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[pt] CONHECIMENTO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA PELO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA AUTOEFICÁCIA DOCENTE / [en] KNOWLEDGE OF EARLY CHILDHOOD EDUCATION TEACHERS ABOUT AUTISM SPECTRUM DISORDER (ASD) AND EVIDENCE-BASED PRACTICES (EBP) AND THEIR RELATIONSHIP TO TEACHERS SELF-EFFICACY BELIEFS

ISABELLE BORGES BASTOS T DOS SANTOS 25 May 2023 (has links)
[pt] O presente estudo buscou identificar o conhecimento dos professores da Educação Infantil sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA) e sobre Práticas Baseadas em Evidências (PBE) e a sua relação com as crenças de autoeficácia docente quanto ao trabalho com crianças com TEA. Os participantes da pesquisa foram 76 professoras regentes e adjuntas que atuam em Espaços de Desenvolvimento Infantil e/ou creches municipais do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo com delineamento quantitativo-qualitativo, no qual, além do questionário de caracterização dos participantes, foram utilizados a Escala de Autoeficácia para Professores de Alunos com Autismo (ASSET) e o questionário sobre Transtorno do Espectro Autista e de Práticas Baseadas em Evidências, com questões abertas e fechadas. Os instrumentos foram disponibilizados via formulário on-line, pela plataforma Google Formos, para que as professoras respondessem em um único momento. Os achados foram analisados em duas etapas: codificação das respostas abertas do questionário de TEA e PBE, de modo a gerar escores brutos da pontuação dos professores; e análises estatísticas dos escores brutos da escala ASSET e do conhecimento sobre TEA e PBE. Os resultados foram discutidos à luz do referencial teórico apresentando sobre conhecimento dos professores sobre autismo, PBE e autoeficácia docente. De uma maneira geral, os resultados referentes ao conhecimento sobre TEA apontaram que as professoras conhecem parcialmente e de forma limitada os aspectos que envolvem a definição e as características do transtorno. Em relação ao conhecimento sobre PBE, os resultados apontaram para o uso frequente de práticas comuns à rotina da sala de aula da Educação Infantil e, apesar de algumas participantes terem citado práticas que se encaixam em PBE e relatarem conhecer as práticas citadas nas perguntas fechadas, demonstraram não conhecer o que são PBE. No que se refere à crença de autoeficácia e ao conhecimento sobre TEA, os resultados apontaram que não existe correlação entre eles; ou seja, o nível do conhecimento teórico sobre o TEA não está relacionado a quanto o professor se sente capaz para lidar com esses alunos. Em contrapartida, existe uma correlação positiva e fraca entre a autoeficácia e o conhecimento sobre PBE, na qual observou-se que os professores que demonstraram se sentir mais confiantes, com maior crença de autoeficácia, tendem a conhecer práticas com evidências científicas. Estudos futuros que busquem verificar a existência de uma correlação entre o que os professores declararam ser capazes de realizar com alunos com TEA e o que de fato está presente nas suas práticas, podem ampliar os achados da presente pesquisa. Soma-se a isso a utilização de instrumentos mais robustos para verificar as fontes que estão envolvidas nas crenças de autoeficácia, de modo a identificar o quanto de esforço e empenho os docentes demandam para que suas práticas inclusivas com esses alunos aconteçam. Por fim, entendemos que uma das contribuições do nosso trabalho é enfatizar a escassez de instrumentos robustos para a identificação do conhecimento dos professores sobre TEA e PBE, além de apontar a importância de se pensar em programas de capacitação em serviço para os docentes que atuam em escolas de Educação Infantil, com o foco no conhecimento teórico e prático sobre o TEA que envolvam fontes de autoeficácia, como também evidenciar a urgência de políticas públicas que respaldem e orientem os professores quanto ao uso de PBE. / [en] This study sought to identify the knowledge of early childhood education teachers about Autism Spectrum Disorder (ASD) and Evidence-Based Practices (EBP) and their relationship to teachers self-efficacy beliefs about working with children with ASD. The research participants were 76 regular and adjunct teachers who work in child development spaces and municipal daycare centers in Rio de Janeiro. It is a quantitative-qualitative study in which, in addition to the participant characterization questionnaire, we used the Likert-type Self-Efficacy Scale for Teachers of Students with Autism (ASSET) and the questionnaire on ASD and EBP, with open and closed questions. The instruments were made available via online form, through the Google Forms platform, for the teachers to answer in a single moment. The findings were analyzed in two stages: coding of the open-ended responses of the ASSET and EBP questionnaire to generate raw scores of the teachers scores; and statistical analyses of the raw scores of the ASSET scale and knowledge about ASSET and EBP. They were discussed in light of the theoretical framework presenting teachers knowledge about autism, PBE, and teachers sense of self-efficacy. In general, the results regarding knowledge about ASD indicated that our sample had partial and limited knowledge about the aspects involving the definition and characteristics of the disorder. Concerning the awareness about EBP, the results pointed to the frequent use of standard practices in the routine of the early childhood education classroom, and although some participants cited practices that fit into EBP and reported knowing the practices mentioned in the closed questions, the knowledge about EBP was low in our sample. Concerning the sense of self-efficacy and knowledge about ASD, the results indicated no correlation between them; that is, the level of theoretical knowledge about ASD is not related to how much the teacher feels able to deal with these students. In return, there is a positive and weak correlation between self-efficacy and knowledge about EBP, in which it was observed that teachers who felt more confident, with more self-efficacy beliefs, tended to know practices with scientific evidence. Future studies that seek to verify the existence of a correlation between what teachers claimed to be able to do with students with ASD and what is present in their practices may expand the findings of this research. In addition, more robust instruments should be used to verify the sources involved in self-efficacy beliefs and to identify how much effort and commitment teachers demand to make their inclusive practices with these students happen. Finally, we believe that one of the contributions of our work is to emphasize the scarcity of robust instruments to identify teachers knowledge about ASD and EBP and to point out the importance of thinking about in-service training programs for teachers who work in early childhood education schools, focusing on theoretical and practical knowledge about ASD, involving sources of self-efficacy. In addition, it highlights the urgency of public policies that support and guide teachers regarding EBP.

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