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[pt] CONSELHOS CONSERVADORES E GESTORES INTRÉPIDOS: A INTERAÇÃO ENTRE GOVERNANÇA CORPORATIVA, LATITUDE GERENCIAL E COMPORTAMENTO FINANCEIRO AO LONGO DE DOIS FAMOSOS ENIGMAS FINANCEIROS / [en] CONSERVATIVE BOARDS AND INTREPID MANAGERS: THE INTERPLAY OF CORPORATE GOVERNANCE, MANAGERIAL DISCRETION AND FINANCING BEHAVIOR ALONG TWO FAMOUS FINANCIAL PUZZLESMICHAEL ESPINDOLA ARAKI 28 May 2020 (has links)
[pt] Nesta tese, utilizo uma perspectiva teórica que integra as teorias tradicionais de finanças às teorias de empreendedorismo e criatividade para investigar o comportamento das empresas ao longo de dois famosos enigmas financeiros: a alavancagem zero e a sensibilidade do investimento ao fluxo de caixa. Particularmente, eu exploro e desenvolvo dois construtos — rule-taking e risk-taking — que existem na interface entre governança corporativa e tomada de decisão gerencial sob incerteza, e que têm uma influência significativa nas decisões de estrutura de capital e de investimento. O rule-taking é um novo construto que reflete o grau em que um gestor é passível de controle externo, intervenção ou tem seu poder decisório restrito. O risk-taking, embora não seja um novo construto, é reexaminado através de uma lente teórica mais abrangente, que engloba as ideias da teoria da criatividade e os conceitos de incerteza knightiana e do estar alerta kirzneriano. Assim, tais construtos servem como o nexo para investigar os famosos enigmas financeiros, indo além das vertentes financeiras tradicionais (e.g., a teoria do trade-off; Modigliani e Miller, 1958) e das vertentes gerenciais tradicionais (e.g., a teoria da agência; Jensen e Meckling, 1976) para analisar as relações negligenciadas entre governança corporativa e a intrepidez do gestor em ambientes competitivos, complexos e incertos. A tese é composta por três artigos autônomos, além de uma introdução comum e uma discussão geral. O primeiro artigo é um ensaio teórico no qual eu problematizo o paradigma dominante da governança corporativa (teoria da agência) e desenvolvo o embasamento teórico para os construtos de rule-taking e risk-taking. O segundo e o terceiro artigo são estudos empíricos que investigam se esses construtos podem ajudar a explicar, respectivamente, o enigma das empresas com alavancagem zero, e a sensibilidade do investimento ao fluxo de caixa. Os resultados em grande parte corroboram as hipóteses. Assim,
este trabalho expande a discussão sobre temas tradicionais relacionados a finanças corporativas e governança corporativa, reunindo perspectivas sub-representadas na literatura financeira, decorrentes de diferentes áreas de pesquisa, como empreendedorismo e criatividade, e demonstrando que elas podem acrescentar ideias novas e úteis para pesquisa e prática. Finalmente, esta tese também é uma resposta a chamados recentes para a utilização de abordagens mais integrativas e multidisciplinares com o fim de melhor analisar o comportamento da empresa. / [en] In this dissertation, I utilize a theoretical perspective that integrates traditional finance theories with the entrepreneurship and creativity theories to investigate the behavior of firms along two conspicuous financial puzzles: the zero-leverage puzzle and the sensitivity of investment to cash flows. Particularly, I explore and develop two constructs—rule-taking and risk-taking—that exist at the interface of corporate governance and managerial decision-making under uncertainty and which are hypothesized to have a significant bearing on capital structure and investment decisions. Rule-taking is a novel construct that reflects the degree to which a manager is liable to external control, intervention or have their discretionary power constrained. Risk-taking, although not a novel construct, is re-examined through a more comprehensive theoretical lens that encompasses the insights from creativity theory and the concepts of Knightian uncertainty and Kirznerian alertness. These constructs, then, serve as the nexus to investigate the financial puzzles going beyond both traditional finance strands (e.g., the trade-off theory; Modigliani and Miller, 1958) and traditional managerial strands (e.g., agency theory; Jensen and Meckling, 1976) to analyze overlooked relationships between corporate governance and managerial intrepidness in competitive, complex and uncertain environments. The dissertation is composed of three stand-alone papers, with a unified introduction and a general discussion. The first paper is a theoretical essay in which I problematize the dominant paradigm of corporate governance (agency theory) and develop the theoretical background for the constructs of risk-taking and rule-taking. The second and third papers are empirical studies that investigate whether these constructs can help explain the puzzles of zero-leverage firms and investment-cash flow sensitivity, respectively. The results mainly support the hypotheses. This work, then, expands the discussion on traditional themes related to corporate finance and corporate
governance by bringing together underrepresented perspectives in the finance literature, stemming from different areas of research, such as the entrepreneurship and creativity literature strands, and demonstrating that they can add novel and useful insights for research and policy. Finally, this dissertation also answers recent calls for the utilization of more integrative and multidisciplinary approaches to further analyze firm behavior.
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