Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / O trÃnsito da medicina privada para a medicina social teve seu inÃcio no final do sÃculo XVIII, se estendendo durante o sÃculo XIX. Neste contexto, a prÃtica mÃdica torna-se uma estratÃgia das sociedades disciplinares a fim de fortalecer o desenvolvimento da economia capitalista, nÃo medindo esforÃos para a expansÃo das relaÃÃes de mercado, melhorias na qualidade de vida e crescimento do Estado. Portanto, a medicina social, pelo poder do seu novo discurso, estabelecerà diversas medidas que possibilitarà o exercÃcio cada vez mais refinado do poder sobre a vida. No contexto brasileiro, a medicina social e a saÃde pÃblica sÃo agrupadas na SaÃde Coletiva, Ãrea que emerge
nos anos 1970. Neste campo, dois aspectos merecem destaque: a noÃÃo de coletivo mantÃm os traÃos modernos e disciplinares com alteraÃÃes e reformulaÃÃes que acatam a diversidade do conjunto e comportam um policentrismo; a totalidade à substituÃda pela multiplicidade como um novo termo que reformula e conserva unidades combinadas. Enfatizamos o moderno discurso do cuidado em saÃde habitando os corpos, moinhos de patologizaÃÃo ligados a uma formataÃÃo social e polÃtica centrada na medicalizaÃÃo da vida, determinando a normalizaÃÃo dos indivÃduos e instaurando a sociedade de controle como um modo de vida predominante. A SaÃde Coletiva assinala formas mais rÃpidas de controle ao ar livre em substituiÃÃo Ãs antigas disciplinas que operavam na duraÃÃo de um sistema fechado â os hospitais, permitindo alargar os horizontes de anÃlise e de intervenÃÃo sobre a realidade. PorÃm, resistir à preciso. Sob a
Ãgide da filosofia da diferenÃa, ousamos pensar o cuidado em saÃde em seu carÃter disruptivo, atuando na reversÃo do poder sobre a vida em potÃncia de vida. O devir-cuidado eclode de processos constitutivos do viver e da produÃÃo de existÃncia,
tensionando e desestabilizando o modelo majoritÃrio de fazer saÃde, criando mundos, agenciando modos de expressÃo e de conectividade da vida em suas mÃltiplas experimentaÃÃes.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:11540 |
Date | 30 May 2016 |
Creators | Antonia Pautylla Silva Lira |
Contributors | Francisco Ursino da Silva Neto, Cristiane Maria Marinho, Ada Beatriz Gallicchio Kroef |
Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em SaÃde PÃblica, UFC, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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