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As três faces do destino : castigo, transcendência e redenção em Guimarães Rosa /

Orientador: Maria Celia de Moraes Leonel / Banca: João Batista Toledo Prado / Banca: Vanessa Liporaci Chiconeli de Castro / Resumo: A necessidade de explicação sobre o mundo e sobre si próprio é algo que sempre estimulou a sede de conhecimento do homem e o impulsionou em busca de respostas para sua realidade. Sendo assim, os mitos, narrativas indispensáveis com alto teor simbólico, foram criados na tentativa de interpretar os desejos e terrores humanos. Estando arraigados em nós, os mitos e seu teor simbólico, apresentados através de mitemas, ecoam nas mais diversas formas de produção artística. A dissertação tem como objetivo tecer uma mitocrítica de três contos de Guimarães Rosa - "Conversa de bois", "A hora e vez de Augusto Matraga", ambos publicados em Sagarana, no ano de 1946, e "A menina de lá" de 1962, publicado em Primeiras estórias - a partir do mito de Er, explicitado por Platão, no "livro X" d'A república. A escolha desses contos e desse mito se deve ao fato de que em ambos estão presentes dois mitemas: o destino e o julgamento final sob o motivo simbólico da viagem e da morte, respectivamente. O destino, na obra rosiana, desenvolve-se no cenário da viagem e culmina na morte prematura das personagens Agenor Soronho, Augusto Matraga e Nhinhinha. Esse fim abrupto representa uma espécie de julgamento final, realizado pelo destino. Pretende-se mostrar que cada morte tem um valor simbólico diferente, a saber: castigo, redenção e transcendência. Por meio da pesquisa centrada na fortuna crítica de Guimarães Rosa, sobretudo os estudos de Benedito Nunes e Suzy Sperber, e com o apoio teórico da concepçã... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Résumé: La nécessité d'éxplication sur le monde et sur soi-même a toujours stimulé la soif de connaissance de l'homme et lui a poussé envers la recherche des réponses à sa réalité. Ainsi, les mythes, des récits indispensables avec un contenu hautement symbolique, ont été crées dans le but d'expliquer les désirs humains et ses terreurs. Les mythes et son contenu symbolique, exprimé par des mythèmes, étant enraciné en nous, se montrent comme un écho dans la plupart des productions artistiques. Le présent travail vise à tisser une mythocritique entre les récits de Guimarães Rosa - «Conversa de bois», «A hora e vez de Augusto Matraga», tous deux publiés en Sagarana, dans l'année 1946, et «A menina de lá», publié en 1962 das le livre Primeiras estórias - et le mythe d'Er, décrit par Platon dans « Le livre X» de La république. Le choix de ces histoires et de ce mythe est dû au fait d'une analyse de deux mythèmes: le destin et le jugement final sous les motifs symbolique du voyage et de la mort, respectivement. Le destin, dans les écrits de Rosa se développe dans la scène du voyage et culmine dans la mort prématurée des personnages Agenor Soronho, Augusto Matraga et Nhinhinha. Cette fin abrupte des personnages en question est une sorte de jugement final prononcé par le destin. Il dévoile que chaque mort a une valeur symbolique différente, à savoir, la punition, la rédemption et la transcendance. Grâce à la recherche axée sur la fortune critique de Guimarães Rosa, en particulier les études de Benedito Nunes et Suzy Sperber, et le support théorique offert pour une conception anthropologique du mythe défendue par Mircea Eliade et Gilbert Durand, cette recherche vise à localiser et à identifier ces mythèmes dans le texte... / Mestre

Identiferoai:union.ndltd.org:UNESP/oai:www.athena.biblioteca.unesp.br:UEP01-000889487
Date January 2017
CreatorsVital, Luisa Fernandes.
ContributorsUniversidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Faculdade de Ciências e Letras (Campus de Araraquara).
PublisherAraraquara,
Source SetsUniversidade Estadual Paulista
LanguagePortuguese, Portuguese, Texto em português ; resumos em português e francês
Detected LanguagePortuguese
Typetext
Format114 f.
RelationSistema requerido: Adobe Acrobat Reader

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