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Estratégias de enfrentamento nos distúrbios da voz

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Previous issue date: 2009-11-25 / Objetivos: O objetivo do presente estudo é pesquisar estratégias de enfrentamento em indivíduos com queixa vocal e verificar a relação dos tipos de estratégias com queixa vocal e sintomas vocais, auto-avaliação da voz, análise perceptivo-auditiva, assim como estados de ansiedade, depressão e aspectos relacionados a lócus de controle e autoestima. Métodos: Participaram 178 indivíduos, distribuídos em dois grupos: com e sem queixa vocal. O grupo com queixa vocal foi composto por 87 indivíduos adultos brasileiros, 19 homens e 68 mulheres, com idade média de 34,1 anos. O grupo sem queixa vocal teve 91 indivíduos adultos brasileiros, 29 homens e 62 mulheres, com idade média de 32,4 anos. Os indivíduos foram solicitados a realizar os seguintes procedimentos: questionário de identificação e caracterização, auto-avaliação vocal, análise perceptivo-auditiva, Protocolo de Estratégias de Enfrentamento na Disfonias - PEED, Escala de Autoestima de Rosenberg, Inventário de Depressão de Beck – BDI, Inventário de Ansiedade Traço-Estado - IDATE e Escala Multidimensional de Lócus de Controle de Levenson. Para adaptação cultural o PEED foi administrado a 14 pacientes que não fizeram parte da composição final da amostra. A faixa etária (p=0,219) e a distribuição do sexo (p=0,132) de ambos os grupos foram estatisticamente semelhantes. A média de sintomas do grupo com queixa foi 6,28 e do grupo sem queixa 1,27. Os sintomas mais relatados pelo grupo com queixa foi rouquidão (81,6%), fadiga vocal (67,8%), pigarro e garganta seca (57,5). Já os sintomas mais relatados pelo grupo sem queixa foi rinite (26,4%), azia (20,9%) e coceira na garganta (18,7%). O tipo de queixa mais freqüente apresentou-se relacionado com modificações na qualidade vocal natural ou habitual (73,6%). De acordo com os resultados de autoavaliação, os grupos apresentaram diferenças estatisticamente significantes, sendo que o grupo com queixa vocal apresentou maior ocorrência de voz razoável (46%). Quanto à análise perceptivo-auditiva, houve diferença estatisticamente significante entre os grupos nas duas tarefas de fala, tanto para as médias como para o grau de desvio, com exceção do grau leve na tarefa de vogal sustentada. Resultados: Os escores do PEED foram estatisticamente diferentes nos dois grupos (Escore do grupo com queixa 51,86; do grupo sem queixa 23,18 - p<0,001), e sem diferença entre os sexos. Os indivíduos com queixa vocal referem utilizar mais estratégias com foco no problema (63,6%). De acordo com as escalas de avaliação dos estados de ansiedade, depressão e aspectos relacionados a lócus de controle e autoestima, os grupos não apresentaram escores estatisticamente diferentes. O escore médio para o grupo com queixa do BDI foi 7,71; da Escala de Autoestima foi 6,63; do Inventário de Ansiedadeestado foi 41,55 e de Ansiedade-traço foi 42,20, da Escala Multidimensional de Lócus de Controle de Levenson externo-acaso foi 27,97; externo-poderosos 29,56 e Interno 18,20. No grupo com queixa vocal o PEED apresentou correlação positiva com a análise perceptivo-auditiva dos números (p=0,036), os escores do BDI (p=0,006) e do Inventário de Ansiedade Estado (p=0,022); e negativa com o lócus de controle externoacaso (p=0,001) e externo-poderosos (p=0,001). A análise de componentes principais das respostas do PEED do grupo de indivíduos com queixa de voz gerou 4 subescalas: busca de informação, suporte sócio-emocional, fuga-evitação e auto-controle. Conclusões: Indivíduos com queixa vocal usam estratégias de enfrentamento variadas, em particular estratégias com foco no problema. O enfrentamento de um distúrbio de voz se correlaciona positivamente com a avaliação clínica da voz, com aspectos de depressão e ansiedade estado, e negativamente com lócus de controle externo-acaso e externo-poderoso. O protocolo brasileiro proposto apresenta 10 itens e quatro subescalas: busca de informação, suporte sócio-emocional, fuga-evitação e auto-controle. / TEDE

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unifesp.br:11600/9484
Date25 November 2009
CreatorsOliveira, Gisele [UNIFESP]
ContributorsUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Behlau, Mara [UNIFESP]
PublisherUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UNIFESP, instname:Universidade Federal de São Paulo, instacron:UNIFESP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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