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Ecologia floral de duas especies invasoras de Ipomoea (convolvulaceae)

Orientador: João Semir / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-22T17:01:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1997 / Resumo: Aspectos do sistema de reprodução, morfologia e biologia florais e a ocorrência de ataque de herbívoros às flores de Ipomoea cairica (L.) Sweet e Ipomoea carnea ssp. fistu/osa (Martius ex Choisy) Austin (Convolvulaceae) foram estudados no Município de Campinas/São Paulo, Brasil, entre julho de 1995 e julho de 1996. Ipomoea cairica é uma planta invasora de culturas, herbácea com ramos longos e volúveis, capaz de se reproduzir por sementes e vegetatívamente. Suas flores são inodoras, tubulosas, com limbo de cor lilás e fauce violácea. Ipomoea camea ssp. fistulosa é uma planta herbácea, com ramos lenhosos, semi-aquática, que se reproduz tanto por sementes quanto por estaquia. Suas flores são inodoras, tubulosas, com limbo de cor rosada e tubo púrpura. A antese das düas espécies é diurna. Ambas possuem flores que se abrem ao amanhecer (ca. de 5:00h) e fecham aproximadamente às 14:00h. Os polinizadores mais freqüentes e eficientes de Ipomoea cairica são abelhas Antophoridae (Melitoma segmentaria e Exomalopsis fulvopilosa) e Apidae (Eulaema nigrita e Apis mellifera). Borboletas da família Hesperiidae foram visitantes freqüentes, mas considerados pilhadores ou polinizadores ocasionais. A polinização promíscua foi uma característica marcante nesta espécie. Para Ipomoea camea ssp. fistulosa os polinizadores foram duas abelhas da família Anthophoridae. Melitoma segmentaria foi o polinizador mais freqüente e eficiente seguida por Cera tina (Crewella) gossypii. Os demais visitantes florais foram borboletas e besouros pilhadores de néctar. Os nectários extraflorais foram visitados por formigas, abelhas, moscas e vários outros insetos. Nas duas espécies estudadas os insetos pilhadores realizavam furto de néctar, acessando-o por vias legítimas sem causar dano às flores. Ipomoea cairica e Ipomoea camea ssp. fistulosa são xenógamas obrigatórias com porcentagem de sucesso na polinização cruzada de aproximadamente 80% e 60%, respectivamente. O sistema de autoincompatibilidade, nas populações estudadas de 2ambas espécies, mostrou ser do tipo esporofítico homomórfico. Cerca de 15% das flores de Ipomoea cairica sofreram algum tipo de dano no campo (fendas e perfurações), enquanto nenhuma flor de Ipomoea carnea ssp. fistulosa foi atacada. A partir de julho até dezembro de 1996, foram realizados experimentos para testar se flores de ambas espécies eram protegidas contra o herbívoro generalista Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae). A proteção (resistência) foi determinada através da relação entre a quantidade de material experimental e controle consumida (índice de consumo - IC). Nos experimentos com flores frescas (Experimental) versus Controle (folhas de mamona, Ricinus communis [Euphorbiaceae]), apenas Ipomoea carnea ssp. fistulosa mostrou ser protegida (IC = °, n = 12), confirmando as observações de campo. Os extratos bruto, aquoso e clorofórmico das flores das espécies que eram protegidas também foram testados para se verificar se a proteção era química. Os extratos bruto e aquoso desta espécie, quando aplicados sobre de mamona numa concentração de 0,1 g/50ul, mostraram forte efeito deterrente (diminuindo o IC em 26 e 31%, respectivamente). De acordo com os resultados obtidos neste trabalho, Ipomoea cairica não é quimicamente protegida contra herbivoria. Ainda assim, não sendo atacada durante o período de visitação pelos polinizadores, é capaz de garantir a produção de seus frutos antes da ação dos herbívoros. Ipomoea carnea ssp. fistulosa deve evitar a herbivoria floral através de proteção (resistência) química, mas sua produção de frutos pode ser afetada pelo ataque do besouro Chelimorpha informes (Chrysomelidae: Cassidinae) às suas folhas e botões imaturos / Abstract: The reproductive system, floral biology, morphology and herbivory of Ipomoea cairica and Ipomoea carnea ssp. fistulosa were studied in the city of Campinas, São Paulo state, Brazil from July 1995 to July 1996. Ipomoea cairica is a herbaceous weed with long climbing shoots, having sexual and vegetative reproduction. The flower are odourless, tubular, with lilac limb and violet tube. Ipomoea carnea ssp. fistulosa is a semi-aquatic herbaceous weed reproducting by seeds and stems. The flowers are odourless, tubular, with pink limb and purple tube. The anthese of both species is diurnal, and the flowers open at sunrise and fade around 2 p.m. The most frequent and effective pollinators of Ipomoea cairica are Anthophoridae (Melitoma segmentaria and Exomalopsis fulvopilosa) and Apidae (Eulaema nigrita and Apis mellifera) bees. Hesperiidae skippers (Lepidoptera) were frequent as nectar robbers or as occasional pollinators. Promiscuous pollination was a marked characteristc in this species. The pollinators of Ipomoea carnea ssp. fistulosa were two Anthophoridae bees; Melitoma segmentaria was the most frequent and effective pollinator followed by Cera tina (Crewella) gossypii. Other insects visiting obsePled were nectar robbers belowing to the Lepidoptera and Coleoptera. The extrafloral nectaries of Ipomoea carnea ssp. fistulosa were visited by ants, bees, flies and many others insects. Ipomoea cairica and Ipomoea carnea ssp. fistulosa are xenogamous, with about 80% and 60% of success in cross pollination, respectively. The populations of both species presented homomorphic, sporophytic self-incompatibility. About 15% of Ipomoea cairica flowers suffer some kind of injury (slits and holes), while none of Ipomoea carnea ssp. fistu/osa flowers was attacked. From July 1996 to December 1996 assays were made to test fresh flowers samples of both species for protection against of Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae). Protection (resistence) was determined by relative amounts of consumed experimental and control material (consumption index 4 IC). In assays using fresh flowers samples (Experimental) versus Control (samples of Ricinus communis (Euphorbiaceae) leaves) only Ipomoea camea ssp. Fistulosa showed to be protected (IC=O, n=12). The gross, water and chlorophormic extracts of the flowers from the protected species were tested to verify chemical protection. The gross and water extracts of this species showed deterrent effect when applied in leaf samples of Ricinus communis at 0.1 g/50ul. diluition (reducing the IC in 26% and 31 % respectively). Ipomoea cairica was not protected by chemical resistence against herbivory. However it was not attacked during visitation by pollinators, by assuring the fruit production before the occurence of flower herbivory. Apparently, Ipomoea camea ssp. fistulosa avoids floral herbivory through chemical resistence, but fruit production could be affected by the attack of Chelimorpha informes (Chrysomelidae: Cassidinae) bettles on leaves and imature buds / Mestrado / Mestre em Ecologia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/316367
Date03 June 1997
CreatorsFidalgo, Adriana de Oliveira
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Semir, João, 1937-, Maimoni-Rodella, Rita C.S.
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Ecologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format84f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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