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Bibliografia / -

1: Por este livro passam outros. 1.1: Que são teses e dissertações senão livros? 1.2: O livro como um lugar, não um livro objeto, mas enquanto meio, programa. 2: Um corpo cujo contorno renega seu papel continente, sempre apontando sua razão de existir para além de seus limites. 3: Uma aproximação mimética, na medida em que se utiliza das possibilidades dispostas, categorias e ítens sobressalentes de um dispositivo opaco: a nota de rodapé, o registro fotográfico, a escrita formatada, a descrição como maneira, a pretensão de distância reflexiva, a objetividade anunciada em resumos. 4: O resgate suspeitoso de um mito de origem: a inserção da produção de arte no campo de erudição acadêmico sem que a primeira tivesse de se submeter ao segundo, (daí a noção de hóspede tomada de Duchamp, e como consequência sua dimensão fantasmática). 3. 1: Costurar tudo pela narrativa de um sujeito que a um só tempo analisa, olha e é visto, predicado. 5: Manipular os dados, e por isso, admitir a manipulação como método científico. Então afirmar tudo como num Tratado. 3.2: Foi dado um aviso: \"descrever muitas vezes nos desobriga de explicar\". Mas veio demasiado tarde: já se havia optado, como estratégia, pela distração. 5. 1: Propor a leitura, implicada em sua ficção, de uma linha de pesquisa e o que esta guarda de específico - quem sabe um manual, no sentido de que o livro pode-se ter em mãos. Mas nem vale fazer caso desta introdução. Resumo nenhum abre mão de sua pretensão de roteiro conciso que dispensa o que finge anunciar, o parodiar de mais uma Tese. / If the images give in to the association urge that gives them impulse, without the bond that condemns them to the shroud of ordinate thought. If writing renounces the imposed duty of servant to the ideas. If the footnotes leak through the page, allowing the book\'s layout to breath. If translation is confronted by treason, we assume this treason as creation and books cease to disguise as mere support for content: \"By this book elapse others. What are thesis and dissertations, but books?\" What would then be necessary to grant this Thesis, despite its uncommon format, any trace of respectability? In different languages, the political pretensions which are close to us sound like the resume of a fairy tale: \"In a far a way University, ranked first amidst those from Cruzeiro do Sul, there is a singular line of research, understood by us as a place among others...\" But it might come handy since we still defend fictional grounds as something proper of our condition. A matter of resistance to the appropriation faced by our writings to strange purposes -- although our purpose itself might be the strange one. To quote academics as writers, to quote Bataille`s Story of the Eye and, without notice, to grant the story a scientific status. To quote fiction itself and the wealthiest concepts in the most readable way, keeping its improper spelling: Concept. And thinking in a pragmatic way, how glamorous wouldn\'t be a well formulated monograph -- extended linearly and permeated with reflections proper to its medium -- named with an easily translatable title: Thesis as Site?

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-22032017-115407
Date09 May 2016
CreatorsMariotti Filho, Gilberto Ronaldo
ContributorsGrossmann, Martin
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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