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DiagnÃstico laboratorial para o vÃrus dengue em lÃquido cefalorraquidiano: a detecÃÃo do antÃgeno NS1 como uma nova ferramenta / Laboratory diagnosis for dengue virus in cerebrospinal fluid: the detection of the NS1 antigen as a new tool

nÃo hà / Os primeiros casos de dengue no Estado do Cearà ocorreram em agosto de 1986. A doenÃa tornou-se endÃmica, com aumento gradativo de casos graves, alguns apresentando manifestaÃÃes nÃo usuais, como o envolvimento do sistema nervoso central (SNC). Com o objetivo de estudar o diagnÃstico laboratorial especÃfico de dengue em amostras de lÃquido cefalorraquidiano (LCR), visando à correlaÃÃo entre a dengue e o envolvimento do SNC em casos ocorridos nos anos de 2005 a 2008, foram analisadas 346 amostras de LCR coletadas de 346 pacientes: 163 provenientes de pacientes com evoluÃÃo fatal que foram necropsiados no ServiÃo de VerificaÃÃo de Ãbitos Dr. Rocha Furtado (SVO); e, 183 amostras de pacientes que foram atendidos no Hospital SÃo Josà de DoenÃas Infecciosas (HSJ) com suspeita de meningite. Os mÃtodos diagnÃsticos utilizados para a anÃlise desses materiais foram: o isolamento viral, a transcriÃÃo reversa seguida da reaÃÃo em cadeia pela polimerase (RT- PCR), a pesquisa de anticorpo (Ac) IgG, Ac IgM e pesquisa de antÃgeno nÃo estrutural 1 (Ag NS1). Um ensaio imunoenzimÃtico (ELISA) comercial para detecÃÃo de Ag NS1 em soro foi avaliado para uso, pela primeira vez, em LCR apresentando uma sensibilidade de 50% (IC- 29.9-70.1) e especificidade de 100% (IC-94-100). No grupo dos pacientes que evoluÃram para Ãbito, 90 pacientes apresentaram infecÃÃo pelo vÃrus dengue (DENV), e destes 46 (51,1%) com positividade para dengue no LCR: um isolamento de DENV-3; sete detecÃÃes de vÃrus por RTâPCR (4 DENV-3; 3 DENV-2); 26 Ag NS1 e 27 Ac IgM por ELISA; 38 IgG foram positivos por imunocromatografia. O LCR acrescentou 27,8% (25/90) ao diagnÃstico de dengue em pacientes negativos em outras amostras biolÃgicas. As manifestaÃÃes clÃnicas mais observadas nos 46 casos de Ãbitos em que o LCR foi positivo para DENV foram: febre, 65%; cefalÃia 50%; vÃmito 30.4%; desorientaÃÃo, 30,4%; dispnÃia, 28%; polimialgia, 28%; adinamia, 28%; agitaÃÃo, 26%; dor abdominal, 17%; diarrÃia, 16%; queda de sensÃrio, 10,8%; tosse, 10,8%. Considerando os dados clÃnicos e laboratoriais que caracterizam um envolvimento do SNC nos pacientes com amostras de LCR positivas para DENV foram encontradas as seguintes patologias neurolÃgicas: 19 (41,3%) encefalites, 14 (30,4%) meningoencefalites e 13 (28,3%) meningites. No grupo encaminhado do HSJ, as 183 amostras de LCR foram negativas para pesquisa de bactÃrias e fungos. Cinco casos foram positivos para DENV (2,7%): dois para Ag NS1 e trÃs para Ac IgM. Dos positivos, quatro foram de pacientes internados e um de paciente atendido no ambulatÃrio. Quatro pacientes evoluÃram para cura e um foi a Ãbito. O quadro clÃnico associado aos casos suspeitos de meningite foi de febre, cefalÃia, vÃmito e rigidez de nuca. A positividade para o DENV no LCR foi maior nos casos provenientes do SVO (28,2%) quando comparado com os casos encaminhados do HSJ (2,7%), com p< 0,000 (IC- 4,21-25,37) e Risco Relativo de 10,33 vezes. Os resultados desde estudo mostraram que houve envolvimento do SNC em casos de dengue nas duas populaÃÃes trabalhadas, com um maior envolvimento nos casos encaminhados do SVO. Os resultados deste estudo sugerem que em Ãrea endÃmica de dengue, pacientes com sintomatologia neurolÃgica compatÃvel com encefalite e meningite, apresentando ou nÃo sinais clÃssicos de dengue, devem ser investigados para essa virose. Entretanto, estudos prospectivos de casos de dengue com manifestaÃÃes neurolÃgicas sÃo