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Conservação do mico-leão preto (Leontophitecus chrysopygus) : tres tipos de manejo avaliados atraves da ecologia e comportamento

Orientador: Eleonore Zulnara Freire Setz, Claudio Valladares-Padua / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-03T22:34:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: o presente estudo teve como objetivo realizar três tipos de movimentações de indivíduos de mico-leão preto (Leontopithecus chrysopygus) (diferentes tipos de manejo), e avaliá-las através de parâmetros de ecologia e comportamento da espécie. A hipótese é que se os animais movimentados demonstrassem as mesmas tendências ecológico comportamentais de animais selvagens não movimentados, então poderíamos considerar que estavam adaptados ao novo ambiente, e que a movimentação foi bem sucedida. Os dados ecológicos de cada grupo movimentado foram coletados e comparados com os dados de um grupo selvagem. O primeiro tipo de movimentação realizado foi uma translocação, definida como a transferência de um grupo selvagem de uma área silvestre para outra. O grupo translocado apresentou a morte de um indivíduo e o nascimento de dois filhotes nos dois anos de observação. Um macho subadulto migrou para um grupo vizinho, onde se reproduziu. Os animais translocados dispenderam menos tempo em alimentação e forrageio do que o grupo selvagem, e mais tempo em comportamento social. Não houve diferença no sucesso de captura de presas animais entre os grupos. O grupo translocado utilizou mais os estratos mais altos da floresta, mas os dois grupos preferiram os estratos intermediários. O grupo selvagem utilizou preferencialmente frutos em sua dieta, e o translocado usou mais resinas e insetos. A avaliação das alterações ecológico-comportamentais dos micos após a translocação sugere que o grupo apresentou sucesso na adaptação à nova área e as diferenças encontradas entre o orçamento temporal do grupo translocado e do selvagem são provavelmente resultado de diferenças de qualidade do habitat utilizado e variação intra específica, e não conseqüências diretas da movimentação, pois foram verificadas um ano após a translocação. O segundo tipo de movimentação foi uma reintrodução de grupo misto. A reintrodução é a soltura de animais nascidos em cativeiro em área silvestre. Grupos mistos são grupos formados artificialmente através da reunião de animais selvagens. e animais nascidos em cativeiro. Foram realizadas duas reintroduções de grupo misto, com animais vindos de cativeiro com histórias distintas de criação. Na primeira reintrodução o macho de 4 anos vindo de cativeiro sobreviveu 3,5 meses. Na segunda reintrodução o macho de 2,5 anos de idade sobreviveu cinco e o macho de 1,5 anos de idade sobreviveu sete meses. Os grupos reintroduzidos dispendem menos tempo se alimentando, forrageando e se deslocando do que o grupo selvagem, e mais tempo descansando. O segundo grupo reintroduzido apresentou alterações de comportamento ao longo de tempo, diminuindo o descanso e aumentando o forrageio. Os grupos reintroduzidos obtiveram menor sucesso de captura de presas animais do que o grupo selvagem, e o primeiro grupo foi menos eficiente que o segundo. O grupo selvagem utilizou os estratos florestais de forma mais equitativa. Apesar da não sobrevivência dos animais reintroduzidos, houve mudança de comportamento dos animais cativos na direção do comportamento dos animais selvagens, indicando aprendizado e adaptação, ainda que com pouco tempo (máximo de sete meses) de observação. O terceiro tipo de movimentação foi a dispersão manejada de um duo de machos, ou seja, a captura de dois machos selvagens e soltura em território diferente do original, mas dentro da mesma população selvagem. Não foi possível coletar dados de comportamento e ecologia, e os dois animais morreram num período de 3 e 8 meses. Como instrumento de manejo, a dispersão manejada do duo de machos não alcançou êxito / Abstract: This study had the objective to carry out three different types of movements of black lion tamarin (Leontopithecus chrysopygus) individuals (three kinds of management) and to evaluate them through behavioral and ecological parameters for the species. The hypothesis was that if the managed animals showed the same behavioral and ecological tendencies of non-managed wild animals, we could consider that they were adapted to the new environment and that the management would be a success. We collected ecological data of each managed groups and compared with data from a wild group. The first management was a translocation, defined as a transfer of a whole wild group from one area to another. The translocated group presented the death of one individual and two births during the two observation years. A sub adult male has migrated to a neighbor group and has reproduced there. The translocated animals spent less time feeding, foraging and moving than the wild ones, and spent more time in social behavior. There was no difference between the prey capture success among the groups. The translocated group used higher strata in the forest, but both groups preferred the medium canopy. The wild group used more fruits in the diet and the translocated one more gums and insects. The evaluation of the behavioral and ecological parameters of the tamarins after the translocation, suggests that the group has presented success in the new environment adaptation, and the observed differences were probably due to distinct habitat qualities and intra-specific variation, because they were observed one year after the management. The second management was a mixed group reintroduction. The reintroduction is the release of captive animals to a wild area. Mixed groups are defined as artificially formed groups by wild and captive animals. We carried out two mixed group reintroductions, with captive animals with distinct breeding histories. In the first reintroduction the 4 years old captive male survived for 3,5 months. In the second one, the 2, 5 years old captive male survived for five and the 1, 5 years old male for seven months. The reintroduced groups spent less time feeding, foraging and moving than the wild one and more time resting. The second reintroduced group showed temporal changes in behavior, diminishing resting and increasing foraging. The reintroduced groups had lower prey capture success than the wild one, and the first group was less efficient than the second group. The wild group used the forest layers in a different way than the translocated group, using them almost equally. Although the reintroduced captive animals did not survive, temporal changes in the behavior of the captive animals were observed, indicating learning and adaptation, in less than seven months of observation. The third management was a managed dispersal of a male duo, defined as a capture of two wild animals and release in another area, but in the same wild population. It was not possible to collect ecological and behavioral data, and the two released males died after a period of three and eight months. As a management technique the managed dispersal of a male duo had no success / Doutorado / Doutor em Ecologia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/315839
Date19 February 2004
CreatorsMartins, Cristiana Saddy
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Valladares-Padua, Cláudio, 1948-, Setz, Eleonore Zulnara Freire, 1953-, Junior, Paulo De Marco, Mendes, Sergio Lucena, Silva, Wesley Rodrigues, Kierulff, Maria Cecilia Martins, Prado, Paulo Inácio, Vasconcellos-Neto, João
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format155p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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