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Dinâmica da regeneração natural via sementes em uma floresta montana no Parque Estadual da Serra do Mar / Dynamics of seed natural regeneration in a tropical montane forest in the Serra do Mar State Park

Orientadores: Carlos Alfredo Joly, Flavio Antonio Maës dos Santos / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-27T11:17:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Resumo: Estudos prévios demonstraram baixa sazonalidade na frutificação em florestas tropicais não-sazonais, o que poderia influenciar o padrão temporal e espacial da chuva de sementes e do banco de sementes. Entretanto, esses processos não são conhecidos. O objetivo desse estudo foi determinar como ocorre a regeneração natural via sementes em uma floresta tropical Montana no Parque Estadual da Serra do Mar. Foram testadas as hipóteses: (1) a sazonalidade na chuva de sementes é fraca ou ausente e esse padrão não se diferencia dentro dos modos de dispersão; (2) o banco de sementes é florísticamente relacionado com a chuva de sementes e espacialmente acoplado; (3) o banco de sementes apresenta baixa sazonalidade e esse padrão não difere dentro dos modos de dispersão. Em 2 hectares de floresta, nós registramos o total de 29959-62904 diásporos na chuva de sementes (104-106 spp.), 1029-2999 diásporos no banco de sementes da serapilheira (36-38 spp.) e 6288-7824 plântulas no banco de sementes do solo (74-82 spp.) ao longo de dois anos. Asteraceae, Urticaceae e Melastomataceae foram abundantes na chuva de sementes (63-81%), no banco de sementes da serapilheira (70-73%) e no banco de sementes do solo (77-84%). A maior riqueza de espécies foi de arbóreas na chuva de sementes (59-61%) e banco de sementes da serapilheira (72-68%), e de herbáceas no banco de sementes do solo (ca. 55%). Houve maior proporção de sementes arbóreas em todas as vias de regeneração, assim como maior riqueza de espécies zoocóricas (mais de 50%). Entretanto, a anemocoria contribuiu com a maior proporção do total de sementes no banco de sementes do solo (ca. 75%) e da chuva de sementes de uma das áreas (64%). Houve sazonalidade na chuva de sementes com um único pico na abundância (Out-Nov). Esse padrão foi reforçado pela sazonalidade na abundância e riqueza de espécies da chuva de sementes anemocórica e zoocórica, ambas ocorrendo no período de maior precipitação. A chuva de sementes influenciou a composição de espécies das sementes contidas na serapilheira e no solo. Entretanto, o acoplamento espacial entre as vias de regeneração ocorreu somente em uma das áreas. O banco de sementes não apresentou variações na composição florística e houve fraca variação temporal na densidade e riqueza de espécies, repercutindo igualmente dentro dos modos de dispersão. Esse estudo demonstrou que a chuva de sementes pode ser sazonal em condições de baixa sazonalidade ambiental, independente do modo de dispersão das sementes. A relação entre composição da chuva de sementes e das sementes contidas na serapilheira e no solo revela que essas vias são interligadas e dependentes entre si, resultando em padrões espaciais agrupados. Como resultado, a baixa variação temporal do banco de sementes não pode ser atribuída à baixa sazonalidade na chuva de sementes. O fato de não haver acúmulo de sementes no solo após o período de dispersão sugere o baixo tempo de permanência das sementes. Por outro lado, a falta de acoplamento espacial em uma das áreas sugere processos de pós-dispersão atuando na reestruturação espacial do banco de sementes / Abstract: Previous studies have demonstrated low seasonality in the fruiting phenology in aseasonal tropical forests, which could influence the spatial and temporal pattern of seed rain and seed bank. However, these processes are poorly known. The aim of this study was to determine seed natural regeneration in an Atlantic tropical Montane forest located in southeast of Brazil, Serra do Mar State Park. The hipotheses were tested: (1) seasonality of seed rain is weak or absent and this pattern is no different within the dispersal modes; (2) the floristic composition of seed bank is closely related with seed rain and there is a spatial association between them; (3) the seed bank has a low seasonality and this pattern is the same within the dispersal modes. In two hectares of forest we recorded total of 29959-62904 seeds in the seed rain (104-106 spp.), 1029-2999 seeds in the litter seed bank (36-38 spp.) and 6288-7824 seedlings in the soil seed bank (78-82 spp.) over two years. Asteraceae, Urticaceae and Melastomataceae were abundant in the seed rain (63-81%), litter seed bank (70-73%) and soil seed bank (77-84%). Trees accounted to higher species richness in the seed rain (59-61%) and litter seed bank (72-68%). Herbaceous were most important to the species richness of soil seed bank (ca. 55%). There were more of tree seeds in all regeneration modes, as well as greater zoochorous species richness (more than 50%). However, anemochory had the largest proportion of total seeds in the soil seed bank (ca. 75%) as well as one of the areas where the seed rain was sampled (64%). There was seasonality of seed rain with a single peak in abundance (Oct-Nov). This pattern was reinforced by seasonality in the anemochorous and zoochorous abundance and species richness of seed rain, both occurring in the period of greatest rainfall. Seed rain influenced the species composition of the seeds in the litter and soil. However, the spatial coupling between the regeneration modes occurred in only one area. The soil seed bank showed no changes in the floristic composition and there was a weak temporal variation in density and species richness reflecting also within in the dispersal syndromes. This study demonstrated that seasonality in seed rain can occur even in tropical forests where environmental seasonality is low, regardless of the manner in which the seeds are dispersed. The relationship between seed rain and seed bank composition (litter and soil) reveals that these pathways are interconnected and dependent on each other, resulting in clustered spatial patterns. As a result, the low temporal variation of soil seed bank can not be attributed to the low seasonality of seed rain. Since there is no seed accumulation in the soil after a period of seed dispersal, short residence time of the seed in the soil is suggested. On the other hand, the lack of spatial association between seed rain and seed bank in one of the areas suggests post-dispersal processes acting in the spatial restructuring of the seed bank / Doutorado / Biologia Vegetal / Doutor em Biologia Vegetal

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/314918
Date02 December 2015
CreatorsVinha, Daniella, 1978-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Santos, Flavio Antonio Maës dos, 1958-, Joly, Carlos Alfredo, 1955-, Tabarelli, Marcelo, Garcia, Queila de Souza, Gandolfi, Sergius, Sampaio, Maurício Bonesso
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format146 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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