[pt] Esta dissertação se dedica a analisar os romances A montanha mágica de Thomas Mann, Mrs. Dalloway de Virginia Woolf, e O tempo recuperado de Marcel Proust, em relação aos momentos históricos da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que integra as suas narrativas, e do pós-Grande Guerra, quando os referidos volumes foram publicados – respectivamente em 1924, 1925 e 1927. Ela contém a hipótese de que esses textos não apenas participam do início de uma inflexão inesperada da ideia de progresso da História tal como vinha sendo delineada, sobretudo, entre os séculos XVIII e XIX e posta em questão a partir da guerra, como sobre ela produzem efeitos de ultrapassagem através da capacidade narrativa, entendida, por sua vez e de diferentes maneiras, como sinônimo de vida. Diante da amplitude possibilitada pela literatura ficcional, a seguinte investigação propõe uma consideração das noções de Vida e de História presentes nas obras selecionadas não apenas para estudar um período histórico de mudanças nas concepções das mesmas como também para provocar as narrativas do presente. / [en] This dissertation analyzes the novels The magic mountain by Thomas Mann, Mrs. Dalloway by Virginia Woolf, and Time regained by Marcel Proust, linked to the historical moments of the First World War (1914-1918), which integrates its narratives, and of the post-Great War, when these volumes were published – respectively in 1924, 1925 and 1927. It contains the hypothesis that these texts participate in an inflection of the idea of Historical progress as it had been outlined, above all, between the eighteenth and nineteenth centuries, and they overtake this inflexion by the narrative capacity, understood as a synonym of life. Given the breadth made possible by fictional literature, the investigation proposes a consideration of the notions of Life and History present in the works not only to study a historic period of changes in their conceptions but also to provoke the narratives of the present.