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AvaliaÃÃo dos desfechos renais em pacientes graves de unidade de terapia intensiva em uso de propofol ou midazolam: anÃlise de escore de propensÃo

IntroduÃÃo: O propofol tem demonstrado efeito renoprotetor contra as lesÃes de isquemia / reperfusÃo em cenÃrios experimentais, entretanto as evidÃncias clÃnicas de tal efeito limitam-se a pacientes submetidos a cirurgia cardÃaca. NÃo hà dados sobre seu potencial em reduzir eventos renais nos pacientes criticamente enfermos de Unidades de terapia intensiva (UTIs) clÃnicas.MÃtodos: Os dados foram obtidos a partir do banco de dados on-line, Intelligent Monitoring Multiparameter in Intensive Care (MIMIC-II), entre os anos de 2001 e 2008. Foram incluÃdos pacientes adultos em sua primeira internaÃÃo na UTI, com necessidade de ventilaÃÃo mecÃnica e em sedaÃÃo com propofol ou midazolam. Um modelo de anÃlise de escore de propensÃo (1:1) foi utilizado para tratamento estatÃstico dos dados e os desfechos â IncidÃncia de lesÃo renal aguda (IRA), oligÃria, balanÃo hÃdrico cumulativo e necessidade de terapia renal substitutiva (TRS) - foram avaliados durante os primeiros 7 dias de internaÃÃo na UTI. Resultados: ApÃs o balanceamento estatÃstico, 703 pacientes em sedaÃÃo com propofol eram comparÃveis a 703 pacientes em sedaÃÃo com midazolam. A incidÃcnia de IRA nos primeiros sete dias de internamento na UTI foi significativamente inferior nos pacientes em uso de propofol quando comparados aos pacientes em uso de midazolam (OR: 0,58, 95% intervalo de confianÃa [IC], 0,47-0,73). O uso de propofol como sedativo esteve relacionado a proteÃÃo contra IRA independente do critÃrio diagnÃstico utilizado: dÃbito urinÃrio (OR 0,637, IC 95% 0,516-0,786); creatinina sÃrica LRA (OR 0,683, 95% CI ,546-0,854). Os pacientes que receberam propofol apresentaram oligÃria com menor frequÃncia (12,2 vs. 19,6%, p <0,001) e diurÃticos prescritos com menos frequÃncia (8,5 vs 14,2%, p = 0,001). AlÃm disso, durante os primeiros 7 dias de internaÃÃo na UTI, os pacientes que receberam propofol atingiram um balanÃo hÃdrico acumulado > 5% dos peso corporal com menos freqÃencia (50,2 vs. 58,6%, p = 0,002). A necessidade de TRS nos primeiros 7 dias de UTI tambÃm foi menos frequente nos doentes tratados com propofol (OR 0,571 IC 95% 0,341-0,955). A mortalidade na UTI foi inferior nos pacientes em sedaÃÃo com propofol (14,5 vs 29,7%, p <0,001). ConclusÃo: Nessa grande amostra de pacientes crÃticos pareados por um modelo de propensÃo, os pacientes em sedaÃÃo com propofol tiveram um menor risco de desenvolver IRA, assim como desenvolveram menos complicaÃÃes relacionadas ao acÃmulo de fluidos e necessidade de TRS.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:10007
Date12 June 2015
CreatorsTacyano Tavares Leite
ContributorsAlexandre Braga LibÃrio, Elizabeth de Francesco Daher, Marcelo Jorge Jacà Rocha
PublisherUniversidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias MÃdicas, UFC, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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