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Perfil farmacoterapêutico de hipertensos e diabéticos cadastrados em serviços de atenção básica e os fatores associados à adesão ao tratamento

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Previous issue date: 2013 / Com objetivo de determinar o perfil farmacoterapêutico de hipertensos e diabéticos cadastrados em serviços públicos de saúde e os fatores associados à adesão ao tratamento medicamentoso foi realizado, um estudo epidemiológico de delineamento transversal. Realizou-se entrevistas com instrumento de coleta contendo o teste de Morisky e Green e a análise documental de prontuários, prescrições e exames de pessoas cadastradas em unidades de saúde de municípios do Sul de Santa Catarina. Os fatores associados à adesão foram identificados pela regressão de Poisson de variação robusta (p<0,05). Foram entrevistados 931 pacientes dos quais 94,1% referiram hipertensão arterial sistêmica, 32,9% diabetes melitus. Os entrevistados possuíam idade de 62,7(SD 12,0) anos e 64,8% eram do sexo feminino. O estilo de vida dos indivíduos revelou que 11,2% possuíam hábito de tabagismo, 13,3% de consumo de álcool, 53,8% foram considerados sedentários e 75,2% referiram fazer restrições na dieta. Verificou-se que 38,2% estavam em condições de sobrepeso e 37,2% em obesidade, além disso, os valores de circunferência abdominal acima dos limites encontrados em 70,9% das mulheres e 40,7% dos homens. Considerando os problemas de saúde, 34,4% possuíam a hipertensão e/ou o diabetes sobre controle. O risco cardiovascular foi baixo para 40,3% dos entrevistados. Outras comorbidades acometem 53,5% dos cadastrados e 36,9% referiram ter complicações relacionadas à hipertensão e ao diabetes. O tratamento medicamentoso para hipertensão e/ou diabetes consiste de 2,8 (SD 1,7) medicamentos por pessoa, estando 91,8% padronizados nos municípios em estudo. Dos entrevistados 74,2% referiram obter os medicamentos de forma integralmente gratuita. Os grupos terapêuticos principais utilizados para tratar hipertensão e diabetes pertencem ao Sistema Cardiovascular (72,1%), Trato Alimentar e Metabolismo (16,4%) e Sangue e Órgãos Formadores de Sangue (11,5%). Destacam-se como medicamentos mais prescritos a hidroclorotiazida (35,8%), o ácido acetil salicílico (28,0%), o captopril (26,0%), o enalapril (22,0) e a metformina (21,9%). Além disso, observou-se a prescrição de medicamentos mais novos e presentes no programa ¿Aqui Tem Farmácia Popular¿ do Governo Federal como, por exemplo, a losartana. A prevalência de adesão aos medicamentos para o tratamento de hipertensão e diabetes foi de 64,6% (IC95%: 61,4-67,6%) e observou-se uma tendência a serem mais aderentes àqueles pacientes que possuem apenas hipertensão ou diabetes. O acesso total e gratuito aos medicamentos para tratar estas doenças demonstrou tendência à associação (p=0,060) com a adesão. Entre os fatores que influenciam na adesão ao tratamento medicamentoso no manejo da hipertensão e do diabetes estão inversamente associados o consumo de álcool (p=0,039) e a prática de atividade física (p=0,002), além da presença de complicações (p=0,026) e. A percepção da efetividade do tratamento por parte do indivíduo mostrou associação direta (p=0,043) com a adesão ao tratamento. A prevalência de adesão ao medicamento, bem como do controle clínico destas doenças, estão distante da condição ideal sinalizando necessidade de conduzir os pacientes ao uso racional dos medicamentos e a adoção de medidas não farmacológicas. Sendo cabível, a possibilidade de redefinições nos serviços e a intensificação das atividades que influenciam de modo positivo ao autocuidado e a adesão aos tratamentos. / This study aimed to identify the pharmacotherapeutic profile of hypertensive and diabetic patients enrolled in public health care services, and the factors associated with medication adherence. A cross-sectional epidemiological study was conducted through interviews using the Morisky-Green test. A documentary analysis of the medical records, prescriptions and lab tests of patients enrolled in health care units of different municipalities in southern Santa Catarina was performed as well. Factors associated with adherence to treatment were identified using Poisson regression with robust error variance (p<0.05). We surveyed 931 patients, of whom 67.1% reported having hypertension, 5.9% diabetes mellitus and 27.0% both diseases. Mean age was 62.7 (SD12.0) years, and 64.8% were female. Their lifestyles revealed that 11.2% had smoking habits, 13.3% used alcohol, 53.8% were sedentary, and 75.2% had dietary restrictions. The survey showed that 38.2% were overweight and 37.2% were obese. Moreover, the waist circumference values were above the recommended level for women (70.9%) and men (40.7%). With regard to health problems, 34.4% had hypertension and/or diabetes under control. There was a low cardiovascular risk for 40.3% of the respondents. Other comorbidities affected 53.5% of patients, and 36.9% had complications related to hypertension and diabetes. Drug treatment for hypertension and/or diabetes consisted of 2.8 (SD 1.7) medications per person; 91.8% were included in the list of essential medicines in the surveyed municipalities. Of the respondents, 74.8% reported that they had obtained the drugs for free. The main drug groups used to treat hypertension and diabetes belonged to the cardiovascular system (72.1%), alimentary tract and metabolism (16.4%), and blood and blood-forming organs (11.5%). The most commonly prescribed drugs included hydrochlorothiazide (35.8%), acetylsalicylic acid (28.0%), captopril (26.0%), enalapril (22.0) and metformin (21.9%). In addition, new drugs were included in the prescriptions, such as losartan, which is funded by the federal government. The prevalence of adherence to treatment for hypertension and diabetes was 64.6% (95% CI: 61.4 to 67.6%), and patients who had just one disease, either diabetes or hypertension, had higher adherence rates for medication use. Full access to free medicines to treat these diseases showed a tendency toward association (p=0.060). Among the factors influencing medication adherence in the management of hypertension and diabetes were inversely associated with alcohol consumption (p=0.039) and physical activity (p=0.002). Furthermore, the presence of complications (p=0.026) and the perceived effectiveness of treatment by the individual showed a direct association (p=0.043) with medication adherence. The prevalence of medication adherence and clinical management of these diseases are far from ideal, which indicates the need to encourage patients to the rational use of medicines and the adoption of non-pharmacological measures. Health care services should be redefined and measures that positively influence medication adherence and self-care practices should be intensified.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:riuni.unisul.br:12345/513
Date January 2013
CreatorsTrauthman, Silvana Cristina
ContributorsGalato, Dayani
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UNISUL, instname:Universidade do Sul de SC, instacron:UNISUL
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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