Return to search

Hidratação descontínua como estratégia adaptativa de sementes da exótica invasora Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit (Fabaceae)

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / São Cristóvão, SE / A passagem de sementes por ciclos de hidratação e desidratação permite a manutenção
da viabilidade de espécies em ambientes áridos e semiáridos, com vantagens na
germinabilidade e aumento de tolerância a estresses abióticos. Se espécies exóticas invasoras
possuírem essa estratégia adaptativa seria mais uma vantagem sobre as nativas no processo de
invasão. Dentre as invasoras, na Caatinga, destaca-se a Leucaena leucocephala (Lam.) de
Wit. O objetivo deste estudo foi determinar se L. leucocephala possui memória hídrica nas
sementes e avaliar se a hidratação descontínua confere maior tolerância aos estresses
abióticos. Para tal, foi determinada a curva de embebição da espécie, onde foram
determinados três pontos correspondentes aos tempos X, Y, e Z. Com esses tempos, as
sementes foram submetidas aos ciclos de hidratação e desidratação com posterior análise de
germinação sem estresse, apara avaliar a influência dos ciclos na memória hídrica, e sob
estresses hídrico, salino (-0,1; -0,3; -0,6 e -0,9 MPa) e térmico (10 à 40 oC). Os resultados
foram submetidos à análise de variância fatorial com três fatores (tempos de hidratação, ciclos
de HD e potenciais osmóticos) e as médias comparadas a posteriori pelo teste de Tukey.
Também foi realizada uma modelagem para determinar limites de potencias osmóticos e de
temperatura para ocorrência de L. leucecephala. As sementes da exótica invasora não
possuem memória hídrica, com baixa tolerância ao estresse hídrico. De acordo com a
modelagem, sem passar pelos ciclos, a tolerância máxima de estresse hídrico é de -1,65 MPa.
L. leucocephala é resistente à salinidade do solo e os ciclos aumentam a tolerância, nos
maiores estresses, chegando a valores inferiores à -2,0 MPa, de acordo com a modelagem. L.
leucocephala possui ampla tolerância a mudanças de temperatura, sem diferença de 15 à 35o
C e influência positiva da passagem pelos ciclos na maior temperatura testada. A plasticidade
de L. leucocephala, que não é prejudica com a hidratação descontínua e melhora desempenho
após os ciclos de HD, sob estresse mais elevados de salinidade e de temperatura, ressalta a
necessidade de controlar e erradicar a formação de seus bancos de sementes na Caatinga.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/8002
Date21 February 2018
CreatorsCastro, Raphaela Aguiar de
ContributorsMeiado, Marcos Vinicius, Dantas, Bárbara França
PublisherPós-Graduação em Ecologia e Conservação, Universidade Federal de Sergipe
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0028 seconds