Return to search

Saúde e educação: reflexões sobre o processo de medicalização

Esta pesquisa tem por objetivo estudar o processo de medicalização e patologização da educação através de entrevistas com psicólogos da rede pública de saúde e coordenadores pedagógicos de escolas públicas focalizando a intervenção desses profissionais nas dificuldades apresentadas no processo ensino-aprendizagem. Medicalização e Patologização entendidas como um processo ideológico que transforma problemas sociais em doenças de indivíduos. Trabalhamos com a região norte do município de São Paulo. Os psicólogos entrevistados atuam em Unidades Básicas de Saúde e os coordenadores pedagógicos em escolas públicas de ensino infantil, fundamental e médio. O método utilizado foi o qualitativo, sendo as entrevistas conduzidas de acordo com o preconizado por José Bleger. A análise desenvolvida utiliza o referencial teórico de Grupos Operativos, tal qual formulado por Enrique Pichon-Rivière. Os resultados apresentados desvelam as dificuldades enfrentadas pelos profissionais no cotidiano de trabalho, principalmente no que tange à estrutura e dinâmica institucional e à formação acadêmica. Como consequência identificam-se processos de medicalização e patologização da educação. Aponta-se para a necessidade de revisão das políticas públicas e melhor instrumentalização teórica e técnica dos profissionais. Indica existir um pacto denegativo entre as instituições que garante a preservação da ordem estabelecida, evitando a crise que toda mudança carrega e, com isso, impedindo a transformação / This research aims to study the process of medicalization and pathologizing of education through interviews with psychologists in public health and coordinators of public schools focusing on the intervention of such professionals in the difficulties encountered in the teaching-learning process. Medicalization and pathologizing understood as an ideological process that transforms social problems in diseases of individuals. We work with the north region of the city of São Paulo. Psychologists interviewed worked in Basic Health Units and coordinators in public schools kindergarten, elementary and secondary. The method used was qualitative interviews were conducted in accordance with the recommendations by José Bleger. The analysis uses the theoretical Operational Group, as it formulated by Enrique Pichon-Rivière. The results presented reveal the difficulties faced by professionals in daily work, especially with regard to the structure and dynamics of institutional and academic. Consequently it identifies processes medicalization and pathologizing of education. Points to the need for revision of public policies and better exploitation of theoretical and technical professionals. Indicates there is a pact between denegativo institutions that guarantees the preservation of the established order, avoiding the crisis that all change loads and thereby preventing the transformation

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-25022014-164505
Date21 October 2013
CreatorsBastos, Helivalda Pedroza
ContributorsFernandes, Maria Inês Assumpção
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

Page generated in 0.0021 seconds