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[pt] O CORPO DESENQUADRA O CORPO: VISUALIDADES EM QUATRO ATOS / [en] THE BODY UNFRAMES THE BODY: VISUALITIES IN FOUR ACTSRAFAELA LINS TRAVASSOS SARINHO 03 December 2024 (has links)
[pt] Este trabalho observa os modos de enquadramento e de desenquadramento
do corpo a partir das lentes epistemológicas e genealógicas delineadas por Foucault.
O corpo ganha aqui uma dimensão controversa, na medida em que absorve dois
movimentos simultâneos. No primeiro, ele é constantemente enquadrado por forças
que encontra em certos solos históricos – epistemes – um local para se desenrolar.
No segundo, ele é desenquadrado, rompendo com as experiências enquadrantes
presentes no primeiro movimento. Nessa dinâmica são observados certos esforços
que atuam quebrando, borrando e reformulando seu modo de aparição nos espaços
epistêmicos. Desse modo, a tese se divide em duas partes. Na primeira parte, a partir
da metáfora do Corpo-quadro, mergulhamos nas conformações históricas do corpo
na época clássica e moderna, observando como são organizados modos singulares
de tomá-lo. As visualidades produzidas nesses recortes históricos servem de
ferramentas para observar como esses esforços se consolidam, incutindo aos corpos
e aos sujeitos específicas ordens, categorias, modos de ver e de apreender o mundo.
Na segunda parte, observamos visualidades que atuam rompendo com os
pressupostos enquadrantes percebidos no primeiro momento da tese. Trata-se de
obras de arte contemporâneas que promovem outros sentidos, medidas e narrativas
para os corpos envolvidos em tais tramas históricas. Observamos, desse modo, que
o corpo desenquadra o corpo na medida em que escapa, produz fissuras e resiste
aos modos de enquadramento que atuam constantemente constituindo-o, definindoo, normalizando-o / [en] This research looks at the ways in which the body is framed and unframed
from the epistemological and genealogical lenses outlined by Foucault. The body
gains a controversial dimension here, in that it absorbs two simultaneous
movements. In the first, it is constantly framed by certain forces that find in certain
historical soils – epistemes – a place to unfold. In the second, it is un-framed,
breaking with the framing experiences present in the first movement. In this
dynamic, certain efforts are observed that act by breaking, blurring, and
reformulating its mode of appearance in the epistemic spaces. In this way, the thesis
is divided into two parts. In the first part, based on the metaphors of the Bodyframework, we dive into the historical conformations of the body in the classical
and modern epochs, observing how singular ways of taking it are organized. The
visualities produced in these historical clippings serve as tools to observe how these
efforts are consolidated, instilling in the bodies and subjects specific orders,
categories, ways of seeing and understanding the world. In the second part of the
thesis, we set out to observe visualities that act by breaking with the framing
assumptions observed in the first part of the thesis. These are contemporary
artworks that promote other senses, measures, and narratives for the bodies
involved in such historical plots. We observe, in this way, that the body un-frames
the body, to the extent that it escapes, produces fissures and resists the modes of
framing that act constantly constituting it, defining it, normalizing it.
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