Return to search

Salto no escuro: práticas artí­sticas de mapeamento cognitivo. / Dado não fornecido pelo autor.

Segundo importantes pensadores contemporâneos, diante da velocidade das transformações do mundo atual, estamos perdendo a capacidade de situarmo-nos corretamente no espaço. Fatores como o domínio das empresas transnacionais, a descentralização e a \"financeirização\" da economia, as novas tecnologias de comunicação, o transporte de mercadorias, a urbanização descontrolada e a virtualidade digital aceleraram exponencialmente a experiência humana de uma forma jamais vista. Nesse sentido, a pergunta existencial mais premente do mundo contemporâneo talvez seja \"onde estamos?\" Trata-se não apenas de um problema de localização espacial, mas também da possibilidade de ação política. Se não somos capazes de \"ler\" ou mapear mentalmente o ambiente onde vivemos, não podemos agir sobre ele; se não podemos agir sobre ele, estamos construindo uma experiência alienada e alienante, contrária a qualquer noção responsável de cidadania. Além de apresentar o problema teórico, a pesquisa busca tratar do assunto tendo como eixos centrais o universo criativo das artes e o ambiente das grandes cidades contemporâneas. A pergunta que norteia a pesquisa pode ser assim resumida: de que forma a arte pode contribuir para aprimorar a legibilidade do novo espaço contemporâneo, sobretudo nas cidades? Para tentar respondê-la, analiso diversas obras que se utilizaram do potencial poético e descritivo do mapeamento como prática artística, apontando caminhos originais que as ciências humanas tradicionais não podem percorrer. Se a imaginação é responsável pelo alargamento dos horizontes e pela exploração de novas possibilidades, é também uma forma de conhecimento, que pode contribuir decisivamente para solucionar os problemas atuais. E um dos suportes da imaginação é a arte. / According to important contemporary scholars, faced with the speed of the changes in today\'s world, we are losing the capacity to properly place ourselves in space. Factors such as the dominance of transnational enterprises, economic decentralization and financialization, new communication technologies, the transport of goods, unchecked urbanization and digital virtuality, have exponentially sped up human experience in an unprecedented manner. In this regard, the most pressing question in the contemporary world may be \"where are we?\" This refers to not only a spatial location issue, but also a possibility for political action. If we are not able to mentally \"read\" or map the setting where we live, we cannot act upon it; if we cannot act upon it, we are building an alienated and alienating experience, counter to any responsible concept of citizenship. In addition to forwarding the theoretical problem, the research seeks to approach the subject under the central axes of the arts\' creative universe and the environment of the great contemporary cities. The question that drives the research may be thus summarized: in what ways can art contribute to improve the reading of the new contemporary space? In order to answer it, I analyze several works which resorted to the poetic and descriptive potential of mapping as an artistic practice, signaling original paths that the traditional human sciences cannot follow. If imagination is responsible for widening horizons and exploring new possibilities, it is also a form of knowledge, which can decisively contribute for the solution of current problems. And one of the foundations of imagination is art.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-16012019-101639
Date29 May 2018
CreatorsLuiz Arthur Leitão Vieira
ContributorsGuilherme Teixeira Wisnik, Ricardo Nascimento Fabbrini, Nelson Brissac Peixoto
PublisherUniversidade de São Paulo, Arquitetura e Urbanismo, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.013 seconds