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[pt] A POLÍTICA EXTERNA ISRAELENSE EM RELAÇÃO ÀS NEGOCIAÇÕES DE PAZ COM A ORGANIZAÇÃO PARA A LIBERTAÇÃO DA PALESTINA NOS ANOS NOVENTA / [en] ISRAELI FOREIGN POLICY IN THE NEGOTIATIONS WITH THE PALESTINE LIBERATION ORGANIZATION DURING THE 90

LIANA ARAUJO LOPES 23 May 2002 (has links)
[pt] O ponto central das preocupações analíticas desta dissertação trata-se de observar variáveis na esfera doméstica de Israel capazes de restringirem suas decisões na arena externa, no âmbito das negociações de paz com a Organização para a Libertação da Palestina. Sendo assim, a avaliação da estrutura política desse país permite verificar que a fórmula de representação proporcional e o modo pelo qual interagem o Executivo e o Legislativo podem afetar questões nessa área. Ademais, o exame dos distintos posicionamentos dos governos de Ytzhak Rabin e Shimon Peres, e de Benjamin Netanyahu, no que concerne à segurança de Israel, revela a polarização entre os favoráveis a um Estado de Israel, seguindo as demarcações das fronteiras internacionalmente aceitas, como garantia à segurança e à democracia israelenses, e os defensores da extensão da soberania a regiões que correspondem à Terra de Israel (o histórico lar nacional judaico). Essa discussão reflete a polêmica sobre os territórios ocupados por aquele país em decorrência da Guerra dos Seis Dias em 1967 e, nesse sentido, vale considerar em que medida os diferentes padrões de comportamento desses governos, fundamentados em uma cultura política, delinearam as escolhas para a área externa e para a segurança de Israel. / [en] The focus of analysis in this dissertation is to observe those variables within Israel that can restrict the decisions on the external field, in the context of the peace negotiations with the Palestine Liberation Organization. In this light, the evaluation of the Israeli political structure indicates that proportional representation and the interaction between the executive and the legislative can affect its foreign policy. Besides, an examination of the different positions on Israel s security taken by the governments of Ytzhak Rabin and Shimon Peres and that of Benjamin Netanyahu reveals a polarization between those favorable to the State of Israel following the demarcations of internationally accepted frontiers as a guarantee of its security and democracy and the defenders of extending sovereignty over the places corresponding to the Land of Israel (the historical Jewish homeland). This discussion reflects the controversy about the territories occupied by that country as a result of the Six Day War in 1967 and, in this sense, it was also considered to what extent the different standards of behavior of those governments, founded on a certain political culture, underscored the choices on Israel s foreign policy and its security.
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[pt] A COLONIALIDADE DA PAZ: (RE) PENSANDO O PROCESSO DE PAZ NA COLÔMBIA (2012-2016) A PARTIR DAS LUTAS INDÍGENAS POR PARTICIPAÇÃO / [es] A LA COLONIALIDAD DE LA PAZ: (RE) PENSANDO EL PROCESO DE PAZ EN COLOMBIA (2012-2016) A PARTIR DE LAS LUCHAS INDÍGENAS POR PARTICIPACIÓN / [en] THE COLONIALITY OF PEACE: (RE) THINKING THE COLOMBIAN PEACE PROCESS (2012-2016) THROUGH INDIGENOUS STRUGGLES FOR PARTICIPATION

