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[pt] ABANDONO ESCOLAR COMPULSÓRIO DE MENINAS: TRABALHO REPRODUTIVO E TRABALHO DOMÉSTICO NA MODERNIDADE/COLONIALIDADE / [en] GIRL S COMPULSORY SCHOOL ABANDONMENT: REPRODUCTIVE WORK AND DOMESTIC WORK IN MODERNITY/COLONIALITYFLAVIA MARIA CAVALLO PFEIL 10 December 2020 (has links)
[pt] Esta pesquisa tem como objetivo analisar as especificidades do dito abandono escolar de meninas da rede pública de ensino. A partir do diálogo com autoras/es feministas, descoloniais e antirracistas, buscamos deflagrar as persistências da lógica colonial, essencialmente racista e patriarcal, na modernidade/colonialidade e seus efeitos na vida de meninas e mulheres das classes subalternizadas. Analisamos que a produção do fracasso e/ou do abandono escolar de meninas, assim como o de meninos, na maioria das vezes tem relação com as desigualdades econômicas e raciais que estruturam nossa sociedade. No entanto, no caso das meninas, por terem historicamente, pela ordem patriarcal, suas capacidades reprodutivas e sexuais como alvo de controle e exploração, seu afastamento da escola apresenta razões peculiares. Elas se relacionam com divisão sexual do trabalho, que coloca o trabalho reprodutivo e o trabalho doméstico como funções naturais e prioritárias do denominado sexo feminino, posicionando outras atividades em lugar de menor importância. Operando na colonialidade, a educação também pode desempenhar um papel importante neste processo. Ao (re)produzir discursos e práticas que reforçam os papéis sexuais, perpetua a ideia de que a escolarização é secundária para as meninas, contribuindo para o abandono escolar. / [en] This research aims to analyze the specificities of the so-called school abandonment of girls from the public school system. Based on the dialogue with feminist, decolonial and anti-racist authors, we seek to trigger the persistence of colonial logic, essentially racist and patriarchal, in modernity/coloniality and its effects on the girls and women from subalternized classes lives. We analyze that girls failure and / or abandonment, as well as boys, are most often the product of the economic and racial inequality that structures our society. However, in the case of girls, who historically have, in the patriarchal order, their reproductive and sexual capacities as a target for control and exploitation, their withdrawal from school has peculiar reasons. They are related to the sexual division of labor, which places reproductive work and domestic work as natural and priority functions of the so-called female sex, placing any other activity in a less important place. Operating in coloniality, education can also have an important role in this process. By (re)producing discourses and practices that reinforce sexual roles, it perpetuates the idea that schooling is secondary for girls, contributing to school abandonment.
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