilação mecânica e gravidade das co-morbidades foram associadas com óbito (p <0,05). Durante o período de estudo, a taxa de resistência à ampicilina foi de 2,0%; ciprofloxacina, 51,7%; penicilina, 35,1%; e estreptomicina, 27,6%. Nenhum isolado resistente à vancomicina foi identificado. A genotipagem dos 44 isolados disponíveis (32 de pacientes incluídos no estudo e 12 controles) revelou 29 isolados distribuídos em 11 perfis genotípicos e 15 isolados apresentaram perfis genotípicos únicos e distintos. Alguns isolados geneticamente relacionados eram suscetíveis à gentamicina e outros possuíam HLGR, o que pode ser resultado da transferência de gene plasmidial de resistência HLGR entre isolados. Nossos resultados permitem concluir que ICSs por E. faecalis estão associadas com alta taxa de letalidade e são freqüentemente causadas por HLGR. Medidas de controle de infecção, incluindo vigilância ativa, respeito às normas de precauções de contato e uso criterioso de antimicrobianos devem ser consideradas para reduzir o risco de transmissão de E. faecalis resistentes em ambiente hospitalar. / Abstract: Enterococus is the third most frequent agent in nosocomial blood stream infection (BSI), accounting for 10% of nosocomial BSI, and is associated with high mortality. During the last two decades, the emergence of high-level gentamicin resistance (HLGR) and vancomycin resistance added additional challenges in the treatment of Enterococcus faecalis infections. We evaluated E. faecalis BSI at the Hospital de Clínicas (HC) of the Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) in Brazil between January 1999 and December 2003. We sought to determine the clinical, microbiological, and molecular characteristics of BSI caused by HLGR and non-HLGR strains. E. faecalis BSI was defined as at least one positive blood culture for E. faecalis during the study period with or without associated symptoms. In patients with multiple BSI episodes, only the first episode was considered. We collected information from medical charts using standard forms. Banked E. faecalis isolates were typed using pulsed field gel electrophoresis (PFGE). We identified 164 patients with E. faecalis BSI, 145 (88.3%) patients were included in this study. Our data showed that patients with E. faecalis BSI are severely ill. One hundred twenty-eight (88.3%) patients had some underlying chronic disease. Invasive procedure or invasive device (75.2%) and previous use of antimicrobial (61.4%) were also frequent. Of the 145 BSIs, 66 (45.5%) were due to HLGR isolates and 79 (54.5%) were non-HLGR. In the univariate analysis, patients with HLGR infection were older, had hematological malignancy, had higher rates of bladder catheterization, and more often had treatment with cephalosporin, quinolone, and carbapenem when compared with non-HLGR infection patients (p <0.05). Multivariate analysis indicated that older age, hematological malignancy, and previous use of vancomycin were independent risk factors associated with HLGR (p <0.05). Mortality rate was 46.2% and was not statistically significantly different among patients with HLGR (50.0%) and non-HLGR (43.0%) infections (p= 0.40). Multivariate analysis indicated that mechanical ventilation and severity of underlying chronic diseases were associated with death (p <0.05). During the study period, the prevalence of resistance to ampicilin was 2.0%; to ciprofloxacin, 51.7%; to penicillin, 35.1%; and to streptomycin, 27.6%. We did not detect any isolate resistant to vancomycin. We genotyped 44 available isolates, 32 from study patients and 12 controls. Twenty-nine isolates were distributed in 11 PFGE patterns, the remaining 15 isolates had distinct and unique PFGE patterns. Some isolates with related PFGE pattern were HLGR and others non-HLGR, this may have result from transference of HLGR resistance plasmidial between isolates. Our results suggest that E. faecalis BSI are associated with high mortality and are frequently caused by HLGR. Hospital infection control measures, including active surveillance and judicious use of antibiotics, should be considered to reduce the spread of resistant E. faecalis infections in healthcare settings. / Doutorado / Clinica Medica / Doutor em Clínica Médica

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/311064
Date12 May 2008
CreatorsVigani, Aline Gonzalez
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Stucchi, Raquel Silveira Bello, 1958-, Moretti, Maria Luiza, 1953-, Resende, Mariângela Ribeiro, Trabasso, Plinio, Gales, Ana Cristina, Machado, Alcyone Artioli
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format158 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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