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Estudo toxicológico pré-clínico de Jatropha gossypiifolia L.

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Previous issue date: 2007-04-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The Jatropha gossypiifolia L.(Euphorbiaceae), also known in Brazil as pião-roxo , is
a plant with high toxicity. However, some of its therapeutic uses have been proved by
experimental studies including a recent paper about the hypotensive effect of this plant.
In order to contribute to the development of a herbal drug from this species, this work
presents a toxicity assessment in rats with the ethanolic extract (EE) from aerial parts of
Jatropha gossypiifolia L. according to Brazilian law (ANVISA-RE 90/2004). In the
acute toxicity test we treated Wistar rats (Ratus norvegicus albinus) with the EE in
doses of up to 5 g/kg body weight (p.o.). Each group was observed, for 14 days after the
treatment, in points such as toxicity signs, lethality, body weight gain and food and
water consumption. After this period, the animals which survived were killed for
biochemical, hematological and histopathologic analysis. In the chronic toxicity
assessment, the rats were handed out on three experimental groups (45 mg/kg, 135
mg/kg and 405 mg/kg). Each group (n=10 per gender and dose) was dosed daily by
gavage for a period of 13 weeks. During the treatment, in addition to the parameters
cited above, body temperature, tail glucose level and changes in behavior were analyzed
(Open field and Rota Rod). At the end of treatment, 40% of animals from each group
were killed for the analysis of those parameters already cited in the acute study. The
acute treatment shows that only doses equal or higher than 1.8 g/kg body weight (p.o.)
cause signals of toxicity as neurological depression and digestive disorders. We
observed weight loss and a hind limb paralysis in males (doses 4 and 5 g/kg p.o.). Only
in males that survived to higher dose treatment (5 g/kg p.o.) the extract reduced the food
intake significantly. This dose also promotes weight loss in females without reduction
of food intake. In males treated with 5 g/kg (p.o.), some biochemical, hematological and
histopathologic alterations suggest important acute toxicity in the liver, the kidney, the
blood and the lung. The LD50 was between 4 and 5 g/kg (p.o.) to males and was higher
than 5 g/kg (p.o.) to females. These results indicate that acute toxicity from EE is not
significant because the alterations happened just in high doses. However, the
neurological depression and digestive disorders were confirmed by chronic evaluation.
The lethality among males was 46.6 % (405 mg/kg p.o.), 13,3% (135 mg/kg p.o.) and
among females was 13.3 % (doses of 135 mg/kg and 405 mg/kg p.o.). The EE reduces
the body weight gain (males 405 mg/kg p.o.). At the colon temperature the extract
produces alterations that were not related to the doses in both sexes. In some rats, the
product increased glucose level in a reversible way. The locomotion was reduced in
females (405 mg/kg p.o.). The increase of total proteins (males 405 mg/kg p.o.) was
discrete. It was observed an important increase of glucose level among males (45
mg/Kg p.o.). We also found a discrete anaemia in males (405 mg/kg p.o.) and a
increased level of platelet in females of satellite group (135mg/Kg). The histopathologic
analysis confirmed the toxicity in liver, kidney and lung. These data show the high
chronic toxicity from the product. We propose a chemical refinement on the ethanolic
extract to get new fractions with a better risk/benefit relation. / A espécie Jatropha gossypiifolia L. (Euphorbiaceae), também denominada piãoroxo,
é uma planta reconhecidamente tóxica. Todavia, alguns dos vários usos dessa
planta na medicina popular têm sido comprovados por estudos experimentais, dentre os
quais se destaca a recente demonstração do seu efeito hipotensor. Com o objetivo de
contribuir para o desenvolvimento de um medicamento fitoterápico anti-hipertensivo, a
partir da referida espécie, este trabalho se propôs a avaliar a toxicidade pré-clínica
(aguda e crônica) do extrato etanólico (EE) de partes aéreas (folhas e caules) de
Jatropha gossypiifolia L. de acordo com a norma brasileira (ANVISA-RE 90/2004). No
estudo toxicológico agudo, ratos Wistar (Ratus norvegicus albinus) foram tratados (v.o.)
com o produto (n = 6 por dose e sexo) em doses de até 5 g/kg de peso corpóreo. Durante
14 dias após o tratamento foram observados: sinais tóxicos gerais, letalidade, evolução
ponderal, consumo de água e alimentos. Após esse período, os animais sobreviventes
foram sacrificados para análise de parâmetros sangüíneos e histopatológicos. No estudo
crônico os animais foram tratados com doses de 45 mg/kg, 135 mg/kg e 405 mg/kg
durante 13 semanas (n = 10 por dose e sexo). Durante o tratamento, além dos
parâmetros já citados, avaliou-se temperatura corporal, glicemia caudal e alterações
comportamentais (Campo Aberto e Rota Rod). Ao final do tratamento, 40% dos animais
de cada grupo foram sacrificados para análise dos parâmetros já citados no estudo
agudo. No tratamento agudo apenas nos animais tratados com dose igual ou superior a
1,8 g/kg (v.o.) observou-se sinais de redução da atividade do SNC e distúrbios
gastrintestinais. Em machos das doses de 4,0 e 5,0 g/kg (v.o.), a perda gradativa de peso
e a paralisia do trem posterior foram sinais anteriores ao óbito. Somente em machos
sobreviventes à dose de 5 g/kg (v.o.) o extrato reduziu o consumo de alimentos de modo
significativo. Essa dose também reduziu a evolução ponderal de fêmeas sem alterar a
ingestão de alimentos desses animais. Alterações laboratoriais e histopatológicas só
ocorreram em machos tratados com a maior dose sugerindo hepatotoxicidade,
nefrotoxicidade, além de leucopenia e agravo pulmonar. A dose letal mediana (DL50) foi
estimada entre 4,0 e 5,0 g/kg para machos e foi superior a 5 g/kg em fêmeas. Esses
resultados indicam uma toxicidade aguda oral relativamente baixa considerando que as
alterações só ocorreram em altas doses. No estudo crônico confirmou-se a depressão do
SNC e distúrbios gastrintestinais observados no agudo. A letalidade foi de 46,6% entre
os machos da maior dose experimental (405 mg/kg v.o.) e de 13,3 % tanto entre fêmeas
da maior dose quanto entre os animais tratados com 135 mg/kg (v.o.) do produto. O
extrato reduziu a evolução ponderal de machos da dose de 405 mg/kg (v.o.). A
temperatura colônica foi inicialmente elevada e posteriormente reduzida de modo não
proporcional à dose e em ambos os sexos. O produto apresentou efeito hiperglicemiante
reversível (ausente no grupo satélite) em alguns animais. A atividade motora foi
reduzida em fêmeas da maior dose. A elevação de proteínas totais em machos da maior
dose foi clinicamente discreta e reversível. Ocorreu importante hiperglicemia entre
machos da menor dose. Encontrou-se anemia leve em machos tratados com 405 mg/kg
(v.o.) e aumento de plaquetas em fêmeas satélites (135mg/Kg). A análise
histopatológica também corrobora a hepatotoxicidade, toxicidade renal e apresenta
danos pulmonares. Esses resultados demonstram a elevada toxicidade crônica do
produto e nos permitem sugerir refinamento químico do extrato com posterior avaliação
da manutenção do efeito hipotensor e eventual toxicidade.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/6736
Date02 April 2007
CreatorsMariz, Saulo Rios
ContributorsMedeiros, Isac Almeida de, Diniz, Margareth de Fátima Formiga Melo
PublisherUniversidade Federal da Paraí­ba, Programa de Pós Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, UFPB, BR, Farmacologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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