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PREVALÃNCIA E FATORES ASSOCIADOS AOS TRANSTORNOS MENTAIS E VIOLÃNCIA NO TRABALHO DAS AGENTES DE SEGURANÃA PENITENCIÃRIA NO BRASIL / PREVALENCE AND ASSOCIATED FACTORS WITH COMMON MENTAL DISORDERS AND WORKPLACE VIOLENCE IN THE FEMALE CORRECTIONAL OFFICERS IN BRAZIL

CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A violÃncia no ambiente de trabalho contribui para o desenvolvimento de problemas de saÃde entre Agentes de SeguranÃa PenitenciÃria (ASP). O cotidiano de trabalho desses profissionais à estressante, podendo trazer consequÃncias graves para a sua integridade fÃsica e psicolÃgica, tais como ansiedade e estresse. Objetiva estimar a prevalÃncia de transtornos mentais comuns, violÃncia no trabalho e seus fatores associados em Agentes de SeguranÃa PenitenciÃria do sexo feminino no Brasil. Trata-se de um estudo seccional, analÃtico, de abrangÃncia nacional, recorte do projeto intitulado âInquÃrito nacional de saÃde na populaÃÃo penitenciÃria feminina e de servidoras prisionaisâ. A populaÃÃo consiste em ASP vinculadas formalmente ao sistema penitenciÃrio feminino brasileiro, atuando em contato direto com mulheres privadas de liberdade e que aceitaram participar do estudo. A amostra foi estipulada em 40% das ASP presentes no momento da coleta, sendo excluÃdas do cÃlculo as agentes em fÃrias, licenÃa ou recÃm-ingressas. Os dados foram coletados atravÃs de questionÃrio autoaplicado. Foi realizado o teste de qui-quadrado de Pearson. O Odds Ratio e Intervalos de ConfianÃa foram estimados para os fatores que apresentaram associaÃÃo significativa ou mostraram-se como de confundimento. A anÃlise multivariada foi realizada atravÃs do modelo de RegressÃo LogÃstica. Foram verificados os fatores que aumentaram a probabilidade da ASP desenvolver transtornos mentais comuns ou sofrer violÃncia no ambiente de trabalho. As estimativas pontuais e intervalares, bem como as anÃlises de associaÃÃo bivariada e multivariada foram realizadas utilizando o mÃdulo de amostragem complexa com a ponderaÃÃo obtida pelo inverso do produto das probabilidades de escolha das ASP por estÃgio de amostragem. Cerca de 30,6% das entrevistadas obtiveram transtornos mentais comuns. O consumo de calmantes que nÃo necessitavam de receituÃrio mÃdico para aquisiÃÃo foi relatado por pouco mais de 22% das entrevistadas. As ASP que obtiveram transtornos mentais comuns possuem mais chances de sofrer violÃncia no ambiente prisional (OR = 1,879 (95%IC: 1,069 - 3,305)). Com relaÃÃo ao nÃmero de violÃncias sofridas no trabalho, 55% referiram ter sido vÃtimas de dois ou mais episÃdios. Cerca de 68,4% (95%IC: 62,5 - 73,8) das ASP declararam ter conhecimento de eventos envolvendo violÃncia com colegas de trabalho na prisÃo. As ASP que ingressaram na faixa etÃria de 25 a 35 anos possuem as maiores chances (OR = 4,06 (95%IC: 1,6 - 10,8)) de sofrer violÃncia no trabalho. A chance de sofrer violÃncia aumenta para as mulheres que trabalharam em casas de privaÃÃo provisÃria (OR = 1,80 (95%IC: 1,07 - 3,03) e penitenciÃrias (OR = 2,16 (95%IC: 1,28 - 3,63)). No Brasil, episÃdios de agressÃes e ameaÃas no trabalho acometem grande parcela das ASP. O contato direto com a populaÃÃo encarcerada e os altos nÃveis de estresse no trabalho contribuem para a conformaÃÃo de um ambiente violento. Evidenciaram-se contextos laborais com baixo suporte social entre as ASP. Isso contribui para que o ambiente de trabalho torne-se ainda mais desgastante, inseguro e perigoso. O setor SaÃde, por seu turno, precisa ampliar o escopo de suas atuaÃÃes junto as ASP, tendo em vista a vulnerabilidade inerente Ãs funÃÃes que desempenham nas unidades prisionais. / Violence in the workplace contributes to the development of health problems among Correctional Officers (CO). The daily work of these professionals is stressful, and can have serious consequences for their physical and psychological integrity, such as anxiety and stress. It aims to estimate the prevalence of common mental disorders, violence at work and its associated factors in Female Prison Security Agents in Brazil. It is a cross-sectional, analytical study of national scope, a cut of the project entitled "National health survey on female prison population and prison servants". The population consists of CO formally linked to the Brazilian female penitentiary system, acting in direct contact with women deprived of their freedom and who accepted to participate in the study. The sample was stipulated in 40% of the CO present at the time of collection, excluding holiday, license or new entrants. Data were collected through a self-administered questionnaire. The Pearson chi-square test was performed. Odds Ratio and Confidence Intervals were estimated for factors that showed a significant association or showed to be confounding. The multivariate analysis was performed through the Logistic Regression model. Factors that increased the likelihood of CO developing common mental disorders or experiencing violence in the work environment were verified. Point and interval estimates, as well as bivariate and multivariate association analyzes were performed using the complex sampling module with the weighting obtained by the inverse of the product of the probabilities of choosing the CO by sampling stage. About 30.6% of the interviewees had common mental disorders. The consumption of painkillers that did not require medical prescription for acquisition was reported by slightly more than 22% of those interviewed. CO that obtained common mental disorders were more likely to suffer violence in the prison setting (OR = 1.879 (95% CI: 1.069 - 3.305)). With regard to the number of violence suffered at work, 55% reported having been victims of two or more episodes. About 68.4% (95% CI: 62.5-73.8) of the ASP reported having knowledge of events involving violence with co-workers in prison. The CO that entered the age group of 25 to 35 years have the greatest odds (OR = 4.06 (95% CI: 1.6 - 10.8)) of suffering violence at work. The chance of suffering violence increases for women working in temporary deprivation homes (OR = 1.80 (95% CI: 1.07 - 3.03) and penitentiaries (OR = 2.16 (95% CI: 1, 28 - 3,63). The direct contact with the incarcerated population and the high levels of stress at work contribute to the formation of a violent environment. With low social support among CO, which contributes to making the work environment even more exhausting, unsafe and dangerous. The Health sector, in turn, needs to expand the scope of its activities with the CO. In view of the vulnerability inherent in their functions in prisons.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:11695
Date18 November 2016
CreatorsMarcelo Josà Monteiro Ferreira
ContributorsLÃgia Regina Franco Sansigolo Kerr, Luciano Lima Correia, Luiza Jane Eyre de Souza Vieira, Bernard Carl Kendall, Ageo MÃrio CÃndido da Silva
PublisherUniversidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em SaÃde PÃblica, UFC, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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