Return to search

Estudos taxonomicos e anatomicos do genero Prestonia R. BR. nom. cons. (Apocynaceae)

Orientadores : Luiza Sumiko Kinoshita, Marilia de Moraes Castro / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-28T21:00:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Rio_MariaCarolinaScatolindo_M.pdf: 19793950 bytes, checksum: 8658d88eadf24edebf341bf47781d72d (MD5)
Previous issue date: 2001 / Resumo: O gênero Prestonia R. Br., composto por 60 spp., está representado no Sul e Sudeste do Brasil por 15 espécies. As espécies mais amplamente distribuídas são P. coalita, presente em todos os Estados, e P. calycina, ausente apenas no RS. Outras espécies têm distribuição mais restrita: P. lindmanii, P. solanifolia e P. bahiensis foram registradas apenas em MG e SP, e P. dusenii tem distribuição principalmente litorânea, de SC ao RJ. P. riedelii, P. tomentosa e P. acutifolia foram encontradas desde o PR até MG e RJ; no entanto, P. acutifolia não ocorre em SP e provavelmente no RJ. P. denticulata e P. perplexa são encontradas apenas no RJ, e P. lagoensis é restrita a MG. Várias espécies foram constatadas pela primeira vez em diversos Estados: P. acutifolia (MG e PR), P. bahiensis (ES), P. calycina (ES, MG, PR eSC), P. coalita (ES), P. dusenii (RJ), P. riedelii (MG e RJ) e P. tomentosa (PR). Há suspeita de extinção para P. didyma e P. trifida no RJ, P. solanifolia e P. bahiensis em SP. Uma nova ocorrência é referida para o Brasil: P. hassleri no PR. P. perplexa foi confirmada para o RJ, e seus frutos foram descritos e ilustrados. São apresentadas chave para identificação, descrições, ilustrações e comentários sobre as espécies estudadas, bem como dados de distribuição geográfica e períodos de floração e frutificação. A posição dos coléteres nodais e o número e pilosidade dos calicinais constituiram-se em caracteres distintivos de algumas espécies de Prestonia. Com o estudo de 25% das espécies do gênero (60% das ocorrentes no Brasil) observou-se a necessidade de revisão das seções e dos caracteres que as delimitam em um estudo do gênero como um todo. O estudo anatômico dos coléteres foliares e calicinais de Prestonia coalita foi realizado com o intuito de definir o número e a posição ocupada pelos coléteres, caracterizar sua estrutura, determinar o estádio de desenvolvimento da folha e flor em que os coléteres encontrem-se em fase secretora, comprovar a presença de mucilagem na secreção produzida e comparar os calicinais com os foliares visando elucidar a sua origem. Os coléteres secretam mucilagem no início do desenvolvimento foliar (primórdios com ca. 5-8mm) e floral (botões com 34mm), confirmando o papel que desempenham de lubrificar e proteger gemas. Os foliares diferem dos calicinais quanto ao número, posição ocupada e tipo estrutural. Em cada nó, 14-18 coléteres intrapeciolares são observados; apenas os dois centrais têm origem na região axilar, enquanto os demais formam-se a partir das estipulas. Todos são constituídos por uma longa cabeça, formada por um núcleo central de células parenquimáticas rodeado por epiderme uniestratificada secretora em paliçada, e um curto pedúnculo. Tricomas multicelulares e vascularização ocorrem somente nos coléteres correspondentes às estípulas modificadas. Um único coléter calicinal, com origem na base do cálice, é observado oposto a cada uma das cinco lacínias. Ele é íntegro na base e ramificase em direção ao ápice, apresentando aspecto fimbriado. Não há clara distinção entre cabeça e pedúnculo; tricomas e tecido vascular estão ausentes. Com a constatação de que todos os coléteres calicinais e os centrais foliares têm origem axilar em Prestonia coalita, demonstra-se que a teoria estipular proposta para os coléteres das Apocynaceae não é universal. Dessa forma, propõe-se que estudos ontogenéticos comparativos entre coléteres nodais e calicinais sejam ampliados para outras espécies da fam ília com o propósito de reavaliar essa teoria / Abstract: A taxonomic survey indicated the existence of 15 species of the genus Prestonia in South and Southeast Brazil. The more widespread species were P. coalita, wich is present in ali states, and P. ca/ycina, absent only in RS. Other species have more restricted distributions. P. /indmanii, P. solanifolia and P. bahiensis were registered only in MG and SP, and P. dusenii occurs from se to RJ, but is mainly found in seaboard areas. P. riede/ii, P. tomentosa e P. acutifo/ia were registered from PR to MG and RJ; however, P. acutifolia doesn't occur in SP, and probably also in RJ. P. denticu/ata and P. perplexa were found only in RJ, and P. lagoensis is restricted to MG. Several species were recorded for the first times in various states: P. acutifolia - MG, PR and RJ; P. bahiensis - ES; P. coalita ES; P. calycina - ES, MG, PR and SC; P. dusenii - RJ; P. riedelii - MG and RJ; P. tomentosa - PR. There is suspection of extinction for P. didyma and P. trifida in RJ and P. solanifolia and P. bahiensis in SP. A new occurrence for Brazil is related, P. hassleri in PR. The occurrence of P. perplexa in RJ was confirmed, and its fruits, unknown until the present study, are described and iIIustrated. Taxonomic keys, descriptions, iIIustrations and comments on the studied species, as well as data on their geographic range, flowering and fruiting periods are included. The position of nodal colleters and hairs' features of calcinals are distinctive taxonomic characters for some Prestonia species. After this study, that comprised 25% of the species in the genus (60% of that known from Brazil), the necessity of reviewing the genus' sections and their distinctive characteristics becomes evident. An anatomical study of foliar and calycine colleters of P. coalita was achieved in order to establish their number and positions, to describe their structure, to determine in which stage of leaf and flower development secretion sta rts , to comprove the presence of mucilage in its secretion, and to compare calicine and foliar colleters to better understand their origino Mucilage secretion starts in the early stages of foliar (primordia with 5-8mm length) and floral (buds with 3-4mm length) development, confirming the identification of colleters and suggesting that they may lubricate and protect buds. Foliar differ from calycine colleters in number, position and structure. Each node presented 14-18 intrapetiolar colleters. Only the central pair of colleters originates from axilar region, while the other derived from stipules. Colleters are constituted by a long head that includes a central core of parenchymatous cells, surrounded by one layered palisade secretory epidermal cells, on a short stalk devoid of any secretory cells. Multicellular hairs and vascular tissue were observed only in colleters corresponding to modified stipules. Each calyx lobes presented a single colleter opposite to it, originated from the base of calyx. The colleters are whole in their very base; above they beco me branched, assuming a fringed aspect. The stalk can't be clearly differed from head, and the colleters are devoid of hairs or vascular tissue. Once ali calycine and central foliar colleters have axilar origin in P. coalíta, becomes clear that stipular theory put forward to Apocynaceae's colleters isn't universal. Ontogenetic studies comparing nodal and calycine colleters in other species of Apocynaceae are needed in order to reevaluate that theory / Mestrado / Mestre em Biologia Vegetal

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/315285
Date28 August 2001
CreatorsRio, Maria Carolina Scatolin do
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Castro, Marilia de Moraes, 1953-, Kinoshita, Luiza Sumiko, 1947-, Tozzi, Ana Maria Goulart de Azevedo, Carmello-Guerreiro, Sandra Maria, Torres, Roseli Buzanelli
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format147p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0031 seconds