necessÃrios para conhecer e compreender melhor o envolvimento do SNC nas infecÃÃes pelos DENV. / The first cases of dengue fever in Cearà State occurred in August 1986. The disease has become endemic with a gradual increase in severe cases, some showing atypical manifestations, with involvement of the central nervous system (CNS). In order to study specific laboratory diagnosis of dengue in cerebral spinal fluid (CSF) samples aiming to implement the findings related to cases of neurological manifestations in the years of 2005, 2006, 2007 and 2008, 346 CSF samples collected from 346 patients were studied: the first group comprised 163 patients with fatal outcomes who were autopsied in Death Verification Service (DVS); the second group comprised 183 patients who attended at SÃo Josà Hospital (SJH). Diagnostic methods used for CSF analysis were virus isolation in cell culture, RT- PCR, ELISA for IgM Ab and NS1 Ag detection and immunochromatography for IgG detection. A commercial kit for detection of NS1 Ag in serum was evaluated for use in CSF for the first time, and presented a sensitivity of 50% (CI 9.29-70.1) and a specificity of 100% (CI 94-100). In the first group with 163 individuals, 90 patients had infection with DENV, and from these, 46 (51.1%) were positive for dengue in CSF: one isolation of DENV-3, seven detections by RT-PCR ( four of DENV-3 and three of DENV-2), 26 NS1 Ag and 27 IgM Ab by ELISA; 38 were positive for IgG by immunochromatography. CSF added 27.8% (25/90) positive cases in the diagnosis of dengue negative in other biological samples. The clinical manifestations observed in 46 cases of deaths positive for DENV in CSF were: hyperthermia 65%, headache 50%, vomiting 30.4%, disorientation 30.4%, dyspnea 28%, polymialgia 28%, asthenia 28%, agitation 26%, abdominal pain 17%, diarrhea 16%, fall sensory 10.8% and cough 10.8%. Considering the clinical and laboratory data characterizing a CNS involvement in patients with positive CSF samples for DENV were found the following neurological disorders: 19 (41.3%) encephalitis, 14 (30.4%) meningoencephalitis and 13 (28.3%) meningitis. In the second group, all 183 CSF samples were negative for bacteria and fungi. Five cases were positive (2.7%), two for NS1 Ag and three for IgM Ab. Of the positives, four patients were hospitalized and one patient was treated at the clinic. Four patients were healed and one died. The clinical associated with suspected cases of meningitis was fever, headache, vomiting and neck stiffness. The positivity for DENV in CSF was higher in cases coming from the DVS (28.2), than the cases from SJH (2.7%), p< 0.000 (CI 4. 21-25.37) and Relative Risk of 10.33 times. The results from the study showed that there was CNS involvement in dengue cases in both groups, with a greater involvement in the cases referred from DVS. Given what has been found, it would be convenient to suggest that, in an endemic area of dengue, patients with neurological symptoms consistent with encephalitis and meningitis, showing or not classic sings of dengue fever, should be investigated for these viruses. However, prospective studies of cases with neurological manifestations of dengue are still needed to know and better understand the involvement of the CNS infection by DENV.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:9433
Date13 October 2011
CreatorsFernanda Montenegro de Carvalho AraÃjo
ContributorsJosà JÃlio Costa Sidrim, Marcos FÃbio Gadelha Rocha, Ivo Castelo Branco CoÃlho, Rivaldo VenÃncio da Cunha, Rita Maria Ribeiro Nogueira
PublisherUniversidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias MÃdicas, UFC, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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