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[pt] A AUTONOMIA INDÍGENA ORIGINÁRIO CAMPESINA NA CONSTITUIÇÃO DE 2009 DA BOLÍVIA: UMA ANÁLISE A PARTIR DO PROCESSO DE URU CHIPAYA / [es] LA AUTONOMÍA INDÍGENA ORIGINARIO CAMPESINA EN LA CONSTITUICIÓN DE 2009 EN BOLIVIA: UN ANÁLISIS DESDE EL PROCESO DE URU CHIPAYA / [en] THE INDIGENOUS ORIGINARY PEASANT AUTONOMY IN BOLIVIA S 2009 CONSTITUTION: AN ANALYSIS FROM URU CHIPAYA S PROCESSTICIANA COELHO SILVEIRA 11 July 2022 (has links)
[pt] Em 7 de fevereiro de 2009, a Bolívia promulgava uma nova Constituição.
A carta, fruto de um longo processo constituinte, com aproximadamente quatro
anos de duração, refundou o país a partir de uma concepção plurinacional, com
respeito aos povos originários, aos trabalhadores, à natureza, à solidariedade e às
filosofias ancestrais. Nela, estabeleceu-se o direito à autodeterminação dos povos
indígenas originários, a ser materializada, dentre outros meios, pela autonomia
indígena originário campesina. Entretanto, a união em torno do objetivo comum da
descolonização do país não foi suficiente para erradicar as contradições da Bolívia,
fruto da manutenção de estruturas do colonialismo nas relações sociais e entre
sociedades, razão pela qual a concretização dos direitos reconhecidos
constitucionalmente tem se operado a passos lentos e enfrentado desafios oriundos
tanto de setores governistas quanto da oposição. Por essa razão, o presente trabalho
tem como objetivo analisar se, e de que forma, a autonomia indígena originário
campesina vem sendo implementada na Bolívia, mais de uma década após a
promulgação do texto constitucional, por meio do estudo de caso do processo de
aquisição de autonomia da nação originária Uru Chipaya, identificando eventuais
entraves e dificuldades à materialização do direito à autodeterminação e do Estado
Plurinacional. / [en] On February 7, 2009, Bolivia promulgated a new Constitution. The text, the
result of a long constituent process, lasting approximately four years, re-founded
the country from a plurinational concept, with respect to native peoples, workers,
nature, solidarity and ancestral philosophies. In it, the right to self-determination of
originay indigenous peoples was established, to be materialized, among other
means, by indigenous originary peasant autonomy. However, the union around the
common objective of the decolonization of the country was not enough to eradicate
the contradictions of Bolivia, fruit of the maintenance of structures of colonialism
in the social relations and between societies, reason why the realization of the
constitutionally recognized rights has operated in slow steps and faced challenges
from both government and opposition sectors. For this reason, the present work
aims to analyze if, and in what way, the indigenous originary peasant autonomy has
been implemented in Bolivia, more than a decade after the promulgation of the
constitutional text, through the case study of originaru nation Uru Chipaya s
acquisition process of indigenous originary peasant autonomy, identifying possible
obstacles and difficulties to the materialization of the right to self-determination
and the Plurinational State. / [es] En el 7 de febrero de 2009, Bolivia promulgó una nueva Constitución. La
carta, fruto de un largo proceso constituyente, de aproximadamente cuatro años,
refundó el país desde un concepto multinacional, con respeto a los pueblos
originarios, los trabajadores, la naturaleza, la solidaridad y las filosofías ancestrales.
En él, se establece el derecho a la autodeterminación de los pueblos indígena
originario, que se materializará, entre otros medios, en la autonomía indígena
originario campesina. Sin embargo, la unidad en torno al objetivo común de
descolonización del país no fue suficiente para erradicar las contradicciones en
Bolivia, resultado del mantenimiento de las estructuras del colonialismo en las
relaciones sociales y entre las sociedades, ya que se pretendía la realización de dos
derechos constitucionalmente reconocidos. operó a pasos lentos y enfrentó desafíos
tanto del gobierno como de los sectores de oposición. Por eso, el presente trabajo
tiene como objetivo analizar si, y de qué manera, se implementó la autonomía
indígena originario campesina en Bolivia, a más de una década de la promulgación
del texto constitucional, a través del estudio de caso del proceso de adquisición de
la autonomía de la nación originaria Uru Chipaya, identificando posibles obstáculos
y dificultades en la realización del derecho a la libre determinación y al Estado
Plurinacional.
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