[pt] O presente estudo tem por objetivo investigar a questão da (in)civilidade no ambiente de trabalho a partir da análise das explicações utilizadas na fala de profissionais de diferentes organizações empresariais. O corpus foi constituído por entrevistas individuais semiestruturadas realizadas com cinco estudantes do curso de Mestrado em Administração do IAG da PUC-Rio e cujas experiências profissionais diferem quanto ao tempo de trabalho, à área de atuação e ao tipo de organização em que atuam ou atuaram. À luz da teoria sobre accounts (Arribas- Ayllon, Sarangi E Clarke, 2011; Buttny E Morris, 2001; Matikalo, 2003; Raevare, 2010), averiguou-se o modo como os entrevistados (re)constroem os significados da (in)civilidade por meio de explicações referentes a suas manifestações, sua importância e fatores que a (des)favorecem no ambiente organizacional. Os resultados apontam não só para uma dificuldade dos entrevistados em circunscrever o significado da (in)civilidade, como também evidenciam sua crença de que certas normas de civilidade são passíveis de serem suspensas em determinados contextos de trabalho / [en] The present study aims to investigate the issue of (in)civility in the workplace through the analysis of accounts used in the speech of professionals from different business organizations. The corpus consisted of individual semistructured interviews conducted with five MBA students from IAG (PUC-Rio) whose professional experiences differ in terms of working time, area of activity and the type of organization in which they work or have worked. In light of the theory on accounts (Arribas-Ayllon, Sarangi AND Clarke, 2011; Buttny AND Morris, 2001; Matikalo, 2003; Raevare, 2010), this study examined the way interviewees (re)construct the meaning(s) of (in)civility by using accounts related to the its manifestations, its importance and the factors that encourage or discourage it in the workplace. The results indicate not only the interviewees’ difficulty in circumscribing the meaning of (in)civility, but also reveal their belief that some civility-related rules may be disregarded in certain professional contexts.