Return to search

Produção de agrodiesel na Paraíba: avanço do agronegócio das oleaginosas, movimentos sociais e soberania alimentar

Made available in DSpace on 2015-05-14T12:17:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
arquivototal.pdf: 11861117 bytes, checksum: 20a7d7fbec60e15054ac6cab6e0174b8 (MD5)
Previous issue date: 2012-08-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / El estado de Paraíba está dentro de la propuesta gubernamental de cultivo de oleaginosas para la producción de combustibles vegetales, designados en esta investigación como agrocombustibles. Después de la inauguración en 2008 de Petrobras Biocombustivel S.A. y la creación del Sello Combustible Social en 2009, el cultivo de girasol fue promovido por el Gobierno de Estado de Paraíba como una de las oleaginosas capaces de contribuir con la producción nacional de aceite vegetal para uso combustible. La inserción de esa oleaginosa en las áreas de agricultura familiar fue incentivada y financiada por el Programa Nacional de Producción y Uso de Biodiesel (PNPB) y, específicamente, en Paraíba por el PNPB/PB. Este programa a través del Sello Combustible Social, que obliga a las plantas procesadoras de aceite a comprar parte de su materia prima a agricultores registrados en las diferentes regiones donde el PNPB actúa, propuso incluir la agricultura familiar en la cadena productiva del agrodiesel, transformando agricultores campesinos en agricultores familiares dependientes del agronegocio de granos. Hasta 2012 agricultores familiares de 101 de los 223 municipios paraibanos se habían adherido a este Programa, distribuido por todas las mesoregiones del estado: Litoral, Agreste, Borborema y Sertao. Muchas de esas familias son asentadas de la Reforma Agraria. Movimientos sociales que luchan por la tierra y por la Reforma Agraria en el estado, se han adherido al PNPB/PB con el objetivo de garantizar recursos para la viabilización de la producción en los asentamientos que están bajo su organización. A CPT y el MST se destacan en esa articulación. No obstante, estos movimientos sociales son críticos con el avance del agronegocio en el campo y colocan dentro de sus preocupaciones político-ideológicas la necesidad de garantizar la Soberanía Alimentar de los pueblos. Esa bandera de lucha significa que Brasil no debe dejar de definir y defender una política agrícola y alimentar propia. Una política que garantice el desarrollo económico y social de las poblaciones que viven en el campo, principalmente aquellas que producen alimentos, que en el caso brasileño, son las pequeñas propiedades de origen campesino y los agricultores familiares, muchos de ellos asentados de la Reforma Agraria. El avance del cultivo de oleaginosas destinadas a producir agrodiésel avanza sobre áreas de agricultura familiar en el estado. Muchas de esas áreas fueron conquistadas por la lucha histórica de campesinos y trabajadores rurales expropiados desde antaño por el avance del gran capital en el campo. Las contradicciones que emergen en el proceso de sustitución de la producción de alimentos por la producción de energía en el campo, específicamente en las pequeñas propiedades de base familiar, nos llevan a reflexionar tanto sobre los límites del éxito del PNPB en Paraíba, como de los avances contra el control social del capital en el espacio agrario de los movimientos articulados por Vía Campesina en el estado. / O estado da Paraíba está inserido na proposta governamental de cultivo de oleaginosas para produção de combustíveis vegetais, designados nesta pesquisa como agrocombustíveis. Depois da inauguração em 2008 da Petrobras Biocombustível S. A. e a criação do Selo Combustível Social em 2009, o cultivo de girassol foi promovido pelo Governo do estado da Paraíba como uma das oleaginosas capazes de contribuir com a produção nacional de óleo vegetal para uso combustível. A inserção dessa oleaginosa nas áreas de agricultura familiar foi incentivada e financiada pelo Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) e, especificamente, na Paraíba pelo PNPB/PB. Este Programa através do Selo Combustível Social, que obriga as plantas processadoras de óleo a comprar parte da sua matéria-prima a agricultores cadastrados nas diferentes regiões onde o PNPB atua, propôs inserir a agricultura familiar na cadeia produtiva do agrodiesel, transformando agricultores camponeses em agricultores familiares dependentes do agronegócio de grãos. Até 2012 agricultores familiares de 101 dos 223 municípios paraibanos tinham-se aderido a este Programa, distribuídos em todas as mesorregiões do estado: Litoral, Agreste, Borborema e Sertão. Muitas dessas famílias são assentadas de Reforma Agrária. Movimentos sociais que lutam pela terra e pela Reforma Agrária no estado tem-se aderido ao PNPB/PB visando garantir recursos para a viabilização da produção nos assentamentos sob a sua organização. A CPT e o MST destacam-se nessa articulação. Entretanto, esses movimentos sociais são críticos diante o avanço do agronegócio no campo e colocam nas suas preocupações político-ideológicas a necessidade de garantir a Soberania Alimentar dos povos. Essa bandeira de luta significa que o Brasil não deve abrir mão de definir e defender uma política agrícola e alimentar própria. Uma política que garanta o desenvolvimento econômico e social das populações que vivem do e no campo, principalmente aquelas que produzem alimentos, que no caso brasileiro, são as pequenas propriedades de origem camponesa, e os agricultores familiares, muitos deles assentados de Reforma Agrária. O avanço do cultivo de oleaginosas destinadas a produzir agrodiesel avança sobre áreas de agricultura familiar no estado. Muitas dessas áreas foram conquistadas pela luta histórica de camponeses e trabalhadores rurais outrora expropriados pelo avanço do grande capital no campo. As contradições que emergem no processo de substituição da produção de alimentos pela produção de energia no campo, especificamente nas pequenas propriedades de base familiar, nos levam a refletir sobre os limites tanto do êxito do PNPB na Paraíba, como dos avanços contra o controle social do capital no espaço agrário dos movimentos articulados pela Via Campesina no estado.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/5818
Date30 August 2012
CreatorsQueiroz, Thiago Leite Brandão de
ContributorsGarcia, María Franco
PublisherUniversidade Federal da Paraí­ba, Programa de Pós-Graduação em Geografia, UFPB, BR, Geografia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageSpanish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation5677331228603424138, 600, 600, 600, 600, 8589793430803607996, 925634748993280916, 2075167498588264571

Page generated in 0.0024 seconds