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Estudos taxonomicos sobre o genero Qualea AUBL., subgenero Amphilochia (Mart.) Stafl. (Vochysiaceae A.ST.-Hil.)

Orientador: Kikyo Yamamoto / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-12T03:10:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2000 / Resumo: Estudos taxonômicos baseados em material de herbário e observações de campo sobre o gênero Qualea Aubl., subgênero Amphilochia (Mart.) Stafl. (Vochysiaceae), resultaram no reconhecimento de sete espécies, duas delas com subdivisão infraespecífica: (1) Qualea cryptantha (Spreng.) Wann. ssp. cryptanthae ssp. Marginat (Miq.) M.Lisboa & K.Yamamoto, comb.nov.; (2) Q. cordafiJ (Spreng.) ssp. core/ata, ssp. dichotoma (Mart.) M.Lisboa & K.Yamamoto comb.nov. e ssp. elongata(Warm.) M.Lisboa & K.Yamamoto, comb.nov.; (3) Q. glazioviiWarm.; (4) Q.lundii(Warm.) Warm.; (5) Q. megalocarpa Stafl.; (6) Q. selloiWann; e (7) Qualea sp.nov.ined. Além desta espécie nova, as principais novidades taxonômicas consistem nas sinonimizações de Q. dichotoma (transferida para subespécie) com Q. cordata, e de Q. densiflora Warm. com Q. selloí, além do não reconhecimento das variedades de Q. cordata e das subespécies de Q. selloí (sensu Stafleu 1953). Evidenciou-se a importância taxonômica do comprimento do pecíolo, das pétalas e das anteras, de alguns aspectos da venação foliar, da morfologia das gemas e das estípulas. Caracteristicas de indumento e forma da base foliar são admitidas apenas como caracteres auxiliares. A região localizada entre o Planalto Sul de Minas, a Serra da Canastra e a vertente ocidental da Serra da Mantiqueira, limitada aproximadamente pelas fronteiras entre os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, concentra a maior diversidade de táxons específicos e infra-específicos do sUbgênero Amphilochía, mas a sua área de distribuição compreende desde os estados do Nordeste e Centro-Oeste até parte da região Sul do Brasil, chegando ao Norte do Paraguai, predominantemente em cerrados de altitude ou florestas semideciduais adjacentes no interior do Brasil, com apenas duas exceções em florestas costeiras. Apesar de algumas sobreposições marginais, cada táxon apresenta padrão razoavelmente distinto de distribuição geográfica e habitat preferencial. Q, cryptantha ssp, cryptantha ocorre apenas em matas de tabuleiro na região NE-L do país, a ssp. marginata é praticamente restrita à Chapada Diamantina (BA); Q, glazioviilimitase às florestas pluviais de encosta nas regiões SE-S do país; Q, core/ata ssp. dichotoma predomina em cerrados paulistas e do sul de Minas, a subespécie elongata é o único representante do sUbgênero no Maciço Goiano, enquanto que a subespécie cordata, que é o táxon mais amplamente distribuído, é o único que chega ao Paraguai e é quase o único representante na Serra do Espinhaço (MG); Q, sel/oíé basicamente uma espécie da Serra da Mantiqueira, entre São Paulo e Sul de Minas; Q, megalocarpa, Q, lundiíe Q, sp,nov" estudadas apenas pelos tipos, parecem ser restritas, respectivamente, às proximidades da Serra de Caparaó (MG), às Serras ao sul de Belo Horizonte (MG), e à região sul da Serra de Bodoquena (MS). Os padrões quase exclusivos de distribuição e preferência por habitat fundamentam o tratamento como subespécie dos táxons infraespecíficos. Observações populacionais e experimentos preliminares no campo de cruzamento entre Q, cordata ssp, cordata e Q, sel/oí sugerem que, quando em simpatria, pode haver hibridização entre espécies, produzindo plantas aparentemente férteis com características intermediárias. Os dados geográficos e a aparente fragilidade nas barreiras reprodutivas sugerem que a disjunção geográfica pode ser o principal fator de especiação no táxon / Abstract: Taxonomic studies based on herbarium material and field observations about of the genus Qualea Aubl., subgenus