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Efeito terapeutico de virazole sobre os virus causadores do enrolamento da folha, anel do pimentão e tristeza dos citros

Orientador: Jorge Vega / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-20T18:10:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1995 / Resumo: Com o objetivo de estudar o efeito quimioterápico de Virazole (1-ß-Dribofuranosil -1,2,4 - triazol-3 - carboxamida) in vitro sobre vírus de plantas, dois modelos de estudo foram realizados. No primeiro utilizou-se calos de videira Vitis vinifera, Seibel 2, infectados com o vírus do enrolamento da folha da videira (VEFV), e calos de fumo Nicotiana tabacum "TNN" e Gomphrena globosa L. infectados com o vírus do anel do pimentão (VAP). No segundo, foi utilizado um modelo aplicado, visando a obtenção de plantas de limoeiro Galego Citrus aurantifolia (Christm.) Swing) livres do vírus da tristeza dos citros "citrus tristeza virus" (CTV). Os objetivos específicos foram: 1) Testar o efeito do Virazole em calos cultivados in vitro, comparando: a) diferentes tipos de vírus (closterovirus e tobravirus) e b) efeito do. Virazole sobre um mesmo vírus em duas espécies de plantas hospedeiras. 2) Avaliar a possibilidade do uso de Virazole para obtenção de plantas cítricas livres do CTV por minienxertia realizada in vitro. Os resultados mostraram que o Virazole inibiu a multiplicação dos 3 vírus em estudo (VEFV, VAP e CTV), pertencentes a dois grupos distintos: closterovirus (VEFV e CTV) e tobravirus (V AP). A utilização de calos infectados com vírus e tratados com Virazole in vitro, mostrou ser um modelo de estudo eficiente para avaliar o efeito desse composto quimioterápico sobre vírus de planta. A indexação serológica; das amostras coletadas a cada subcultura dos calos permitiu acompanhar a evolução do conteúdo de vírus no decorrer de várias subculturas sucessivas. Os resultados mostraram de modo geral, que a quantidade de vírus presente varia muito pouco nas culturas de calos mantidas em ausência de Virazole. As concentrações mais baixas utilizadas não inibiram a multiplicação dos vírus, ao passo que concentrações mais altas do produto provocaram uma diminuição progressiva da concentração de vírus a cada subcultura até que as partículas virais não foram mais detectadas nos testes serológicos. O desenvolvimento da cultura foi afetado por concentrações altas de Virazole, sendo que algumas concentrações foram fitotóxicas, dependendo da planta e do tecido tratado. Em calos de videira infectados com VEFV o significativa a replicação do vírus. A inibição foi proporcional Virazole inibiu de maneira à concentração do produto utilizada. À 50 ppm não foram detectadas partículas virais nos testes serológicos. O Virazole atuou rapidamente em diminuir a concentração do VEFV à um nível baixo em calos em proliferação, porém, um longo período de incubação foi necessário para obter completa supressão dos vírus. Esses resultados são consistentes com a possibilidade de que a atividade antiviral do Virazole se manifesta por sua ação na síntese de novas partículas mais do que uma inativação direta dos vírus existentes. O Virazole foi capaz de inibir a multiplicação do V AP em calos de fumo, mas não em calos de G. globosa. Em fumo a concentração de 200 ppm eliminou os vírus presentes nos calos, enquanto que em calos de G. globosa o Virazole não foi efetivo em nenhuma das concentrações testadas. Possivelmente essas plantas apresentam vias metabólicas alternativas para a replicação do RNA viral ( e não aquela inibida pelo Virazole). A eficiência do Virazole em eliminar o V AP foi também dependente do estágio de desenvolvimento dos tecidos tratados. O Virazole inibiu a multiplicação de vírus quando pedaços de folhas foram utilizados como explantes, porém, ocorreu pouca ou nenhuma inibição quando células de calos não organizados foram tratadas com Virazole. O Virazole inibiu a multiplicação do CTV à concentração de 200 ppm. Essa inibição foi verificada pela ausência de sintomas específicos do vírus da tristeza nas plantas obtidas. As plantas cresceram tão bem quanto as plantas sadias. O Virazole não foi efetivo à 100 ppm. Nessa concentração o vírus provocou paralisação do crescimento das plantas e as folhas apresentaram sintomas de palidez das nervuras, específicos da doença. Esses resultados foram confirmados por ELISA e "Western-blot". Com bases nesses resultados, conclui-se que o Virazole é um quimioterápico eficiente para a obtenção de plantas livres de vírus, dependendo da espécie vegetal, do vírus envolvido e das condições de tratamento / Mestrado / Fisiologia Vegetal / Mestre em Ciências Biológicas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/315197
Date27 July 1995
CreatorsBaptista, Celia Regina
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Vega, Jorge, 1945-
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format86f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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