Return to search

Comunicação, consumo e mobilizações contemporâneas : representações midiáticas da multidão em contextos de resistência / Contemporary communication, consumption and mobilizations: media representations of the crowd in contexts of resistance

Submitted by Adriana Alves Rodrigues (aalves@espm.br) on 2017-11-28T12:51:35Z
No. of bitstreams: 1
Francisco Silva Mitraud.pdf: 8279045 bytes, checksum: 565f9aee2b4c5e12bec917af991c690a (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Alves Rodrigues (aalves@espm.br) on 2017-11-28T12:52:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Francisco Silva Mitraud.pdf: 8279045 bytes, checksum: 565f9aee2b4c5e12bec917af991c690a (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Cristina Ropero (ana@espm.br) on 2017-12-01T11:20:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Francisco Silva Mitraud.pdf: 8279045 bytes, checksum: 565f9aee2b4c5e12bec917af991c690a (MD5) / Made available in DSpace on 2017-12-01T11:22:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Francisco Silva Mitraud.pdf: 8279045 bytes, checksum: 565f9aee2b4c5e12bec917af991c690a (MD5)
Previous issue date: 2017-03-31 / The aim of this research is to problematize the mediatic representation of contemporary
mobilizations, through an object that we call body-multitude. Our problem is to understand
which senses are produced, especially by the printed media, in relation to the multitudes that
articulate themselves to resist the hegemonic. For this, we carried out a review of the literature, in order to constitute a cartography of the various concepts about human collectives, from Rome and Greece, to the present day. Since classical antiquity, significant parts of society have been kept apart from power and the state. In contemporary times, authors such as Antonio Negri and Michael Hardt, Maurizio Lazzarato and Paolo Virno, based on the conception of Baruch de Espinoza, reflect on the mobilizations of the late twentieth and early twenty first centuries that confront the hegemonic, and conclude that these multitudes appear as a response and the possibility of new forms of democracy. From this perspective, the multitudes have in the body the essence of their nature, since it is from their plural and heterogeneous character that their biopotential emanates. In the past, the body, in its singularity, could resist and represent a collective - Gandhi and Mandela are both good examples. In postmodernity, its preponderance in the power relations remains, but mobilized to constitute with other bodies the biopotent multitude. To answer our research problem, we created a corpus with photographic images and texts from newspapers, magazines and alternative media that broadcast news about the demonstrations in Brazil in 2013 and 2016. To analyze it we fundamentally used the Theory-method of French discourse analysis, with emphasis on the intericonicity, device proposed by Courtine. The literature review and the corpus make it clear that the senses attributed to the multitude are unstable. Based on the findings, we conclude that, although the contemporary multitude is characterized by its plurality and heterogeneity, at all times there is a displacement of meanings, produced by textual-imagistic compositions, that bind it to previous conceptions and deny its nature and biopotential. The recurrence of these compositions was object of analysis which result is the proposal of six categories. The analysis also reveals an ontological impossibility of the imagetic representation of the multitude and that the printed media not only co-opts their discourses, but also produces meanings antagonistic to their nature, usually linking them to violence and to illegality and disqualifying their objectives. / O objetivo desta pesquisa é problematizar a representação midiática das mobilizações
contemporâneas, por meio de um objeto que denominamos corpo-multidão. Nosso problema
é compreender quais sentidos são produzidos, principalmente pela mídia impressa, em relação
às multidões que se articulam para resistir ao hegemônico. Para tanto, realizamos uma revisão
de literatura, a fim de constituir uma cartografia de conceitos sobre os coletivos humanos
desenvolvidos por pesquisadores que se dedicaram ao tema, desde Roma e Grécia aos dias
atuais. Desde a antiguidade clássica, numerosos grupos de pessoas foram mantidos à margem
do poder e do Estado. Na contemporaneidade, autores como Antonio Negri e Michael Hardt,
Maurizio Lazzarato e Paolo Virno, partindo da conceituação de Baruch de Espinoza, refletem
sobre as mobilizações, que confrontam o hegemônico no final do século XX e início do XXI,
e concluem que essas multidões surgem como resposta e possibilidade de novas formas de
democracia. Nessa perspectiva, as multidões têm no corpo a expressão de sua natureza, posto
que é de seu caráter plural e heterogêneo que emana sua biopotência. Outrora o corpo, na sua
singularidade, poderia resistir e representar um coletivo – Gandhi e Mandela, por exemplo. Na
pós-modernidade, em contexto de centralidade da mídia, sua preponderância nas relações de
poder permanece, mas mobilizado para constituir com outros corpos a multidão
biopotente. Para responder ao problema da pesquisa, constituímos um corpus com imagens
fotográficas e textos de jornais, revistas e mídia alternativa que veicularam notícias sobre as
manifestações no Brasil em 2013 e em 2016. Para analisá-lo, utilizamos fundamentalmente a
teoria-método da Análise de Discurso de Linha Francesa, com destaque para o conceito de
intericonicidade proposto por Courtine. A revisão de literatura e o corpus evidenciam que os
sentidos atribuídos à multidão são instáveis. Por meio dos achados, concluímos que, embora a
multidão contemporânea seja caracterizada por sua pluralidade e heterogeneidade, a todo
momento há deslocamento de sentidos, produzido por composições imagético-textuais que a
vinculam a sentidos precedentes e silenciam sua natureza e biopotência. A recorrência dessas
composições foi objeto de análise, cujos resultados levaram à proposição de seis categorias
sobre os modos de produção de sentidos. A análise revela ainda haver uma impossibilidade
ontológica da representação imagética das multidões, e que a mídia impressa não apenas coopta
seus discursos, bem como produz sentidos antagônicos à sua natureza, normalmente dando
ênfase à violência, à ilegalidade e desqualificando seus objetivos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.espm.br:tede/271
Date31 March 2017
CreatorsMitraud, Francisco Silva
ContributorsHoff, Tânia Márcia Cesar, Rocha, Rosamaria Luiza de Melo, Casaqui, Vander, Silva, Isabela Oliveira Pereira da, Pereira, Simone Luci
PublisherEscola Superior de Propaganda e Marketing, Programa de Doutorado em Comunicação e Práticas de Consumo, ESPM, Brasil, ESPM::Pós-Graduação Stricto Sensu
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da ESPM, instname:Escola Superior de Propaganda e Marketing, instacron:ESPM
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-1937750628528865106, 500, 500, 600, -4455193753091852328, -4056021055502874573

Page generated in 0.0026 seconds