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O efeito disposição e suas motivações comportamentais: um estudo com base na atuação de gestores de fundos de investimento em ações / The disposition effect and its behavioral motivations: a study based on stock fund managers trading activity

O efeito disposição, originalmente proposto por Shefrin e Statman (1985), preconiza que os investidores tendem a vender ações com lucro em um curto período de tempo e manter ações com prejuízo por um longo período de tempo. A despeito da ampla gama de evidências sobre o assunto, as razões que levariam os investidores a manifestar esse viés comportamental ainda é motivo de uma controvérsia importante entre motivações racionais e comportamentais. Neste trabalho, o objetivo foi testar duas motivações comportamentais concorrentes para explicar o efeito disposição: a teoria perspectiva e o viés da reversão à média. Para cumprir esse objetivo, foi feita uma análise das transações mensais de compra e venda de uma amostra de 51 fundos de investimento em ações brasileiros, no período de 2002 a 2008. A análise envolveu a estimação de dois modelos de regressão de variável dependente qualitativa. O primeiro consistiu em um modelo logit binário cujo propósito foi determinar a probabilidade de um gestor realizar um ganho ou uma perda de capital em razão de variáveis de retorno das ações. O segundo foi um modelo logit ordenado cujo objetivo foi verificar a existência de uma relação entre as variáveis de retorno e o volume monetário vendido das ações. Em ambos os modelos, os parâmetros estimados para as variáveis de retorno das ações foram interpretados como um coeficiente de disposição, sendo que a proposição desse coeficiente consistiu na principal contribuição da pesquisa. Os resultados dos modelos estimados trouxeram evidências de que a teoria perspectiva parece permear o processo decisório dos gestores dos fundos analisados. Já no caso da hipótese de que o efeito disposição é decorrente do viés da reversão à média, não foi possível corroborá-la com base nos resultados aqui relatados. / The disposition effect, originally proposed by Shefrin and Statman (1985), predicts that investors tend to sell winning stocks too soon and ride losing stocks too long. Despite the wide range of research evidence about this issue, the reasons that lead investors to act this way is still subject to much controversy between rational and behavioral explanations. In this thesis, the main goal was to test two competing behavioral motivations to justify the disposition effect: prospect theory and mean reversion bias. To achieve this goal, an analysis of monthly transactions for a sample of 51 Brazilian stock funds from 2002 to 2008 was conducted. The analysis involved the estimation of two regression models with qualitative dependent variable. The first one consisted of a binary logit model whose purpose was to set the probability of a manager to realize a capital gain or loss as a function of the stock return. The second one was an ordered logit model whose objective was to verify the existence of a relationship between stock returns and the monetary volume sold. In both models, the estimated parameters for the stock return variables were interpreted as a disposition coefficient and the proposition of this coefficient was the main contribution of the research. The results of the estimated models brought evidence that prospect theory seems to guide the decision making process of the managers of the analyzed funds. The hypothesis that the disposition effect is due to mean reversion bias could not be confirmed based on the results reported here.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-26052010-114534
Date20 May 2010
CreatorsLucchesi, Eduardo Pozzi
ContributorsSecurato, Jose Roberto
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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