Amphilochia (Mart.) Stafl. (Vochysiaceae) were carried out. Seven species were recognized, two of them with inflâspecific subdivision: (1) Qualea crypli!Jntha (Spreng.) Warm. ssp. cryptantha and ssp. marginata (Miq.) M.Lisboa & K.Yamamoto, comb.nov.; (2) Q. cordata (Spreng.), ssp. cordata, ssp. dichotoma (Mart.) M.Lisboa & K.Yamamoto comb.nov. and ssp. elongata (Warm.) M.Lisboa & K.Yamamoto, comb.nov.; (3) Q. glaziovii Warm.; (4) Q. lundii (Warm.) Warm.; (5) Q. megalocarpa Stafl.; (6) Q. sel/oi Warm.; and (7) Qualea sp.nov.ined. Besides this new species, the most important taxonomic changes are the synonymizations of Q. dichotoma (transfered to the rank of subspecies) with Q. cordata, and of Q. densif/ora Warm. with Q. seI/o;' besides, the varieties of Q. cordata and the subspecies of Q. sel/oi (sensu Stafleu 1953) were not accepted. Taxonomic value was found for petiole, petal and anther length, some leaf venation fetures, peru Iate gemmae and stipule morphology. Lesser diagnostic importance is still recognized for the indument and leaf base chalâcteristics. Major specific and infraspecific taxonomic diversity was found in the region comprised between the Planalto Sul de Minas, the Serra da Canastra and the western slopes of the Serlâ da Mantiqueira, close to the frontiers of Rio de Janeiro, Minas Gelâis and São Paulo states; however, the whole distribution area comprises practically ali Blâzilian Northeast to Southem extraamazonian regions, reaching North-Palâguay. This subgenus is mostly found in CentralBrazilian cerlâdos of mountainous regions and neighboring semidecidual forests, with only two exceptions in coastal forests. Each taxon has a particular geographical distribution pattem and preferential habitat, although some marginal overlapping between taxa may occur. Q. cryptantha ssp. cryptantha grows only in matas de tabuleiro in the NE-E Brôzilian coastal plains, while the ssp. marginata is almost restrict to the Chapada Diamantina (BA); Q. gfaziovii is limited to the SE-E Brazilian coastalrôin forests; Q. cordata ssp. dichotoma grows mainly in the cerrôdos of São Paulo state and Sul de Minas region, the subspecies efongata is the only taxon of the subgenus in the Maciço Goiano, while the $ubspecies cordata, the most widely distributed one is the only that reaches Parôguay, and is almost the only member of the subgenus Amphifochia that may be currently found in the Serra do Espinhaço (MG); Q. sel/oi seems to be limited to the Serra da Mantiqueirô and Sul de Minas mountains, between São Paulo, Minas Gerais and its frontier with Rio de Janeiro state; Q. megafocarpa, Q. fundii e Quafea sp.nov., of which only the type materiais were examined, seem to be respectively limited to the vicinities of the Serrô de Caparôó (MG), to the mountains at South Belo Horizonte (MG), and to the Southem regions of Serrô da Bodoquena (MS). The nearly exclusive distribution pattem and the preferential habitat support the classification of the infraspecific taxa as subspecies. Preliminary field populationa observations and cross experiments between Q. cordata ssp. cordata and Q. sel/oi suggest that sympatric species may hybridize and produce apparently fertile offspring with intermediate characteristics. Geographical data and the evidences of weakness of the reproductive barriers point the geogrôphic disjunction as the most important speciation force in the subgenus / Mestrado / Mestre em Biologia Vegetal

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/315215
Date08 July 2000
CreatorsLisboa, Marcio Luiz da Gama
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Yamamoto, Kikyo, 1954-, Oliveira, Paulo Eugênio, Dutilh, Julie Henriette Antoniette
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format135 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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