LUCAS DUARTE VITORINO DE PAULA XAVIER GUERRA 23 March 2021 (has links)
[pt] O recente processo de paz na Colômbia (2012-2016) figura entre um dos principais acontecimentos contemporâneos nas agendas de paz e segurança na América Latina. Em linhas gerais, as negociações e o Acordo Final delas resultante foram considerados uma história de sucesso na narrativa internacional. De um lado, resultaram no término do conflito civil de mais de cinco décadas entre o Estado colombiano e as FARC-EP. De outro, fizeram isso de acordo com as melhores práticas internacionais em resolução de conflitos e construção da paz, principalmente em termos de adereçamento das raízes estruturais do conflito e de inclusão de atores da sociedade civil local. Nosso objetivo, nessa dissertação, é colocar em xeque essa narrativa de idoneidade e sucesso em torno do processo de paz na Colômbia. Fazemos isso partindo de um ponto de referência distinto do geralmente utilizado nas abordagens acadêmicas a esse conflito, priorizando sujeitos negligenciados por essas abordagens. Nos perguntamos, então: de que maneira as lutas indígenas em torno do processo de paz na Colômbia contribuem para pensar criticamente esse processo de paz? Em nossa argumentação, um primeiro elemento ressaltado pelas lutas indígenas em torno do processo de paz colombiano é que a paz é um conceito inerentemente político, em disputa por diversos atores sociais e suas agendas. Daí, avançamos uma conceitualização da paz como peça no tabuleiro político da Colômbia, demonstrando como foi mobilizada por importantes atores da cena política do país. Um segundo elemento que, em nossa avaliação, fica evidente a partir das lutas indígenas em torno do processo de paz na Colômbia é o que aqui chamamos de Colonialidade da Paz. Trata-se da reprodução, no processo de paz, das relações de poder e hierarquias sociais da matriz colonial de poder estabelecida no sistema-mundo moderno/colonial, notadamente a partir das dimensões da colonialidade do poder, do saber e do ser. A partir dessa percepção, propomos três estratégias analíticas – o resgate do legado colonial, o desvelamento de lógicas coloniais e a abertura de espaço para as vozes, manifestações e lutas subalternas – para pensar na colonialidade da paz na Colômbia. Ao utilizá-las para abordas as lutas indígenas em torno do processo de paz, notamos narrativas de complexificação de discursos sobre a violência; limitações nos modelos de participação no processo de paz e mobilizações sociais para contrarrestar essas limitações. Notamos, então, elementos que pensamos ser providenciais para desvelar a colonialidade presente no processo de paz na Colômbia, e apontar para possíveis horizontes decoloniais em torno da paz. / [en] The recent peace process in Colombia (2012-2016) is an important event in contemporary peace and security agendas in Latin America. The negotiations and the Acuerdo de Paz in the country were celebrated in the international narrative as a success story. On the one hand, it has ended more than five decades of conflict between the Colombian state and the FARC-EP. On the other hand, they were able to do it with detailed guidelines and with a large share of the Colombian civilian population. Our objective, in this work, is to test this optimistic narrative around the peace process in Colombia. We asked how do the profits of indigenous organizations face the peace process that contributed to (re) thinking critically about this phenomenon? So, we argue, from reflections on indigenous profits, that peace is a concept in political dispute over its scope and definition. We also argue that the peace processes - notably Colombia - often reproduce speeches and practices of power and racial hierarchy proper to the coloniality of power, to know and to be. Faced with this, we have outlined three analytical strategies - the rescue of colonial historical legacies; the unveiling of colonial logics and the opening of spaces for you and subordinate agencies - which, we think, help us to understand the coloniality of peace and indigenous profits around the recent peace process in Colombia. / [es] El reciente proceso de paz en Colombia (2012-2016) es un acontecimiento importante en las agendas contemporáneas de paz y seguridad en América Latina. Las negociaciones y el Acuerdo de Paz en el país fueran celebrados en la narrativa internacional como un caso de suceso. De un lado, punieron fin a más de cinco décadas de conflicto entre el Estado colombiano y las FARC-EP. De otro, lograron hacerlo con pautas osadas y con grande participación de la población civil colombiana. Nuestro objetivo, en ese trabajo, es cuestionar esa narrativa optimista entorno del proceso de paz en Colombia. Indagamos de qué manera las luchas de organizaciones indígenas frente al proceso de paz contribuyen para (re) pensar críticamente en ese fenómeno? Así, argumentamos, a partir de reflexiones acerca de las luchas indígenas, que la paz es un concepto en disputa política acerca de su alcance y definición. Argumentamos, también, que los procesos de paz – notablemente el de Colombia – muchas veces reproducen discursos y prácticas de poder y jerarquización racial propias de la colonialidad del poder, der saber e del ser. Frente a eso, delineamos tres estrategias analíticas – el rescate de los legados históricos coloniales; el desvelamiento de lógicas coloniales y la apertura de espacios para las voces y agencias subalternas – que, pensamos, nos ayudan a comprender la colonialidad de la paz y las luchas indígenas en torno del reciente proceso de paz en Colombia.

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