Return to search

Investigação epidemiológica e geoespacial da esquistossomose mansônica em área ocupada por trabalhadores rurais sem terra / Epidemiological and geo spatial research of schistosomiasis mansoni in area occupied by landless workers

Introduction: The schistosoniasis mansoni is a disease caused by digenetic trematode Schistosoma mansoni. It is endemic in 78 tropical and subtropical countries. In Brazil it affects the states of Alagoas, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Bahia and Minas Gerais. Landless movement, is a Brazilian movement whose goal is to implement agrarian reform, they invade lands, considered by them as unproductive and settle on properties without ideal conditions of housing, having to use river water for consumption, leisure, household activities and agriculture, enabling the maintenance of the evolutionary cycle of the disease. In the midst of the difficulties to control the disease, there is a tool to assist in controlling and monitoring technology, geo-spatial, and with it the GIS (Geographic Information System) and GPS (Geografic Positioning System). These are facilitating the integration of the land observation, determining environmental parameters with health data for the development of surveillance of diseases and models of control. Goals: Facing this problem, we sought to describe and analyze epidemiological and geo-spatial aspects of schistosomiasis mansoni in landless families in the southern region of Sergipe investigated and treated in the year 2010 with segment in 2015. Method: It is about cross-sectional studies conducted in 2010 and 2015, when13 Landless settlements were investigated. In the year 2010, 601 individuals were included in the research, in 2015, 1139. In both surveys the TF Test ® was used for analysis of faeces and in the second survey, the positives had abdominal echography performed. For the mapping of the area it was used GPS. The collected data were analyzed through the technique of exploratory interpolation, estimate kernel, this technique has generated a surface density for the visual detection of "hot areas" or “hotspots”, understood as a concentration of events that indicates in some way the agglomeration in a spatial distribution. Results: In 2010, we obtained a proportion of parasitological positive for S. mansoni of 4.3%, all of them in the intestines chronic phase. In 2015, 2.6% was infected, and eight of them in hepatointestinal phase. In the second survey, the settlements kept the demographic characteristics of the first one such as the lack of basic sanitation, sewage system, treated water for consumption and education. In both surveys the positives human cases were treated, and the most severe referred to the outpatient clinic of the University Hospital of the Federal University of Sergipe for follow-up. Out of the 13 settlements surveyed in 2010, 08 (61.5%) tested positive for mansoni. In 2015, 11 (84.6%) has positive results. In both surveys, it was demonstrated the occurrence of nine species of helminthes and four of protozoa. The results of spatial analysis indicate the existence of eight areas of main risks situated in the southern region of Sergipe state. Conclusion: The spatial analysis showed that the distribution of the disease was not homogeneous. The prevalence of the disease in the region is low, however the socio demographic characteristics indicate a worrying scenario with outbreaks in 11 out of the 13 settlements. We are all aware of the urgent need for government intervention when it comes to prevention and control of disease. / Introdução: A Esquistossomose mansônica é uma doença causada pelo trematódeo digenético Schistosoma mansoni. É endêmica em 78 países tropicais e subtropicais. No Brasil acomete a população dos estados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Bahia Paraíba e Minas Gerais. Movimento de Sem Terras, é um movimento brasileiro cujo objetivo é implantar a reforma agrária. Caracterizam-se pela invasão de terras, que consideram improdutivas, e instalam-se em propriedades sem condições ideais de moradia, tendo que utilizar a água do rio para consumo, lazer, atividades domésticas e agricultura, propiciando a manutenção do ciclo evolutivo da doença. Em meio as dificuldades para controlar a doença, surge uma ferramenta para auxiliar no controle e monitoramento, a tecnologia geo - espacial, e com ela o SIG (Sistema de Informação Geográfica) e GPS (Geografic Positioning System). Estes vêm facilitando a integração de observação da terra, determinando parâmetros ambientais com dados de saúde para o desenvolvimento de vigilância das doenças e modelos de controle. Objetivos: Diante desta problemática, buscou-se descrever e analisar aspectos epidemiológicos e geo espaciais de esquistossomose mansônica em famílias de Sem Terra da região sul de Sergipe investigadas e tratadas no ano de 2010 com segmento em 2015. Método: Trata-se de estudos transversais realizados em 2010 e 2015, quando foram investigados 13 assentamentos de Sem Terras. No ano de 2010, 601 indivíduos foram incluídos na pesquisa, em 2015, 1139. Nos dois inquéritos foi utilizado o TF Test® para análise das fezes e no segundo inquérito, os positivos realizaram ecografia abdominal. Para o mapeamento da área foi utilizado o GPS. Os dados coletados foram analisados por meio da técnica de interpolação exploratória, estimativa de Kernel, esta técnica gerou uma superfície de densidade para a detecção visual de “áreas quentes” ou “hotspots”, entendidas como uma concentração de eventos que indica de alguma forma a aglomeração em uma distribuição espacial. Resultados: Em 2010, obteve-se 4.3% de parasitológicos positivos para S. mansoni todos na fase crônica intestinal. Em 2015, 2,6% estavam infectados, sendo que oito deles na fase hepatointestinal. No segundo inquérito, os assentamentos mantinham as condições sócio demográficas do primeiro, como a falta de saneamento básico, rede de esgoto, água tratada para consumo e escolaridade. Nos dois inquéritos os casos humanos positivos foram tratados e os mais graves encaminhados ao ambulatório do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe para acompanhamento. Dos 13 assentamentos pesquisados em 2010, 08 (61,5%) tiveram casos humanos positivos para S. mansoni. Em 2015, 11 (84,6%) apresentaram resultados positivos. Nos dois inquéritos, foi demonstrada a ocorrência de nove espécies de helmintos e quatro de protozoários. Os resultados da análise espacial apontam a existência de oito principais áreas de riscos situadas na região sul de Sergipe. Conclusão: A análise espacial mostrou que a distribuição da doença não foi homogênea. A prevalência da doença na região é baixa, entretanto as condições sócio demográficas apontam um cenário preocupante com focos em 11 dos 13 assentamentos. É notória a necessidade urgente de intervenção do governo no que concerne a prevenção e controle da doença.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/3624
Date12 August 2016
CreatorsOliveira, Genilde Gomes de
ContributorsSilva, Angela Maria da, Araújo, Karina Conceição Gomes Machado de
PublisherUniversidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Ciências da Saúde, UFS, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0025 seconds