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[pt] DEUS É HUMILDE E SABE DANÇAR!: POR UMA TEOPO(ÉTICA) TRINITÁRIA: A RAZÃO SENSÍVEL TRINITÁRIA COMO OUTRA RACIONALIDADE TEOLÓGICA NO HORIZONTE PÓS-MODERNO / [en] GOD IS HUMBLE AND KNOWS HOW TO DANCE!: AS A TRINITARIAN TEOPO(ETHIC): THE SENSIBLE REASON TRINITARIAN AS OTHER THEOLOGICAL RATIONALITY IN THE POSTMODERN HORIZONRODRIGO CARDOSO CONDEIXA DA COSTA 04 February 2016 (has links)
[pt] A tese doutoral que tens sob teus olhos nasceu de uma caminhada. Ela é parte integrante de nossa ventura, na lida da vida, como discípulo do Mestre de Nazaré: vinculada a uma genuína vocação pastoral e teológica. O tema aqui tratado está inextricavelmente ligado a uma intensa vivência como humano, cristão e professor de teologia: fruto de uma transfiguradora experiência de Deus; de um encontro com o Sentido da vida: uma caminhada feita de afastamentos, descaminhos, dúvidas, incertezas, de noites escuras. Ao longo desta caminhada, uma questão fustiga-nos o coração, desde os primeiros passos no mundo da teologia, a saber: uma (pre)ocupação em relação ao conhecimento de Deus; sobre a chamada gnosiologia teológica. Esta questão têm nos acompanhado (e inquietado) desde os primeiros passos no labor teológico. Pois, se Deus desvelou Seu Rosto, conforme afirma a fé cristã, como se dá o conhecimento de Deus? Esta é uma pergunta que nos remete à gnosiologia teológica (e, lato sensu, aponta diretamente para a epistemologia teológica). Esta (pre)ocupação fundamental têm norteado e impulsionado nosso caminho na pesquisa acadêmica em teologia, fustigado nosso coração, pondo-nos a pensar. Questão para a qual buscamos uma resposta/proposta ao longo desta tese. Tendo em vista que o conhecimento de Deus sempre se dá entre homens e mulheres situados, inseridos numa determinada conjuntura histórico-cultural, sócio-política, sócio-econômica, etc., que nos condiciona e limita, mas simultaneamente nos possibilita e desafia a elaborar outras concepções teológicas, agora no horizonte pós-moderno. Neste sentido, propomos outra racionalidade teológica que tenha como ponto de partida a constatação da crise e declínio da Razão - a civilização da Razão entrou em colapso (seu logocentrismo, presente na gênese da teo-logia). Sendo assim, garimpamos outras fontes de sabedoria e racionalidade: outras fontes de inspiração. A primeira encontrada foi a rica concepção de racionalidade presente no pensamento pós-moderno, chamada doravante de razão sensível. A segunda fonte, é oriunda do século XVII (do racionalismo cartesiano): a razão sensível (cordial) conforme propunha o francês Blaise Pascal; na qual a mística encontra-se em primeiro plano: uma mística centrada no coração. A terceira e última fonte provém do húmus fértil da fé cristã, pela qual somos interpelados acerca de nossa real condição: finitude, indicando não só uma radical transitoriedade, mas desvelando com absoluta crueza nossa precariedade ontológica e profunda interdependência. Daí, a humildade não ser apenas mais uma virtude, em última análise, mas resultado de uma mínima tomada de lucidez. Neste Espírito de humildade, que é espaço vital (útero/húmus): somos gerados e regenerados, e podemos crescer. Trata-se do Espírito que ao lado do Pai e do Filho forma uma Comunidade de Amor humilde (em kénosis) e dançarina (em pericóresis). Modelo de Relação no qual o Terceiro está incluído: o Espírito. Somos filhos e filhas dessa Relação-Comunhão, e para Ela estamos vocacionados, que implica a possibilidade de desenvolver uma intercorporeidade trinitária. Abrindo espaço para a inclusão de dimensões antes marginalizadas no decorrer da história do pensamento ocidental: tecendo com outros fios, oriundos de novelos diversos, uma teopo(ética) trinitária. / [en] The doctoral thesis you have under your eyes born of a walk. It is an integral part of our venture, the read of life, as a disciple of the Master of Nazareth: linked to a genuine pastoral and theological vocation. The hereof theme is inextricably linked to an intense experience as a human, Christian and professor of theology: the result of a transfiguring experience of God; a meeting with the sense of life: a walk made of leaves, waywardness, doubt, uncertainty, dark nights. Throughout this walk, a matter harasses our hearts (since first steps in the world of theology), namely one (pre)occupation against the knowledge of God; on the call theological epistemology. This question has accompanied us (and troubled) from the first steps in theological work. But if God unveiled His face, as stated in the Christian faith, how is the knowledge of God? This is a question that takes us to theological epistemology (and lato sensu, points directly to the theological epistemology). This (pre)fundamental occupation have guided and pushed our way in academic research in theology, battered heart, putting us to think. Question to which we seek an answer/proposed along this thesis. Given that the knowledge of God always is between situated men and women, entered in the historical-cultural context, socio-political, socio-economic, etc., conditions and limits us, but at the same time enables us and challenges to develop others theological concepts, now in the postmodern horizon. In this sense, we propose another theological rationality that has as its starting point the finding of crisis and decline of Reason - Reason civilization collapsed (its logocentrism, the genesis of this theo-logy). So we have searched other sources of wisdom and rationality: other sources of inspiration. The first was found a rich conception of rationality in this postmodern thought, hereinafter called sensible reason. The second source comes from the seventeenth century (the cartesian rationalism): a
sensible reason (friendly) as proposed to the French Blaise Pascal; in which the mystic is in the foreground: a mystical heart-centered. The third and final source comes from the fertile humus of the Christian faith, for which we are questioned about our real condition: finitude, indicating not only a radical transience, but unveiling with absolute rawness our ontological insecurity and deep interdependence. Hence, the humility not being just a virtue, ultimately, but the result of a minimum making lucidity. In this Spirit of humility, who is living space (uterus/humus): we are generated and regenerated, and we can grow. It is the Spirit that beside the Father and the Son form a humble Love Community (kenosis) and dancer (in perichoresis). Relationship model in which the Third is included: the Spirit. We are sons and daughters of this ratio Communion, and She are oriented, which implies the possibility of developing a trinitarian intercorporeality. Making room for the inclusion of previously marginalized dimensions throughout the history of Western thought: weaving with other wires, from various skeins, a trinitarian teopo(ethics).
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