Return to search

Maré, mangue ou manguezal : um estudo de concepções de estudantes no Ensino Fundamental

Submitted by (lucia.rodrigues@ufrpe.br) on 2016-11-10T14:22:14Z
No. of bitstreams: 1
Karla Maria Euzebio da Silva.pdf: 3086009 bytes, checksum: 854d95691a65169dd08c6989d5045f7f (MD5) / Made available in DSpace on 2016-11-10T14:22:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Karla Maria Euzebio da Silva.pdf: 3086009 bytes, checksum: 854d95691a65169dd08c6989d5045f7f (MD5)
Previous issue date: 2008-08-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Mangroves constitute ecosystems of fundamental importance to the maintenance of fish stocks and have a close relationship with riverside communities, whether traditional or those involved in a process of unregulated occupation of urban areas. The mangroves that characterize the city of Recife in northeastern Brazil are subject to a high number of impacting factors. The aim of the present study was to investigate the principal conceptions regarding mangroves that emerge in an elementary school classroom and structure such concepts based on historical, epistemological and conceptual references in light of the notion of conceptual profile and Vygotsky’s theory regarding the formation of scientific concepts. For such, we designed a teaching sequence addressing the conceptual dimension of mangroves with different activities, including a story, presentation panels, drawings and dynamics distributed among four separate occasions. Data were collected in a 2nd grade class from a continuous dialog between the student culture and scientific culture. Videography was employed to record the activities and international ethnography allowed highlighting and organizing the discursive dynamics processed in the classroom. After selecting specific episodes and organizing the turns of speech, we found that there was a progressive enrichment in the inclusion of more scientific language, with more structured complexes for the mangrove concept and, at the end of the process, conceptions remained at the level of pseudoconcepts. The students began to see the environment in question (until then denominated “tide”) not as merely a part of the scenery, but as an object of study. We found points of approximation between children’s discourse and the epistemology of concepts regarding mangroves and ecosystems, which remained throughout the entire process, with different views linked to the mangroves, the most evident of which were related to pollution, garbage and specific fauna, thereby characterizing a naïve realism and a utilitarianism, both stemming from an empirical stance. We observed the pertinence of this study, with a conceptual focus in the early years of schooling, thereby inserting the study in the discussion of research carried out on this level, in which development is not necessarily a factor that impedes work with scientific concepts, as such concepts are progressively constructed by students during their scholastic experience and, due to the emergence of science education, it is necessary for such learning to begin in early childhood. The socio-cultural contextualization enabled piquing the curiosity of the children as well as the presence of culture in the science classroom. / O manguezal é um ecossistema de fundamental importância para a manutenção do estoque pesqueiro, e apresenta diferentes funções, dentre as quais, destacamos a relação íntima com as populações ribeirinhas, sejam elas tradicionais ou oriundas de processo de ocupação irregular do espaço urbano. No Recife, podemos afirmar que caracterizar a cidade também é observar que o manguezal a acompanha, sujeito a um alto índice de fatores impactantes. Neste contexto, considerando a relação da escola selecionada como campo empírico com o ambiente e, por conseguinte dos estudantes que a freqüentam o objetivo deste estudo foi de investigar as principais concepções sobre manguezal que emergem de uma sala de aula do Ensino Fundamental I e estruturá-las a partir de referenciais históricos, epistemológicos e conceituais à luz da noção de perfil conceitual e da teoria de Vygotsky a respeito da formação de conceitos científicos. Para tanto, elaboramos uma seqüência didática para abordagem de uma dimensão conceitual do manguezal, com diferentes atividades incluindo uma história contada, montagem de painéis, desenhos e dinâmicas distribuídas em quatro momentos específicos. Assim, a construção dos dados foi possível em uma turma do 2º ano do 1º ciclo a partir do diálogo constante entre a cultura estudantil e a cultura científica. Para o registro das atividades, empregamos a videografia e a etnografia interacional possibilitou o recorte e a organização da dinâmica discursiva processada em sala de aula. Após a seleção de episódios específicos e organização dos turnos de fala, averiguamos que houve um enriquecimento progressivo de inserção de uma linguagem mais científica, com complexos mais estruturados para o conceito de manguezal, e, ao final do processo as concepções permaneceram no nível dos pseudoconceitos. Observamos desta forma, que os estudantes começam a enxergar o ambiente em questão, até então denominado de maré, de coadjuvante da paisagem até objeto de estudo. Além disso, localizamos pontos de aproximação entre o discurso infantil e a epistemologia dos conceitos de manguezal e ecossistema, que permanecem durante todo o processo, com diferentes visões vinculadas ao manguezal, dais quais, são mais evidentes as relacionadas a sujeira, lixo e fauna específica, caracterizando um realismo ingênuo e um utilitarismo, ambos oriundos de uma postura empírica. Por último, observamos a pertinência do trabalho com enfoque conceitual desde as primeiras séries de escolarização e nos inserimos no amplo debate das pesquisas realizadas para este nível, nas quais o desenvolvimento não é necessariamente um fator que impossibilite o trabalho com conceitos científicos, já que, estes serão progressivamente construídos pelos estudantes durante a sua vivência escolar e, devido a emergência da educação científica, é necessário que o letramento se inicie desde a infância. Finalmente, a contextualização sociocultural possibilitou o despertar da curiosidade, bem como a presença da cultura na sala de ciências desta pesquisa em particular.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2:tede2/5909
Date29 August 2008
CreatorsSILVA, Karla Maria Euzébio da
ContributorsAMARAL, Edenia Maria Ribeiro do, OLIVEIRA, Maria Adélia Borstelamn de, ALVES, Ângelo Guiseppe Chaves, SILVA, Rosane Maria Alencar da, OLIVEIRA, Maria Adélia Borstelamn de
PublisherUniversidade Federal Rural de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Ensino das Ciências, UFRPE, Brasil, Departamento de Educação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRPE, instname:Universidade Federal Rural de Pernambuco, instacron:UFRPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-609959682394281347, 600, 600, 600, 600, 7124334461228751377, -240345818910352367, 2075167498588264571

Page generated in 0.0025 seconds