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Uma pluralidade singular em O selvagem da ópera (1994) de Rubem Fonseca /

Orientador: Maria Lídia Lichtscheidl Maretti / Banca: Antonio Roberto Esteves / Banca: Cláudio José de Almeida Mello / Resumo: Em O Selvagem da Ópera, Rubem Fonseca (1925-) volta à segunda metade do século XIX com o intuito de vasculhar a vida gloriosa, ainda que cheia de percalços, do compositor Antônio Carlos Gomes, autor de Il Guarany e de outras óperas hoje praticamente esquecidas. Por meio de capítulos curtos, o autor revela desde os bastidores da Corte no Rio de Janeiro e a relação que o músico mantinha com o imperador-mecenas, até suas conquistas no mundo operístico italiano. Nessa obra, Rubem Fonseca investe no hibridismo de gêneros, já que incorpora ao romance a biografia e o argumento cinematográfico, além de nos deslindar os trâmites que envolvem a montagem de uma ópera. O livro é considerado um texto sobre a vida do músico que deve servir de base para um filme de longa-metragem, o que o transforma num romance imagético e, ainda, conta com um narrador que propõe, assim como a metaficção presume, tornar explícitos o ato de produção e as prováveis formas e lugares onde cada ação da narrativa deve acontecer. Além disso, o narrador apresenta um olhar inovador sobre os dados históricos e, com isso, trata de questões relacionadas à construção identitária na arte brasileira. A respeito do romance, portanto, analisamos o jogo de simulacros nele realizado, tendo em vista que o narrador nos prepara armadilhas para nos fazer pensar que estamos diante de um material biográfico, ou mesmo de um roteiro cinematográfico. Concomitante à análise formal, consideramos as implicações temáticas que, de maneira equivalente, propõem discutir, a partir da figura de Carlos Gomes e seu momento histórico, a identidade nacional na contemporaneidade / Résumé: Dans O selvagem da ópera, Rubem Fonseca (1925-) retourne à la deuxième moitié du XIXe siècle avec l'objectif d'enquêter sur la vie glorieuse, en dépit d'être plein de dérangements du compositeur Antônio Carlos Gomes, l'auteur d'Il Guarany et d'autres opéras pratiquement oubliés. Au moyen de courts chapitres, Fonseca révèle depuis les coulisses de la cour à Rio de Janeiro et la relation que le musicien maintenait avec l'empereur mécène, jusqu'à leurs conquêtes dans le monde opéristique italien. L'auteur investit dans l'hybridité de genres, puisqu'il incorpore au roman, la biographie et l'argument cinémathographique, en plus il met en évidence les voies qui impliquent le montage d'un opéra. Le livre est considéré un texte sur la vie du musicien qui doit servir de base pour un film, ce qui le transforme en un roman imagétique et, encore, il y a un narrateur qui propose, comme la métafiction le présume, rendre explicites l'acte du production et les probables formes et lieux où chaque action du récit doit se produire. En plus, le narrateur révèle un regard innovateur sur les faits historiques et, de cette manière, il traite de questions relationnées à la construction identitaire dans l'art brésilien. En ce qui concerne le roman, donc, nous analysons le jeu de simulacres y réalisé, car le narrateur prépare des pièges pour nous faire penser qu'il s'agit d'une biographie ou même d'un texte cinématographique. Concomitant à l'analyse formelle, nous considérons les implications thématiques qui, de façon équivalante, proposent réfléchir, à partir de Carlos Gomes et son moment historique, l'identité nationale dans la contemporanéité / Mestre

Identiferoai:union.ndltd.org:UNESP/oai:www.athena.biblioteca.unesp.br:UEP01-000689796
Date January 2012
CreatorsAlves, Rebeca.
ContributorsUniversidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Faculdade de Ciências e Letras (Campus de Assis).
PublisherAssis : [s.n.],
Source SetsUniversidade Estadual Paulista
LanguagePortuguese
Detected LanguageFrench
Typetext
Format161 f. :
RelationSistema requerido: Adobe Acrobat Reader

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