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Prevalencia e fatores associados a colonização retal e vaginal pelo Estreptococo do grupo B em parturientes e suas caracteristicas fenotipicas

Orientador: Jose Antonio Simões / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-04T04:28:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: Introdução - A colonização pelo estreptococo do Grupo B (EGB) é, em nível mundial, altamente prevalente entre as gestantes, variando de 4% a 30%. Estes microorganismos podem ser transmitidos verticalmente e causar sérias conseqüências neonatais. No Brasil ainda não foram adotadas estratégias de prevenção e tratamento para reduzir a incidência de infecção neonatal pelo EGB, as quais, para serem efetivas, devem ser elaboradas com base em conhecimentos sobre a prevalência, aos fatores associados ao maior risco de colonização e às características fenotípicas do estreptococo do Grupo B. Objetivo: estabelecer a prevalência da colonização pelo EGB no trato genital de parturientes, identificar os fatores associados à essa colonização e as características fenotípicas destes estreptococos. Método: foi realizado um estudo de corte transversal, no período de 11 de novembro de 2003 a 14 de maio de 2004. No momento da admissão para o parto, uma amostra de 316 parturientes do Hospital Universitário de Jundiaí foi submetida à coleta, com swab estéril, de material das regiões retal e vaginal, para detecção do EGB, por cultura seletiva no meio de Todd-Hewitt. Dados referentes aos fatores associados à colonização foram obtidos dos prontuários rotineiramente preenchidos, ou perguntados às parturientes e transcritos para a ficha de dados. A susceptibilidade a sete antimicrobianos (penicilina, ampicilina, eritromicina, nitrofurantoina, clindamicina, cefalotina e gentamicina) foi obtida através da técnica de disco difusão dos antibióticos. As amostras foram diferenciadas pela tipagem sorológica e anti-soros específicos para os tipos sorológicos Ia, Ib, II, III, IV, V). Resultados: A prevalência da colonização pelo EGB na amostra estudada foi de 14,6%. Trabalhar fora de casa foi um fator significativamente associado à colonização. Nenhuma cepa foi resistente à penicilina, ampicilina, eritromicina e nitrofurantoína. A maior resistência foi para a gentamicina (76,1%), seguida pela clindamicina (17,4%). O sorotipo mais freqüente foi o Ib (23,9%), seguido pelos sorotipos II e Ia (19,6% e 17,4%, respectivamente). Não houve correlação entre o sorotipo e a maior resistência antimicrobiana. CONCLUSÃO: a prevalência da colonização pelo EGB em parturientes do Hospital Universitário de Jundiaí foi alta. Não houve fatores associados à colonização, exceto ao que se refere ao fato de trabalhar fora de casa. A penicilina continua sendo a droga de escolha para a profilaxia intraparto, porém a clindamicina como alternativa em mulheres alérgicas à penicilina deverá ser melhor avaliada por antibiograma ou substituída pela cefalotina. O sorotipo mais freqüente (Ib) diferiu da maioria dos estudos em outros países, demonstrando a necessidade da identificação da sorotipagem em cada região, a fim de uma futura elaboração de vacinas específicas para as gestantes brasileiras / Abstract: Introduction - Genital colonization with Group B Streptococcus(GBS) occurs in 4% to 30% of pregnant women. GBS can be vertically transmitted and cause significant morbidity and mortality in newborns. Strategies for prevention and treatment to reduce the incidence of the newborn infection have not been established yet in Brazil. In order to be effective, these strategies must be made based on the knowledge on prevalence, risk factors for GBS colonization and on GBS phenotypic characteristics. Objectives: To establish the prevalence of GBS genital colonization, to identify the factors associated with this colonization and the GBS phenotypic characteristics (antibiotic susceptibility and serotypes). Methodology: The study was carried out from November 11, 2003 to May 14, 2004. A total of 316 pregnant women of the University Hospital of Jundiaí was sampled for GBS cultures at the admission for delivery. Samples were collected using sterile swab from the vagina and rectum, which were immediately inoculated onto Todd Hewitt¿s selective medium. Data regarding to the factors associated with the colonization were obtained from patient¿s clinical record files. GBS antibiotic susceptibilities were determined using disk diffusion to seven antibiotics (penicillin, ampicillin, erythromycin, clindamycin, cefalotin, gentamycin and nitrofurantoin) according to the guidelines of the National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS). Serotypes were determined using specific anti-serum Ia, Ib, II, III, IV and V. Results: GBS colonization rate was 14.6%. The only factor significantly associated with GBS colonization was to have a job out of home. None isolate was resistant to penicillin, ampicillin, erythromycin or nitrofurantoin. The highest resistance rate was to gentamycin (76.1%), followed by clindamycin (17.4%). The most frequent serotype was Ib (23.9%) followed by serotypes II and Ia (19.6% and 17.4%, respectively). No correlations were found between serotype and antibiotic resistance. Conclusion: GBS colonization rate was high in pregnant women attending the University Hospital of Jundiaí for delivery. No risk factors were associated with the colonization except to have a job out of home. Penicillin continues to be the drug of choice for intrapartum antibiotic prophylaxis. However, clindamycin as an alternative in women allergic to penicillin should be better evaluated using antibiotic sensitivity tests. The most frequent serotype found in this study (Ib) was not the same found in most of studies from another countries. This result highlights the importance of the knowledge of the most prevalent serotypes in each region to further development of an appropriate vaccine for GBS / Mestrado / Tocoginecologia / Mestre em Tocoginecologia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/312543
Date13 April 2005
CreatorsAlves, Valeria Moraes Neder
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Simões, Jose Antonio, 1960-, Gabiatti, Jose Roberto E., Fernandes, Arlete M. dos S.
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format90f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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